A IMPORTÂNCIA DE ÁREAS VERDES REMANESCENTES PARA A FAUNA DE INSETOS EM INHANGAPI E CURUÇÁ, PARÁ: UMA ANÁLISE PRELIMINAR

Publicado em 03/12/2019 - ISBN: 978-85-5722-327-1

Título do Trabalho
A IMPORTÂNCIA DE ÁREAS VERDES REMANESCENTES PARA A FAUNA DE INSETOS EM INHANGAPI E CURUÇÁ, PARÁ: UMA ANÁLISE PRELIMINAR
Autores
  • Márlon Breno Costa Santos da Graça
  • Glaucia Simião Pereira Favacho
  • Ana Paula Diêgues Cabral da Rocha
  • Ana Jade Neves De Melo Romano Correia
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
ECOLOGIA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Data de Publicação
03/12/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/epefec2/224633-a-importancia-de-areas-verdes-remanescentes-para-a-fauna-de-insetos-em-inhangapi-e-curuca-para--uma-analise-prel
ISBN
978-85-5722-327-1
Palavras-Chave
Abundância, Biomonitoramento, Diptera, Hymenoptera, Padrões ecológicos.
Resumo
A retirada da cobertura vegetal representa um dos principais impactos antrópicos nas fronteiras florestais remanescentes do mundo. Dentre tais fronteiras, a Amazônia aparece com significativa expressão, tanto por sua extensão, quanto por sua riqueza de espécies. A Amazônia tem sofrido ataques crescentes, o que leva à necessidade de estudos que mostrem que as áreas restantes são importantes refúgios da biodiversidade, mesmo quando sofrendo pressões antrópicas, tais como urbanização e agropecuária. O monitoramento ambiental surge, então, como ferramenta eficiente para estudos de cunho conservacionista. Os insetos representam mais de 50% de todas as espécies conhecidas, sendo ainda dominantes quando consideramos abundância e biomassa. Portanto, os padrões ecológicos e conclusões obtidas insetos como modelos podem servir para entender a dinâmica geral de comunidades e ecossistemas. Assim, nossos objetivos foram quantificar a abundância de insetos coletados em áreas verdes remanescentes que sofrem alta pressão humana em dois municípios do Pará (Inhangapi e Curuçá). Adicionalmente, investigamos a eficiência de quatro tipo de iscas atrativas como forma de fomentar o estabelecimento de um protocolo de coleta para o biomonitoramento. Os dados fazem parte do projeto de Iniciação Científica coordenado pelo primeiro autor, cujas bolsistas são coautoras desse trabalho. Foi realizada uma coleta em Outubro de 2019, com auxílio de armadilhas feitas de garrafa PET 2 L contendo iscas atrativas (suco de laranja, melaço, mel e sardinha) e um controle (água). Estabelecemos quatro pontos de amostragem em duas áreas de Curuçá e uma área de Inhangapi. As armadilhas foram deixadas em campo por 72h e levadas ao laboratório para triagem e identificação posteriormente. As ordens mais abundantes foram Hymenoptera e Diptera, ambos com 146 indivíduos, seguidas de Coleoptera (15) e Orthoptera (13). Não detectamos diferença significativa na abundância total (p = 0.40) e de dípteros (p = 0.17) entre os três locais, porém para himenópteros essa diferença foi marginalmente significativa (p = 0.08). Isso pode indicar que com o aumento do esforço amostral e representatividade temporal das amostras, um padrão mais evidente pode ser surgir. Encontramos diferença significativa na abundância total entre iscas (p < 0.01), especificamente em relação à sardinha, reforçando nossa hipótese de que a sardinha, por ser um conteúdo proteico, deve ser mais eficiente na atração de insetos. Da mesma forma, a isca de sardinha atraiu uma abundância significativamente maior considerando dípteros (p = 0.01) e himenópteros (p < 0.01). Informações sobre riqueza, composição e traços funcionais das espécies serão destaque de trabalhos futuros. Os dados preliminares indicam que a isca de sardinha parece ser a mais efetiva, porém somente serão feitas afirmações mais robustas após réplicas temporais. A análise preliminar da estrutura das comunidades de insetos amazônicos mostra a importância de áreas verdes remanescentes para o refúgio da biodiversidade, em particular, devido à alta pressão antrópica sofrida pela presença de residências e plantações em seu entorno. Destacamos a presença maciça de abelhas, insetos que tem serviços ecossistêmicos essenciais como a polinização, assim como moscas e vespas, que são elos fundamentais das teias alimentares. Portanto, a preservação dessas áreas e da entomofauna associada deve ser central para o estabelecimento de políticas ambientais e de sustentabilidade.
Título do Evento
II ENCONTRO DE PESQUISA E II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE ESTÁCIO DE CASTANHAL
Cidade do Evento
Castanhal
Título dos Anais do Evento
Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão da Faculdade Estácio de Castanhal
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GRAÇA, Márlon Breno Costa Santos da et al.. A IMPORTÂNCIA DE ÁREAS VERDES REMANESCENTES PARA A FAUNA DE INSETOS EM INHANGAPI E CURUÇÁ, PARÁ: UMA ANÁLISE PRELIMINAR.. In: Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão da Faculdade Estácio de Castanhal. Anais...Castanhal(PA) Faculdade Estácio Castanhal, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/epefec2/224633-A-IMPORTANCIA-DE-AREAS-VERDES-REMANESCENTES-PARA-A-FAUNA-DE-INSETOS-EM-INHANGAPI-E-CURUCA-PARA--UMA-ANALISE-PREL. Acesso em: 01/04/2025

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