A REALIZAÇÃO DA SUTURA DE B-LYNCH NA HEMORRAGIA PÓS-PARTO: REVISÃO DE LITERATURA

Publicado em 21/11/2024 - ISBN: 978-65-272-1038-2

Título do Trabalho
A REALIZAÇÃO DA SUTURA DE B-LYNCH NA HEMORRAGIA PÓS-PARTO: REVISÃO DE LITERATURA
Autores
  • Marina Vitória Alves Aguiar
  • Laura Pontes Martins
  • Laís Nunes Ferraz de Abreu
  • Camila medeiros Teixeira
  • Delinne Costa e Silva
  • Liana Gonçalves Aragão Rocha
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
21/11/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/952580-a-realizacao-da-sutura-de-b-lynch-na-hemorragia-pos-parto--revisao-de-literatura
ISBN
978-65-272-1038-2
Palavras-Chave
Hemorragia pós-parto, Sutura de B-Lynch e Atonia.
Resumo
INTRODUÇÃO: A hemorragia pós-parto (HPP) é definida como a perda de mais de 500ml de sangue pós parto normal e mais de 1000 ml pós parto cesariana. Podendo ser de forma primária ou secundária. Constitui um dos maiores desafios para a equipe multidisciplinar e uma das principais causas de morte materna no mundo, devendo ser abortada em caráter de emergência. Dentre as principais causas, cita-se atonia uterina, lacerações de canal, restos placentários e coagulopatias. O tratamento inicial dessa condição, a depender da causa base, consiste em massagem uterina e no uso de ocitócitos, como ocitocina e prostaglandinas, a fim de acelerar o processo de involução e contração do útero. O ácido tranexâmico está em estudo com benefícios na hora de cessar o sangramento. Em casos de insucesso, podem ser utilizados métodos mecânicos como a compressão uterina bimanual, tamponamento uterino. Caso haja laceração do canal, sutura e em casos de restos ovulares, a curetagem/curagem devem ser avaliadas. Além disso, existem métodos cirúrgicos mais invasivos como a histerectomia, escolhida como última medida para o controle da HPP e as suturas compressivas. Com o objetivo de minimizar, cada vez mais, a utilização de metodologias radicais, foram desenvolvidas técnicas hemostáticas de sutura de compressão, como a sutura de B-Lynch, para manejo desses sangramentos, que é uma técnica segura, de acesso rápido e bons resultados e que pode ser aplicada após parto vaginal ou cesárea. OBJETIVO: Abordar o uso da técnica de sutura de B- Lynch no contexto de hemorragia pós-parto. METODOLOGIA: O presente trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, na qual foi utilizada pesquisa avançada para o levantamento de dados nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs, com os descritores: hemorragia pós-parto e sutura B-Lynch. Sendo encontrados um total de 8 artigos no período de 2016 até 2024. Foram incluídos artigos dos últimos oito anos que envolvam a temática do uso da técnica de B-Lynch no contexto de hemorragia pós-parto. Foram excluídos artigos fora do tempo determinado, que não abordavam o tema escolhido e que não faziam a correlação entre a HPP e a sutura de B-Lynch. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A sutura de B-Lynch é uma das técnicas de controle para HPP, indicada principalmente em casos de atonia uterina em situação na qual a paciente pretende preservar o útero. O mecanismo de ação consiste na compressão do fundo uterino sobre o segmento, simulando o efeito de uma manobra de compressão uterina. Essa técnica pode ser aplicada após parto vaginal ou cesária e possui eficácia principalmente no foco hemorrágico de fundo e corpo uterino (S1), os quais são irrigadas pelas artérias uterina e ovariana, porém é ineficaz quando se trata de foco hemorrágico em seguimento e colo uterino (S2). O processo se inicia ao posicionar a paciente em posição supina, realizar uma laparotomia para ter acesso ao útero e avaliar com precisão o local do sangramento. Para verificar a efetividade da manobra é realizado, primeiramente, um teste prévio que avalia a possibilidade de sucesso da técnica, que consiste na compressão bimanual do útero, se houver uma redução do sangramento, revela alta taxa de efetividade para a técnica. Após o teste de compressão bimanual, inicia-se a sutura com o fio cromado catgut-2 ou poliglactina-1 na parte inferior do segmento uterino, aproximadamente 3 cm abaixo da incisão uterina, penetrando todas as camadas do miométrio de dentro para fora e transfixando o útero em seis pontos. O fio é tracionado pelas suas extremidades e é aplicado um nó duplo, seguido de dois nós simples, para, em seguida, realizar-se a histerorrafia. Em relação às complicações, a sutura de B Lynch pode afetar a capacidade do útero de suportar uma futura gravidez e isso pode resultar em complicações durante a gestação, como crescimento restrito do feto, pré-eclâmpsia ou parto prematuro. CONCLUSÃO: A hemorragia pós-parto secundária à atonia uterina permanece como significante causa de mortalidade materna no mundo. Seu rápido diagnóstico e intervenção são primordiais para um tratamento efetivo. A técnica de sutura de B-Lynch representa uma alternativa cirúrgica para o manejo da HPP. Tem se mostrado tecnicamente simples e de fácil compreensão pelas equipes, e pode ser aplicada de forma rápida e relativamente segura. Desse modo, pode ser considerada uma boa opção de tratamento podendo resultar em menor morbidade materna, além de menor custo comparado com outras alternativas cirúrgicas e possibilidade de preservar a fertilidade materna.
Título do Evento
XI Jornada Outubro Acadêmico
Cidade do Evento
Sobral
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

AGUIAR, Marina Vitória Alves et al.. A REALIZAÇÃO DA SUTURA DE B-LYNCH NA HEMORRAGIA PÓS-PARTO: REVISÃO DE LITERATURA.. In: Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico. Anais...Sobral(CE) UNINTA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/952580-A-REALIZACAO-DA-SUTURA-DE-B-LYNCH-NA-HEMORRAGIA-POS-PARTO--REVISAO-DE-LITERATURA. Acesso em: 25/04/2025

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