Anais do 16º Congresso Cearense de Enfermagem, 16ª Mostra de Enfermagem, Talento e Arte, 6º Ciclo de Debates sobre a Formação de Enfermeiros, 1º Fórum Cearense de Estudantes de Enfermagem e 14ª Semana de Enfermagem da UNIFAMETRO

ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA NA UBS: O QUE ENCONTRAMOS?

Publicado em 26/03/2020 - ISSN: 2177-7926

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Título do Trabalho

ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA NA UBS: O QUE ENCONTRAMOS?

Autores

Suzana Brenna Barbosa Dias
Letícia Teles de Alcântara Augusto
Maria Larissa Leite Furtado
Tais Lessa dos Santos
Riksberg Leite Cabral
Petra Kelly Rabelo De Sousa Fernandes

Modalidade

Trabalhos premiados

Área temática

Exemplo de Área Temática

Data de Publicação

26/03/2020

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/16ccenf/162172-acolhimento-com-classificacao-de-risco-no-atendimento-a-demanda-espontanea-na-ubs--o-que-encontramos

ISSN

2177-7926

Palavras-Chave

Acolhimento; Atencao primaria; Equidade.

Resumo

Introdução. A formação dos enfermeiros no Brasil tem sido orientada para atender as necessidades do sistema único de saúde (SUS) de modo que estes profissionais desenvolvam competências que os habilite a enfrentar os desafios que o cotidiano dos serviços apresentam. Isto demanda adoção de recursos pedagógicos capazes de promover reflexão crítica sobre os contextos à luz das normativas e diretrizes do SUS. Neste sentido, promover uma abordagem integral e equânime aos seus usuários se constitui como princípios do SUS que lança mão de estratégias que possibilitem lidar com a crescente demanda nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e com a medicalização dos processos terapêuticos. O acolhimento com classificação de risco (ACCR) é uma das principais diretrizes éticas, estéticas e políticas da Política Nacional de Humanização do SUS (PNH) que se propõe a contribuir neste processo pois, ao tempo em que orienta a priorização do atendimento por critérios de vulnerabilidade ao invés de ordem de chegada do usuário na UBS, defende a assistência resolutiva por meio da escuta qualificada das queixas e angustias dos usuários que procuram a UBS, a responsabilização dos profissionais por estes e a articulação com outros serviços para continuidade do cuidado quando necessário². Portanto, considerando que a ordem de chegada já não deve ser o que define a prioridade no atendimento de enfermagem e médico e que nem toda busca pelo serviço de saúde requer atendimento médico ao paciente, questionou-se: como a UBS organiza o atendimento à demanda espontânea? Que trabalhadores estão envolvidos neste processo? Objetivo: Analisar a organização de atendimento aos usuários da demanda espontânea na UBS. Metodologia: Trata-se de um estudo reflexivo realizado junto a três equipes de Saúde da Família de três UBS de municípios da região metropolitana de Fortaleza/CE. A coleta de dados se deu no período de fevereiro a abril de 2019 por meio de observação livre durante imersão das acadêmicas de enfermagem durante o internato em saúde coletiva e por ocasião da disciplina de processo de gerenciar em enfermagem I do centro universitário FAMETRO que disparou as questões norteadoras para o estudo. As informações foram registradas em caderno de notas pelas internas que compartilharam os achados e os criticaram a luz da literatura. Resultados: Observou-se que o atendimento aos usuários da demanda espontânea estava organizado sob a lógica de ordem de chegada dos mesmos sem que qualquer escuta qualificada ou avaliação de vulnerabilidade tenha precedido a entrega das senhas pelo funcionário de apoio administrativo da UBS. Entretanto, observou-se que nas situações nas quais o usuário solicitava no atendimento médico, mesmo sem ter conseguido a senha para tal, o serviço de recepção o encaminhava para apreciação da enfermeira da equipe de Saúde da Família a qual estava vinculado sendo por ela decidida a conduta de segmento do caso. Nestes casos, observou-se o exercício autônomo da enfermagem que lançava mão de saberes e práticas para o cuidado do paciente. Apesar da existência de avaliação pela enfermeira destes casos, isto só se dava nas situações em que se excedia o número de senhas e que o usuário insista para obter o atendimento médico ou nas situações em que o caso considerado “grave” por sinais aparentes do paciente. Tal situação compromete, portanto, o princípio da equidade do SUS por garantir o atendimento prioritário não necessariamente a quem mais precisa, mas a quem chegou primeiro ao serviço uma vez que os trabalhadores que atuam na linha de frente na recepção dos usuários da UBS não apresentam competência técnico-legal para classificar a demanda quanto ao risco. Considerações finais: Apesar das normativas do SUS e das evidências científicas que apontam a necessidade de organização do atendimento em saúde por meio de critérios de risco e vulnerabilidade definidos como forma de garantir a equidade e a resolutividade no atendimento aos usuários na UBS, observa-se que ainda há uma importante lacuna entre aquilo que é preconizado e a realidade dos contextos observados. Porém, observam-se atitudes de preocupação com o paciente e vínculo, aspectos potentes na produção do cuidado integral. Tal situação nos instiga as futuras investigações sobre as questões que determinam esta lacuna ao tempo que contribui para a formação crítica para o exercício da enfermagem capaz de contribuir para a efetivação do ACCR na UBS e fortalecimento do SUS.

Título do Evento: 16º Congresso Cearense de Enfermagem, 16ª Mostra de Enfermagem, Talento e Arte, 6º Ciclo de Debates sobre a Formação de Enfermeiros, 1º Fórum Cearense de Estudantes de Enfermagem e 14ª Semana de Enfermagem da UNIFAMETRO
Cidade do Evento: Fortaleza
Título dos Anais do Evento: Anais do 16º Congresso Cearense de Enfermagem, 16ª Mostra de Enfermagem, Talento e Arte, 6º Ciclo de Debates sobre a Formação de Enfermeiros, 1º Fórum Cearense de Estudantes de Enfermagem e 14ª Semana de Enfermagem da UNIFAMETRO
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

DIAS, Suzana Brenna Barbosa et al.. ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA NA UBS: O QUE ENCONTRAMOS?.. In: Anais do 16º Congresso Cearense de Enfermagem, 16ª Mostra de Enfermagem, Talento e Arte, 6º Ciclo de Debates sobre a Formação de Enfermeiros, 1º Fórum Cearense de Estudantes de Enfermagem e 14ª Semana de Enfermagem da UNIFAMETRO. Anais...Fortalea(CE) Unifametro, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/16ccenf/162172-ACOLHIMENTO-COM-CLASSIFICACAO-DE-RISCO-NO-ATENDIMENTO-A-DEMANDA-ESPONTANEA-NA-UBS--O-QUE-ENCONTRAMOS. Acesso em: 28/04/2025

Trabalho