DIAGNÓSTICO CLINICO E MANEJO DA CELULITE E ERISIPELA

Publicado em 21/11/2024 - ISBN: 978-65-272-1038-2

Título do Trabalho
DIAGNÓSTICO CLINICO E MANEJO DA CELULITE E ERISIPELA
Autores
  • Ivo Sousa Oliveira
  • Miqueias Marques Braga
  • Francisco Barreto Novais Neto
  • Caio Daniel Sepúlveda Martins Granja
  • Lia Magalhães de Almeida
  • Gabrielle Soares Carvalho Vasconcelos
  • Evandro Oliveira Galvão Filho
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
21/11/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/954464-diagnostico-clinico-e-manejo-da-celulite-e-erisipela
ISBN
978-65-272-1038-2
Palavras-Chave
Celulite, Erisipela, Infecções Cutâneas, Diagnóstico Diferencial, Streptococcus, Staphylococcus, Tratamento.
Resumo
Introdução: Celulite e erisipela são infecções bacterianas comuns que afetam a pele e os tecidos subcutâneos. Apesar de compartilharem algumas semelhanças, como sinais de inflamação local e dor, essas condições possuem diferenças importantes que influenciam diretamente o diagnóstico e o tratamento. O reconhecimento precoce de cada uma é crucial para evitar complicações. Nesta revisão, abordamos as principais distinções entre celulite e erisipela, destacando seus sinais e sintomas, epidemiologia, agentes etiológicos, fatores de risco, bem como as abordagens terapêuticas mais indicadas. Objetivos: Este estudo tem como objetivo fornecer uma análise detalhada das diferenças entre celulite e erisipela, utilizando dados clínicos para diferenciar suas características e orientar o diagnóstico e o manejo eficazes dessas infecções. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa de artigos científicos, utilizando bases de dados como PubMed e Scielo, além de manuais clínicos de doenças infecciosas. A seleção dos estudos incluiu materiais publicados nos últimos dez anos que abordassem a etiologia, epidemiologia, sinais clínicos e tratamentos para celulite e erisipela. Foram incluídos apenas artigos em português e inglês, com relevância para a prática médica no Brasil. Discussão: A erisipela caracteriza-se por ser uma infecção superficial, que afeta a camada mais externa da pele (derme) e vasos linfáticos. Geralmente, é causada por Streptococcus pyogenes, mais conhecido como estreptococo do grupo A. Essa infecção se manifesta com um quadro de inflamação claramente delimitada, com bordas elevadas, lesões eritematosas, dolorosas e brilhantes. Na maioria dos casos, a erisipela acomete principalmente as extremidades inferiores, mas também pode surgir no rosto, especialmente em pessoas idosas ou com problemas de circulação. Além disso, o paciente pode apresentar sintomas sistêmicos, como febre e mal-estar. Já a celulite é uma infecção que envolve camadas mais profundas da pele, abrangendo a derme profunda e o tecido subcutâneo. Embora o Staphylococcus aureus seja o principal agente responsável, a celulite também pode ser causada pelo Streptococcus pyogenes. Ao contrário da erisipela, a celulite tem bordas mal definidas e se espalha de forma mais difusa, sem elevações evidentes. Os sintomas incluem dor, inchaço, calor e vermelhidão local, podendo ou não estar acompanhados de febre. É mais comum em pessoas com doenças crônicas, como diabetes, ou que sofrem pequenos traumas, além de estar associada ao uso de drogas intravenosas e ao comprometimento do sistema imunológico. Resultados: A erisipela costuma afetar com mais frequência indivíduos idosos e pessoas com doenças crônicas associadas, como linfedema ou insuficiência venosa. Os casos tendem a ser mais frequentes nas extremidades inferiores, e o tratamento envolve o uso de antibióticos eficazes contra estreptococos, como penicilina. Já a celulite pode ocorrer em uma faixa etária mais ampla, incluindo jovens adultos, e requer uma cobertura antibiótica mais abrangente, especialmente quando há risco de infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), em que a vancomicina ou clindamicina podem ser indicadas. O diagnóstico clínico é o principal meio de diferenciação entre essas infecções, já que exames laboratoriais, como hemogramas e PCR, são inespecíficos. No entanto, em casos complicados, exames como cultura da pele ou hemocultura podem ser úteis. Exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética, podem ser recomendados em casos graves para descartar abscessos ou outras complicações. Conclusão: Distinguir celulite de erisipela é fundamental para a escolha do tratamento adequado. Embora as duas condições compartilhem sintomas como dor, calor e eritema, a celulite afeta tecidos mais profundos e tem bordas difusas, enquanto a erisipela é uma infecção mais superficial com bordas bem definidas e elevadas. O tratamento apropriado com antibióticos é essencial para evitar complicações mais sérias, como sepse ou necrose tecidual. O diagnóstico precoce e o manejo adequado melhoram significativamente o prognóstico do paciente, reduzindo o risco de recorrências ou complicações graves.
Título do Evento
XI Jornada Outubro Acadêmico
Cidade do Evento
Sobral
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, Ivo Sousa et al.. DIAGNÓSTICO CLINICO E MANEJO DA CELULITE E ERISIPELA.. In: Anais da XI Jornada Outubro Acadêmico. Anais...Sobral(CE) UNINTA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/11outubroacademico/954464-DIAGNOSTICO-CLINICO-E-MANEJO-DA-CELULITE-E-ERISIPELA. Acesso em: 26/04/2025

Trabalho

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