7º Emflor - Encontro de Estudo sobre Mulheres da Floresta

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Sobre o Emflor

       O 7º Emflor - Encontro de Estudo sobre Mulheres da Floresta traz o tema “As mulheres da Amazônia em tempos de isolamento e vulnerabilidade social: saberes tradicionais, desafios econômicos e resiliência”, cujo objetivo central consiste em realizar a divulgação das pesquisas na temática de gênero. O destaque das discussões é dado ao contexto da pandemia do Novo Coronavírus que causa impacto à vida das mulheres, em todos os sentidos, buscando chamar a atenção da sociedade e dos poderes públicos para a necessidade de proteção a essas mulheres. Assume a metodologia do debate acadêmico interdisciplinar em mesas redondas, rodas de conversa, conferência e apresentação de trabalhos, em cuja relevância social assenta-se no diálogo entre a academia, os movimentos sociais de mulheres e os poderes públicos.

       Este evento é promovido pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM e realizado pelo GEPOS – Grupo de Estudo, Pesquisa e Observatório Social: Gênero, Política e Poder, o qual é vinculado ao CNPq e a dois programas de pós-graduação da UFAM (Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia; e Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia). O Emflor atende ao protocolo de biossegurança da UFAM e será realizado de forma híbrida, algumas atividades de forma física e outras na modalidade on-line.

         Os objetivos do evento são:

  • Promover a divulgação e difusão dos conhecimentos produzidos no contexto da temática de gênero, provenientes de pesquisas acadêmicas e avançadas, mas também oriundas de relatos de experiência e práticas sociopolítica de movimentos sociais de mulheres;
  • Reunir estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadoras/es, lideranças do ativismo feminista, profissionais e mulheres cidadãs, que tenham a preocupação voltada para compreender o impacto da pandemia do Novo Coronavírus na vida das mulheres;
  • Propiciar a troca e o intercâmbio entre as universidades brasileiras no âmbito da temática de gênero, envolvendo os programas de pós-graduação, para possíveis trabalhos conjuntos;
  • Visibilizar as práticas sociais das mulheres da Amazônia, remetendo para o resgate de uma dívida histórica para com essas mulheres;
  • Potencializar as relações entre a academia e os movimentos sociais de mulheres, remetendo para o diálogo e a troca de saberes no âmbito da temática de gênero, tendo em vista a consolidação da resistência política.
       Você é nossx convidadax para participar e construir conosco este evento.

Inscrições

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Atividades

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Grupos de Trabalho

GT 01 – GÊNERO, RELIGIOSIDADE E SABERES TRADICIONAIS

Profa. Dra. Iraildes Caldas Torres (UFAM)
Profa. Dra. Andreza Gomes Well (UFAM)

            Os saberes tradicionais são recortados por uma rede de simbologia que envolve mitos e ritos, crenças, cosmovisões diferenciadas, num ritmo cadenciado da existência com o primado social da natureza. As mulheres, especialmente, estabelecem um processo de afetividade e reciprocidade com a Mãe – Terra, ao mesmo tempo em que desenvolvem suas crenças tradicionais junto aos bichos visagentos, com os elementos do cosmos/universo, assim como crenças no âmbito da religiosidade judaico-cristã.

Os trabalhos apresentados  neste Grupo de Trabalho concentram-se num temário nos domínios da religiosidade e dos saberes tradicionais, sob o  verniz das relações de gênero. Acolhe trabalhos  nos temas das crenças religiosas, movimento religioso, práticas e pastorais religiosas e religiosidade popular sob o manto das relações de gênero; saberes ancestrais de parturição, ciência das ervas medicinais, mitos e narrativas selvagens, práticas sociais das mulheres da floresta; trabalho e artesania; tecnologias sociais; associativismo, economia solidária e geração de renda; agroecologia e alimentos orgânicos; agricultura familiar e a organização das mulheres no campo, etnicidade e a organização das mulheres indígenas e outras similaridades na temática de gênero.

