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Apresentação

V Colóquio Raça e Interseccionalidades e o Primer Congreso del Investigadores Afrolatinoamericano y del Caribe se uniram para, ao longo de quatro dias, possibilitar discussões sobre a temática “Discursos, Memórias Negras e Esperança na América Latina e Caribe”. 

A proposta parte da ideia de que nas práticas sociais circulam textos diversos sobre as questões raciais e eles apontam para discursos raciais e interseccionalidades, memórias negras, ideologias raciais e linguísticas que podem contribuir para a luta antirracista e projetar futuros de esperança. Com base nestes pressupostos, o V Colóquio Raça e Interseccionalidades e o I CINALC, que ocorrerão em formato híbrido, visam reunir pesquisas concluídas ou em andamento e relatos de experiência que intercruzam raça, racismo, luta antirracista, gênero, sexualidade, classe e interseccionalidades nas mais variadas áreas do saber da América Latina e Caribe. Nesse sentido, o evento contribuiu diretamente para a promoção do enfrentamento ao racismo, impactando a formação de profissionais da educação nos níveis básico, médio e superior e também de profissionais das mais diferentes áreas do saber, já que o racismo é um fenômeno que perpassa todos os âmbitos sociais e todos os saberes.

O Colóquio, em sua quinta edição, tem se tornado protagonista em congressos no país com foco em linguagem, raça e interseccionalidades. O número de participantes tem crescido a cada realização mostrando a demanda para tal. Assim, observa-se, especialmente com base nas últimas edições, que o público-alvo está focado naquelas/es que estudam linguagem (discurso), raça e intersecções. Tal aspecto aponta para a necessidade de parcerias com profissionais para além do curso de Letras.

Com a inclusão de comunicações orais e tempo para conversar com debatedoras/es especialistas nas temáticas do evento, a participação de pessoas de outros lugares do mundo tem sido observada. Em 2016, tivemos em torno de 50 pessoas - todas brasileiras; em 2017, 120 pessoas - todas brasileiras; em 2019, tivemos 400 pessoas - de regiões para além do Sudeste; e no meio da pandemia 628 participantes - entre brasileiras/os argentinas/os e colombianas/os. Acreditamos que a parceria V Colóquio - I CINALC será um importante catalisador de internacionalização de nossas pesquisas.

A parceria V Colóquio - I Congresso de Investigadores Negros e Negras da América latina e do Caribe foi um importante catalisador de internacionalização de nossas pesquisas, pois contamos com um número muito expressivo de participantes de quase 20 países da América Latina e do Caribe e com pesquisadores e pesquisadoras que vieram de quase trinta diferentes estados do Brasil.

No âmbito da Linguística Aplicada, especificamente, aprofunda a produção do debate e a formação antirracista, envolvendo a educação linguística e dos letramentos, que embora em ascensão, ainda é pouco explorado em tal área do conhecimento. Além disso, propicia a troca acadêmica para estudos e investigações que ainda são recentes no campo, como pontuam Melo & Jesus (2022).

Outro aspecto importante a se mencionar é o impacto social das produções acadêmicas apresentadas e discutidas aqui, inclusive, na melhoria das condições de vida de populações historicamente sub-representadas, quando se dedica ao enfrentamento dos problemas de racismo institucional que permeiam diferentes espaços na instituição universitária, assim como, na sua relação com a sociedade externa.

Como sabemos, a universidade, como espaço de debates, aprendizagens e formação, é um lugar privilegiado para discussão dessas temáticas contemporâneas, relevantes para o respeito e a compreensão das diferenças. Com isso, a articulação do V Colóquio Raça e Interseccionalidades e o I CINALC mobilizarão o encontro de diferentes grupos de pesquisas, oriundos de diferentes países, projetos e políticas de enfrentamento ao racismo, oportunizando a troca de experiências, parcerias e formação conjunta diante desses problemas que afetam estruturalmente e historicamente as condições de vida de populações pobres, negras e indígenas em territórios latino-americanos e caribenhos.

Por fim, e de grande importância, o evento também visa a um diálogo com a sociedade civil, ou seja, movimentos e coletivos que também produzem saberes relevantes para na e pela linguagem construirmos outras possibilidades de nomeação e ação na sociedade que estamos a construir.

Quanto à concepção do V Colóquio Raça e Interseccionalidades e I CINALC, ela parte de três pressupostos relevantes para o campo da Linguística Aplicada:

  • Para compreendermos as mudanças da vida social da qual fazemos parte, os conhecimentos de outras áreas são relevantes. Neste sentido, a perspectiva da Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES, 2006) e Implicada (PZUNDY, TÍLIO; MELO, 2019) coloca o campo para discutir as demandas da contemporaneidade, visa a quebrar dicotomias sobre a vida social e compreende que as outras áreas do saber são essenciais para compreendermos a linguagem nas práticas sociais.
  • A linguagem dá existência aos fenômenos sociais (AUSTIN, 1962; BUTLER, 1997, FANON, 2008; KILOMBA, 2019). A linguagem é ainda indexical e aponta para discursos, memórias, ideologias que revelam camadas entre os sentidos do macro e micro (translocal e local).
  • A linguagem não está apartada das questões raciais (MELO, 2022, 2023).

Como é pertinente a um evento que interseccionou linguagem, raça, memória e  outros campos do saber, o discurso é central para compreender os tempos que estamos vivendo, após a pandemia da Covid-19 e as práticas sociais e raciais complexas que presenciamos em contextos latino-americanos e caribenhos variados. Como sei viu, o evento promoveu vários debates e refletiu sobre a articulação citada, entendendo a raça como uma invenção, ou seja, uma construção histórica, social, cultural, discursiva e performativa, cuja repetição naturaliza discursos racistas que viajam há séculos nas sociedades do Sul Global, mas que, mesmo sendo uma invenção, tem um produto real que age em total prejuízo para as pessoas cujos fenótipos se afastam dos de pessoas brancas.

Neste sentido, a universidade, espaço de debates, aprendizagens e formação, é um lugar privilegiado para discussão dessas temáticas contemporâneas construídas na e pela performatividade das linguagens, relevantes para o respeito e a compreensão das diferenças. No evento aqui descrito, debatemos e refletimos sobre a questão racial em perspectiva discursiva, performativa e suas possíveis intersecções promovendo a construção de saberes compartilhados entre estudantes, docentes, pesquisadoras/es e comunidade em geral.





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Responsável

E-mail: contatocoloquio2016@gmail.com


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