A INTERFERÊNCIA DA PERCEPÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE LEITE NO SUCESSO DA AMAMENTAÇÃO

Maria Eva Araújo Carvalho Bertoldo; Karina Nascimento Costa; Ana Laura Souza de Barros; Camila Pereira Oleskovicz

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Trabalho

Título do Trabalho

A INTERFERÊNCIA DA PERCEPÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE LEITE NO SUCESSO DA AMAMENTAÇÃO

Autores

Maria Eva Araújo Carvalho Bertoldo
Karina Nascimento Costa
Ana Laura Souza de Barros
Camila Pereira Oleskovicz

Modalidade

Resumo

Área temática

Saúde e bem-estar

Data de Publicação

29/12/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/21jornadacientificadohub/584878-a-interferencia-da-percepcao-de-insuficiencia-de-leite-no-sucesso-da-amamentacao

ISBN

978-85-5722-507-7

Palavras-Chave

Aleitamento materno, Percepção.

Resumo

Introdução: A amamentação constitui um elemento central na construção de uma saúde plena, apresentando inúmeros benefícios ao ser humano. A curto prazo, reduz o risco de morte e protege contra infecções respiratórias, diarreia e otite média. A longo prazo, associa-se, por exemplo, a menores taxas de obesidade e diabetes. Nesse sentido, organizações mundiais preconizam a amamentação exclusiva até os seis meses de idade, e como parte da dieta até os dois anos. Assim, é essencial compreender e afastar fatores contribuintes ao insucesso da amamentação, com destaque à percepção de insuficiência de leite, que é passível de intervenção por profissionais de saúde. Objetivos: Este trabalho objetivou identificar mães com risco de descontinuação da amamentação e fatores associados, por meio do Perception of Insufficient Milk (PIM), questionário que avalia a crença da mãe de que seu leite é insuficiente para atender às necessidades de seu bebê. Método: Trata-se de um estudo analítico, observacional e transversal realizado com puérperas. Após assinatura do TCLE, foi realizada a coleta de dados através da resposta a questionários aplicados dentro de 48 horas e posteriormente 4 e 6 meses após o nascimento. Informações pessoais, experiências prévias de amamentação e aspectos da gestação e amamentação atuais foram alguns dos aspectos questionados. As mães também responderam a 3 questionários específicos de amamentação (PIM, Escala de Autoeficácia na amamentação e o Escore de Amamentação). O PIM avalia a percepção materna da suficiência do leite produzido, razões para essa percepção e a concordância com declarações sobre oferta de leite foi pontuada por meio de uma escala Likert com 5 opções de gradação. Mães com pontuação inferior a 16 têm percepção de leite insuficiente e superior ou igual a 16 percepção de suficiência. Foi utilizado o Teste do Qui-quadrado para análise estatística sendo considerado significante um valor de p = 0,05. Resultados: Na primeira entrevista, participaram 175 mães, e dessas, 91,4% consideraram o leite materno suficiente segundo o PIM. Houve associação significativa da percepção de suficiência de leite neste período com: informação prévia sobre amamentação (p=0,025), desejo de amamentar até 6 meses (0,004), crença de que o leite materno é suficiente até 6 meses (0,001), alta Escala de Autoeficácia (0,014) e maiores valores de Escore de Amamentação (0,015). Aos 4 meses, 60 mães responderam a entrevista e 86% ainda amamentavam, sendo 59,6% em aleitamento exclusivo e 40,4% misto. A percepção de leite materno suficiente 48 horas após o parto não se correlacionou com a manutenção do aleitamento materno aos 4 meses, mas mães com percepção de suficiência de leite e maiores escalas de escore de amamentação logo após o nascimento tiveram percepção de suficiência de leite aos 4 meses (P<0,01 e p=0,01). Neste período, mães com alta autoeficácia na amamentação tiveram percepção de suficiência de leite (p=0,002). Conclusões: Um número significante de mães mantiveram aleitamento materno 4 meses após o parto e, ao nascimento, um número significante considerou seu leite suficiente para o bebê. A percepção materna de suficiência de seu leite logo após o nascimento sofre influência da orientação prévia sobre o processo de amamentação, do desejo de amamentar por 6 meses e da crença de que a amamentação é suficiente ao bebê até esta idade. Esses fatores reforçam a importância da abordagem pré-natal da amamentação e seus benefícios. Outros instrumentos que avaliam a amamentação, como a Escala de Autoeficácia e o Escore de Amamentação também se correlacionaram com a percepção de suficiência de leite. Não foi possível estabelecer associação entre percepção de suficiência do leite ao nascimento e a manutenção do aleitamento na avaliação posterior aos 4 meses. A alta taxa de aleitamento materno aos 4 meses pode ter contribuído para esse resultado. Uma limitação foi o número de respostas nos questionários subsequentes. Este trabalho foi apresentado, anteriormente, no 28º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 19º do DF realizado entre os dias 09/11 a 11/11/2022.

Título do Evento: 21ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília
Título dos Anais do Evento: ANAIS DA 21ª JORNADA CIENTÍFICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BERTOLDO, Maria Eva Araújo Carvalho et al.. A INTERFERÊNCIA DA PERCEPÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE LEITE NO SUCESSO DA AMAMENTAÇÃO.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/21jornadacientificadohub/584878-A-INTERFERENCIA-DA-PERCEPCAO-DE-INSUFICIENCIA-DE-LEITE-NO-SUCESSO-DA-AMAMENTACAO. Acesso em: 24/04/2025