 

GT 02 – GÊNERO, RAÇA/ETNIA E RESISTÊNCIA

Profa. Dra. Teresa Cruz (UFAC)
Profa. Dra. Elvira Simões (UFAL)

A nossa história é marcada por diferentes formas de opressões e violências contra as mulheres que são perpassadas por questões de gênero, raça e etnia, pois atinge de forma mais profunda as mulheres indígenas, negrase camponesas. Entretanto, onde há opressões também há resistências desde os tempos coloniais. Neste sentido, este GT visa discutir pesquisas que abordem a inseparabilidade estrutural entre patriarcado, sexismo e racimo e suas articulações que envolvem múltiplas situações de opressões sofridas pelas mulheres amazônicas, destacando ao mesmo tempo, as diferentes formas de resistências das mulheres indígenas, negras e camponesas da região. Interessam as análises, as práticas e as vivências que questionam a epistemologia moderna universalista de conhecimento e buscam construir outras abordagens feministas  

Este Grupo de Trabalho volta o seu olhar para a intersecção entre gênero, raça e etnia, sob o horizonte da resistência social e política das mulheres frente à dominação capitalista, patriarcal e racista. Discutirá temas, tais como: educação e mulheres negras, historicidade e as mulheres negras; dança e arte folclórica e as mulheres negras; trabalho e mercado de trabalho para as mulheres negras; gastronomia  afro-brasileira; movimento negro e as mulheres; coletivos e pautas das mulheres negras; saúde das mulheres negras; políticas públicas; assistência social, cotas em universidades para mulheres negras e outros temas correlatos, tais como:  resistência e organização das mulheres indígenas, suas pautas políticas e suas lutas sociais.

 

GT 03 – GÊNERO, VIOLÊNCIA E FEMINICÍDIO

Profa. Dra. Ivânia Vieira (UFAM)

Profa. Dra. Maria Mery Ferreira (UFMA)

            A violência contra a mulher é uma grave problemática social recorrente no Brasil, na Amazonia, a  qual tem se intensificado e assumido novos contornos nos últimos tempos, sobretudo neste período atual de ocorrência da pandemia do Novo Coronavírus. Embora as mulheres tenham conquistado importantes espaços na esfera pública em mais de um século de luta, elas ainda não conseguiram se ver livres da violência a ponto de esbarrar no limite da barbárie com o feminicídio.

            Este Grupo de Trabalho acolhe trabalhos nos temas da violência intrafamiliar e todos os tipos de violência doméstica (violência física, sexual, moral, simbólica e patrimonial); violência institucional e no trabalho; exploração sexual; tráfico de mulheres; violência no contexto indígena; feminicídio; feminicídio íntimo e outros casos correlatos.

 

GT 04 – GÊNERO, CORPO E VIOLÊNCIA LGBTQIA+

Profa. Dra. Jeanne Chaves de Abreu (UEA)
Profa. Dra. Lidiany de Lima Cavalcante

            A corporeidade humana é um fenômeno social e cultural, assentada em simbolismos, representação imaginária e de gênero. O corpo é o lugar da memória, âmago da relação de homens e mulheres com o mundo, é expressão de sentimentos, ritos de interação, conjunto de gestos, produção de aparência, jogos de sedução, exercícios físicos , relação com a dor e sofrimento. Enfim, o corpo é a morada da subjetividade humana, sua realização e felicidade, envolvendo os afetos , os amores e as orientações sexuais.

            Este Grupo de Trabalho recolhe resumos e textos de trabalho sobre assédio sexual de mulheres; abuso sexual de meninas/adolescentes; amantes sexuais, mulheres domésticas seviciadas sexualmente; trabalhadoras do sexo; erotismo e sedução; corpos de trabalho, corpos de desejo; orientação lésbica; transexual, bissexual; lesbofobia, transfobia dentre outros temas correlatos no âmbito do guarda-chuva de gênero.

