O Conselho Regional de Serviço Social – 1ª Região é uma autarquia federal, instituído pela Lei 8.662/93, dotado de personalidade jurídica de direito público, que tem como função precípua a fiscalização, orientação e disciplina do exercício profissional da/o assistente social que atua no Pará, objetivando a defesa da profissão e da qualidade dos serviços prestados à população.
Em 2024 no 51º Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS em Belo Horizonte (MG) o tema ‘Serviço Social na luta por justiça ambiental para a diversidade de povos e biomas’ foi aprovado para as comemorações do Dia da/o Assistente Social em 2025 e então norteará as atividades e eventos propostos à 62ª Semana da/o Assistente Social deste Regional, com momentos alusivos em Belém, Santarém, Mojuí dos Campos, Itaituba e Marabá.
Além das mesas temáticas, oficinas propositivas e das comemorações organizadas pelos Nucress, a premiação de Assistentes Sociais atuantes no Pará com o Stela Menezes e a instalação do Comitê Antirracista também integram a programação para 2025.
Nesse sentido, o CRESS-PA convoca todas/os/es Assistentes Sociais para participar dessa discussão que nos convida a repensar a relação de seres humanos e a natureza na Amazônia paraense, que vivencia as expressões da questão ambiental que tem se reinventado gradualmente para a superexploração dos territórios com desmatamento e mineração, alterando a dinâmica social de povos originários, quilombolas, ribeirinhos, comunidades de rios e florestas, sob a lógica desenvolvimentista que alimenta a falsa ideia de sustentabilidade que serve ao capitalismo e suas profundas contradições, se manifestando de maneira multifacetada mediante as particularidades da realidade paraense.
A gente defende a justiça ambiental para enfrentar a desigualdade social e é preciso refletir como isso reverbera no cotidiano profissional e quais caminhos possíveis fortalecem a justiça ambiental, distante dessa lógica de preservação, mas compreender como pertencimento e direito à vida. Nas palavras de Ailton Krenak “Fomos durante muito tempo embalados com a história de somos a humanidade. […] fomos nos alienando desses organismos de que somos parte, a Terra e passamos a pensar que ela é uma coisa e nós, outra: a Terra e a Humanidade. Eu não percebo onde tem alguma coisa que não seja natureza. Tudo é natureza”.