PERSPECTIVAS NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO SENSÍVEL: ABORDAGENS INICIAIS

Publicado em 24/09/2019 - ISSN: 2176-2783

DOI
10.29327/15407.11-7  
Título do Trabalho
PERSPECTIVAS NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO SENSÍVEL: ABORDAGENS INICIAIS
Autores
  • Thiago da Cunha Martins Casarin
  • Leonardo Castriota
Modalidade
Resumo
Área temática
AS DIVERSAS DIMENSÕES DO PATRIMÔNIO CULTURAL: Patrimônio e memória social
Data de Publicação
24/09/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/11mestreseconselheiros/167465-perspectivas-na-preservacao-do-patrimonio-sensivel--abordagens-iniciais
ISSN
2176-2783
Palavras-Chave
patrimônio sensível, patrimônio dissonante, preservação, conservação, direitos humanos
Resumo
Este trabalho procura traçar um panorama da identificação e tratamento do que se convencionou chamar, nos últimos anos, de “patrimônio sensível”, patrimônio que vem nos recordar acontecimentos traumáticos e dolorosos que violaram os direitos humanos, e cuja preservação envolve muitas controvérsias. Por se tratar de monumentos e sítios cujo simbolismo carrega conteúdos histórica, social e culturalmente controversos, ensejam juízos discordantes, abarcando contradições e recorrente dissenso ético quanto à sua preservação. Partindo de exemplares arquitetônicos e sítios dessa natureza, o trabalho aponta a abertura para a categorização de uma tipologia de patrimônio cultural de natureza sensível, difícil de se lidar, ou ainda, “dissonante” (POULOT, 2006). Para se traçar este panorama, abordaremos, em primeiro lugar, aqueles sítios de “patrimônio sensível”, inscritos pela UNESCO na lista do patrimônio da humanidade – começando pela Ilha de Gorée, no Senegal, até o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, enfocando a sua representatividade histórica e social e sua significância controversa. Procuraremos avaliar ainda as diferentes posturas de preservação nesses casos, indagando-nos sobre as diferentes posturas adotadas em cada um dos casos, que variam da manutenção e consolidação de ruínas até reconstruções parciais, que permitem com que se vislumbre com mais clareza o que foram e significaram esses lugares de dor, resgatando-os do esquecimento. Vamos mostrar especificamente a necessidade de tratá-los de forma coerente, resgatando uma memória de dor e sofrimento, através de políticas sólidas de interpretação, que estejam em consonância com a realidade atual e a universalidade dos direitos humanos. Finalmente, a partir da síntese crítica das diferentes perspectivas de preservação apresentadas no decorrer do artigo, propõe-se uma reflexão sobre parâmetros e cuidados mínimos de responsabilidade ética para a conservação de bens com esta natureza cognitiva em sítios históricos e arqueológicos cujos países de origem ainda não demonstrem a sensibilidade requerida na abordagem de tais temas, sensíveis à uma população e que demandam decisões responsáveis sobre o que preservar, e como o fazer.
Título do Evento
11º Mestres e Conselheiros
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do 11º mestres e conselheiros: educação para o patrimônio
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

CASARIN, Thiago da Cunha Martins; CASTRIOTA, Leonardo. PERSPECTIVAS NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO SENSÍVEL: ABORDAGENS INICIAIS.. In: Anais do 11º mestres e conselheiros: educação para o patrimônio. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/11mestreseconselheiros/167465-PERSPECTIVAS-NA-PRESERVACAO-DO-PATRIMONIO-SENSIVEL--ABORDAGENS-INICIAIS. Acesso em: 06/09/2024

Trabalho

Even3 Publicacoes