 

GT 05 – GÊNERO, MOVIMENTOS SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS

Profa. Dra. Márcia Maria de Oliveira (UFRR)
Profa. Dra. Lucilene Ferreira de Melo (UFAM)

            O desenvolvimento da sociedade resulta das decisões formuladas e implementadas pelo Estado em suas diversas instâncias, em conjunto com as forças político-sociais, sobretudo os movimentos sociais. O Estado é uma organização política, administrativa e jurídica que se constitui com a existência de um povo. É a instância política que acolhe a voz da cidadania e provê o atendimento de suas demandas. As mulheres tem buscado garantir os seus direitos junto ao Estado, por meio dos vários feminismos e grupos de mulheres sem, contudo, terem sido atendidas suficientemente em suas reivindicações.

            Este Grupo de Trabalho reúne resumos e textos completos de trabalhos no seguinte temário: movimentos sociais de mulheres; feminismos, coletivos sociais de mulheres; mulheres e moradia; mulheres e a saúde pública; mulheres e a assistência social, as mulheres e a educação; mulheres e o movimento migratório, mulheres estrangeiras e os abrigos sociais; o protagonismo das mulheres no campo e outros temas correlatos sob a regência de gênero.

 

GT 06 – GÊNERO, EDUCAÇÃO E TRABALHO

Profa. Dra. Christiane Pereira Rodrigues (IFAM/Parintins)
Prof. Dr. Júlio Cláudio da Silva (UEA)

            A educação pensada como trabalho assume formas concretas, históricas, no âmbito de uma educação para o capital, amplamente limitada enquanto possibilidade emancipadora. As mulheres lutam pela educação emancipadora, postulam uma pedagogia e uma educação revolucionária que passe ao largo da educação bancária, adestradora e sem compromisso social. As bases para  a construção dessas alternativas  são as condições sociais concretas, o que as mulheres tem buscado por meio do seu protagonismo político e social.

            Este grupo de Trabalho discutirá temas tais como: as mulheres e a educação formal; as mulheres e a pós-graduação; educação continuada; educação e as mulheres do campo; as mulheres agricultoras; mulheres de assentamento  e a educação; as mulheres e o mercado de trabalho; mulheres no trabalho terceirizado; mulheres no trabalho doméstico; as mulheres pescadoras e outros temas correlatos no contexto de gênero.

 

GT 07 – MULHERES NO CONTEXTO DO COVID-19

Profa. Dra. Alice Ponce de Leão (UFAM/Parintins)
Profa. Dra. Marinilde Verçosa Ferreira (UFAM)

            As sociedades contemporâneas enfrentaram recentemente a grande crise sanitária de efervescência da pandemia do Novo Coronavírus, assumindo contornos assustadores e graves consequências à saúde da população. As mulheres sofreram  e enfrentaram situações -limites em vários aspectos de sua vida, especialmente pelo fato de serem elas as cuidadoras da família e, em muitos casos, serem elas a chefe e provedora da família. Muitas mulheres foram despedidas de seus empregos, outras que trabalhavam de forma autônoma, não tiveram condições de manter seus negócios em virtude do isolamento social.

            Este Grupo de Trabalho contempla essas questões e situações e acolhe trabalhos nos seguintes temas: isolamento social e saúde mental de mulheres; as mulheres e o risco do vírus; adoecimento e violência psicológica; cuidado e sobrecarga das mulheres; violência doméstica no contexto do isolamento social; a rede socioassistencial para mulheres; rede de autoajuda; maternidade e escola; trabalho remoto (home office); trabalho doméstico e o peso da pandemia; perda de renda; insegurança alimentar e chefia feminina em tempos pandêmicos, dentre outras situações análogas.

