RIO QUE JÁ NÃO É DOCE. O OLHAR DECOLONIAL DE AILTON KRENAK ÀS MARGENS DA LAMA

Publicado em 21/12/2023 - ISBN: 978-65-272-0124-3

Título do Trabalho
RIO QUE JÁ NÃO É DOCE. O OLHAR DECOLONIAL DE AILTON KRENAK ÀS MARGENS DA LAMA
Autores
  • Nicolas Jesus Severino de Resende
  • Dráulio Carvalho Assis
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Ensino Superior
Data de Publicação
21/12/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conepeufj/717769-rio-que-ja-nao-e-doce-o-olhar-decolonial-de-ailton-krenak-as-margens-da-lama
ISBN
978-65-272-0124-3
Palavras-Chave
Colonialidade, Decolonialidade, Imaginário, Pensamento Selvagem, Representação, Símbolos
Resumo
O rio flui em seu fluxo natural e vai se inventando, se construindo, se descobrindo, se delineando em margens que o influenciam e são influenciadas. Suas águas passam; são a fluidez do passado que tornam presente em sua correnteza ou placidez conduzirão ao futuro. Em suas enchentes ele cria outras vazantes, outras nascentes, descontinuidades que fluem em outras direções. Ele como sujeito histórico inventa sua realidade e sua narrativa que influi e reflui em outras histórias e representações. Esse rio pode ser tantos rios, e um dos que grita que forma um vale, é o Rio Doce em Minas Gerais, de onde se viu de suas margens uma barragem cheia de lama cheia de resíduos de mineradora se romper e irromper sobre suas águas em 2015 (Mariana) e em 2019 (Brumadinho). Podemos sair daqui, do caos, da lama que o passado afeta, organizar conhecimentos, compreender as representações e imaginários para desorganizar a lógica de continuidades e progressivas ideias que insistem em se perpetuar. Então, pensemos como Durval Muniz de Albuquerque Júnior uma terceira margem “primeiro pensar que a História não se passa apenas no lugar da natureza, da coisa em si, do evento, da matéria ou da realidade, nem se passa apenas do lado da representação, da cultura, da subjetividade, do sujeito, da ideia ou da narrativa; mas se passa entre elas, no ponto de encontro e na mediação entre elas, no lugar onde estas divisões ainda são indiscerníveis, onde estes elementos e variáveis se misturam”. ALBUQUERQUE JUNIOR, p. 28, 2007). Dessa terceira margem, a voz de Ailton Krenak, do povo Krenak, às margens do rio Doce (que sentiram e vivenciaram o drama dessas tragédias), articula, desarticula, organiza e desorganiza todas essas narrativas com seu “pensamento selvagem” (LÉVI-STRAUSS, 2016. Diante de um mal-estar da pós-modernidade (BAUMAN, 1998), ou onde “tudo que é sólido desmancha no ar” (BERMAN, 2000) que se armazena assim, significados em símbolos, ethos e visões de mundo (GEERTZ, 2008), a voz e o grito de Ailton Krenak articulam não só a relação passado-presente, mas o “futuro ancestral” (KRENAK, 2022). Como assim? Como ele articula passado-presente-futuro? Como é possível essa prospecção e desconstrução em uma relação de colonialidade e decolonialidade? Dessa margem esse artigo busca articular e entender esses processos históricos em seus imaginários e representações, onde parece que “a vida não é útil” (KRENAK, 2020), na tentativa de trazer “ideias para adiar o fim do mundo” (KRENAK, 2019).
Título do Evento
VIII Conepe - Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável
Cidade do Evento
Jataí
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RESENDE, Nicolas Jesus Severino de; ASSIS, Dráulio Carvalho. RIO QUE JÁ NÃO É DOCE. O OLHAR DECOLONIAL DE AILTON KRENAK ÀS MARGENS DA LAMA.. In: Anais do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão. Anais...Jataí(GO) Universidade Federal de Jataí, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conepeufj/717769-RIO-QUE-JA-NAO-E-DOCE-O-OLHAR-DECOLONIAL-DE-AILTON-KRENAK-AS-MARGENS-DA-LAMA. Acesso em: 21/11/2024

Trabalho

Even3 Publicacoes