Cronograma

Submissão de trabalhos: até 20/04/2022

Envio das Cartas de Aceite: até 23/04/2022

Envio dos trabalhos completos: até 30/04/2022

Submissões - Prazo prorrogado para 20 de abril

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Programação


Minicursos

Minicurso 01 – ECOÉTICA E ANTROPOIESIS DAS MULHERES DA FLORESTA

Profa. Dra. Iraildes Caldas Torres (UFAM)
Prof. Dr. Adson Manoel Bulhões da Silva (Unida/Paraguai)

            O conhecimento científico não comporta e nem conversa com todas as formas de saber, nem dispõe de mecanismos apropriados aos saberes que emergem das práticas sociais das mulheres da floresta. As mulheres da floresta (agricultoras, pescadoras, artesãs, benzedeiras, xamãs, quebradeiras de côco de babaçu, roceiras dentre outras) atuam com um conjunto de informações e saberes que remontam à sua ancestralidade. Trata-se de modos de fazer, criar e saber, transmitidos de forma oral de geração a geração. Este minicurso fará esta discussão no contexto dos saberes da foresta, remetendo para a perspectiva de uma ecoética e antropoiesis das mulheres da floresta. Discutirá a natureza intuitiva da poética com seu verniz ecológico do ato de viver a vida, que está presente no modo prosaico da selva. As mulheres floriram a selva com o seu repertório de canto de trabalho, práticas sociais, processos de cura com as ervas, enfim, saberes e práticas que fazem pulsar uma poética da floresta, o que permite pensar numa estética de antropoiesis.


Minicurso 02 – A CURA DO CORPO COM AS ERVAS DA AMAZÔNIA

Lorena Marinho Araújo (Etnia Tariano)
Jacinta Sampaio (Etnia Tukano)

A utilização das plantas como medicamentos pela humanidade é tão antiga quanto a história dos seres humanos. Plantas, folhas, flores, óleos, resinas possuem funções terapêuticas no processo de cura de enfermidades. A arte de selecionar, extrair, preparar e manipular as ervas é feita pelas mulheres xamãs e benzedeiras, que a percebem como um dom divino. A doença e a cura no meio de uma relação com os espíritos da floresta que atuam por meio das ervas fazendo a purificação do corpo do indivíduo. Este minicurso tem a intenção de discutir a cura do corpo por meio das ervas, sob a mediação de uma mulher indígena, xamã, que possui amplo conhecimento nesse processo de cura. A xamã apresentará a forma pela qual ela atuou nos casos de Covid-19 no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, contribuindo na cura dos indígenas do Alto do Rio Negro e evitando muitas mortes. A crença nos espíritos da floresta, das águas e da terra dá à prática da cura uma aura de transcendentalidade nos domínios da fé. Isto mostra a singularidade amazônica de pertencimento e reciprocidade entre os humanos e a natureza.


Minicurso 03 – GÊNERO, TRABALHO E PRÁTICAS SOCIAIS

Profa. Dra. Rosa Ester Rossini (USP)
Profa. Dra. Naia Maria Guerreiro Dias (Seduc-AM)

A vivência das mulheres na Amazônia profunda, rural, engendra um repertório de práticas sociais e de trabalho de largo alcance para o desenvolvimento regional. Há nestas práticas sociais uma força de um espírito feminino que vem do útero da terra com o cheiro da ancestralidade dessas mulheres. As práticas sociais evocam esse espírito ecofeminista de pertencimento das mulheres com Mãe-Terra, a água e a floresta. São práticas de artesania, meliponicultura, olaria, produção de alimentos orgânicos, associativismo, economia solidária, mulheres quebradeiras de côco de babaçu, camaroeira, agricultoras, mulheres da casa de farinha, ceramistas dentre outras. Este curso tem o propósito de trazer essas discussões no âmbito das relações de gênero, chamando a atenção para as mulheres rurais que padecem de invisibilidade e clamam por respeito às suas diferenças. Trabalharemos com oficinas e narrativas feitas por mulheres da artesania e da pesca de camarão.


Minicurso 04 – ECONOMIA SOLIDÁRIA E INOVAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA

Ativista Anne Guiomar de Sena Silva (Unisol/Bahia)

A economia solidária é uma modalidade de trabalho que se põe no âmbito do protagonismo feminino de forma inteligente, como ação produtiva rentável. As mulheres aparecem como sujeitos centrais nos grupos e empreendimentos de economia solidária em todo o país. Suas experiências inovadoras serão repassadas neste minicurso por ativistas de duas regiões do país, mostrando que as mulheres se reinventam em meio à crise do trabalho de forma inovadora. O minicurso mostrará que as mulheres descobriram novos caminhos construindo novas metodologias de trabalho no campo do associativismo e cooperativismo. Trata-se de empreendimentos solidários autogeridos com a efetiva organização das mulheres. Serão realizadas oficinas cm exposições de experiências por parte das mulheres da Amazônia e de outras regiões.


Minicurso 05 – MULHERES DA FLORESTA E DAS ÁGUAS: A PERSPECTIVA DA AGROECOLOGIA E DA AGROFLORESTA

Prof. Msc. Melissa Michelotti Veras (IFAM/Maués)

As mulheres da Amazônia profunda tem uma profunda conexão com a terra/floresta/água como a sua casa, o seu lugar, o seu pertencimento. Elas são guardiãs da cultura de suas comunidades, evocada nas narrativas, nos mitos, nos arquétipos das aquarelas, dos colibris, das cascatas, do arco-íris. Enfim, do humus que exala energia de força, coragem, uma força que ilumina o seu trabalho e práticas agroecológicas. Este minicurso será realizado por meio de oficinas e dinâmicas de envolvimento das pessoas presentes, realizadas por profissionais e ativistas da REMA – Rede Maniva de Sustentabilidade da Amazônia. Uma atividade inovadora no âmbito do Emflor capaz de contribuir para dar visibilidade às mulheres da agroecologia e das atividades de agrofloresta.


Minicurso 06 – A CRIAÇÃO DE REDES E A COMUNICAÇÃO DAS MULHERES COM O MUNDO

Ativista Lívia Prestes (Rede Maniva/Amazonas)

A emergência das redes no tempo contemporâneo contribuiu para facilitar o processo de comunicações das mulheres com o mundo. As redes são organismos da sociedade civil que possuem a função social de atuar junto a alguns segmentos humanos, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento social de comunidades e coletividade. As mulheres com as suas ações e trabalho nas suas comunidades têm se constituído no foco do protagonismo das redes, o que permite a elas ter mais visibilidade e relações de apoio e cooperação. A REMA – Rede Maniva de Agroecologia é, na Amazônia, um organismo de efetivo diálogo e cooperação com as mulheres da floresta, fato que será exposto neste minicurso. O minicurso desenvolverá uma metodologia de oficina com as participantes, momento em que mostrará de que forma a REMA trabalha com as mulheres, potencializando as suas ações com empoderamento e formação tanto no âmbito das tecnologias sociais quanto no aspecto político de sua organização frente a reivindicação de políticas públicas.


Minicurso 07 – MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Anne Karolyne Moura de Souza (Coletivo As Amazonas)

A Amazônia é uma região de grandes conflitos sociais, onde é latente a disputa pela apropriação da terra pelos movimentos sociais, cujos processos têm levado à deslegitimação de posses e propriedades de grupos tradicionais, enquanto a reforma agrária continua engavetada. Indígenas e quilombolas são tangidos e expulsos de suas terras pelo agronegócio, mineradoras, hidrelétricas, rodovias e fazendeiros agropecuaristas, com ou sem indenizações, dentre muitas outras contradições que expõem uma sangria aberta na região. As mulheres têm exercido um protagonismo político importante no campo e na cidade, cuja resistência tem demarcado o seu espaço na esfera pública e no campo da reivindicação de políticas para o gênero feminino. Este minicurso vai discutir e expor a resistência das mulheres na região, seu protagonismo, os coletivos novos que surgiram no tempo contemporâneo, dando destaque à sua ação protagonística no tempo da pandemia, sem deixar em descoberto os movimentos feministas. O minicurso mostrará que é preciso traduzir as políticas públicas em seu caráter de gênero, com o engajamento das mulheres que fazem um papel indutor na interlocução política para que o Estado ouça suas vozes e atenda as suas demandas. As mulheres não querem continuar reproduzindo as estruturas de poder que estão postas secularmente na Amazônia, elas lutam por condições de emancipação social.


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