A FUNÇÃO DO COORDENADOR DENTRO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Publicado em 04/02/2020 - ISBN: 978-85-5722-415-5

Título do Trabalho
A FUNÇÃO DO COORDENADOR DENTRO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Autores
  • Samara de Oliveira Januário
  • Samila de Oliveira Januário
  • Edivânia Santana dos Santos Martins
Modalidade
Artigo Científico
Área temática
Educação
Data de Publicação
04/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/amplamentecursos/235612-a-funcao-do-coordenador-dentro-da-gestao-democratica
ISBN
978-85-5722-415-5
Palavras-Chave
Coordenador pedagógico Gestão democrática. Escola.
Resumo
RESUMO: O coordenador pedagógico é aquele profissional que tem por atribuição, no campo escolar, articular, coordenar, acompanhar, supervisionar, orientar e subsidiar o desenvolvimento do trabalho pedagógico que se desenvolve no interior da escola, junto com os professores, na esperança de conseguir organizar e realizar um ambiente escolar que favoreça ao desenvolvimento da aprendizagem, com ética e cidadania, partindo de uma gestão democrática fortalecedora e do trabalho coletivo. Este trabalho discute qual o papel do coordenador pedagógico na gestão democrática escolar. Os autores estudados, que fundamentaram a pesquisa bibliográfica, foram Libâneo (1996), Luck (2009), Pires (2004) e Piletti (1998). Concluímos que Há a necessidade de uma gestão democrática explicita, com uma boa comunicação escolar entre todos os envolvidos no mesmo ambiente de trabalho, tomando por base uma perspectiva cidadã da democracia, onde o trabalho do coordenador pedagógico seja um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar. PALAVRAS-CHAVE: Coordenador pedagógico Gestão democrática. Escola. INTRODUÇÃO O coordenador pedagógico é um profissional atuante e que deve ser o responsável pela formação continuada na escola. Tal formação tem como objetivo favorecer o trabalho docente na escola de educação básica, dando auxílio e subsídio no meio escolar, tomando as decisões de acordo com o bem comum de todos, de forma coletiva. A proposta de implantar um curso de formação continuada para os profissionais que atuam na área da educação, como coordenador pedagógico de uma instituição educacional, surgiu do reconhecimento e da importância deste profissional para a melhoria da qualidade do ensino brasileiro. O coordenador pedagógico é aquele profissional que tem por atribuição, no campo escolar, articular, coordenar, acompanhar, supervisionar, orientar e subsidiar o desenvolvimento do trabalho pedagógico que se desenvolve no interior da escola, junto com os professores, na esperança de conseguir organizar e realizar um ambiente escolar que favoreça ao desenvolvimento da aprendizagem, com ética e cidadania, partindo de uma gestão democrática fortalecedora e do trabalho coletivo. O coordenador é um agente responsável pela formação continuada na escola, tendo como proposição ajudar o trabalho do professor na educação básica, devendo assim se sensibilizar no desenvolvimento e sugestões de metodologias educacionais descentralizadas da figura do professor, tomando decisões no coletivo, de modo que todos tenham um bem comum para ser seguido. Apesar de que, na maioria das vezes, o coordenador é visto como aquele que sabe de tudo, dando todas as respostas e propostas pedagógicas, ele estará ali para buscar a coletividade, a parceria de todos dentro do mesmo ambiente. A intervenção pedagógica é gerada pela necessidade do grupo, pelos acontecimentos do dia a dia que surgem, sendo necessário ser o coordenador, um sujeito de liderança pedagógica para conseguir conduzir um trabalho com sucesso, promovendo a reflexão sobre a trajetória seguida no contexto social, na qual a escola está inserida. a) acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docência e avaliação; b) fornecer subsídios que permitam aos professores atualizarem-se e aperfeiçoarem-se constantemente em relação ao exercício profissional; c) promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo; d) estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos problemas que aparecem. (PILETTI, 1998, p.125). Diante do amplo quadro de atribuições, mesmo que em alguns casos o profissional desconheça as mesmas, pode-se avaliar que existem vários olhares sobre a função do coordenador pedagógico na escola e que, na maioria das vezes, são lançados pela escola e a comunidade escolar. Muitas atribuições são cobradas deste profissional que, em diversos momentos, acaba exercendo uma função de gerenciamento na escola, atendendo aos pais, alunos, professores e também às emergências que ocorrem no decorrer do dia a dia, resolvendo tudo que a escola precisa. Desta maneira, o coordenador acaba assumindo um papel administrativo escolar. Então, esses impasses decorrentes das relações existentes na escola, geram uma desorganização do trabalho pedagógico e nas suas práticas pedagógicas. É preciso que o coordenador faça uma reflexão sobre a sua função propriamente, para que se efetive esse trabalho, e não abrir mão de acontecimentos que surgem no interior da escola, deixar a comunidade escolar ciente que o coordenador é um profissional pedagógico e que está ali para realizar um bom trabalho com a comunidade e com os professores. Tendo a prática e o olhar de docente como referência, o coordenador enfrenta o desafio de construir seu novo perfil profissional e delimitar seu espaço de atuação. O sucesso alcançado nesta tarefa resultará de sua contribuição para a melhoria da qualidade da escola e das condições de exercício profissional dos professores. Em todos os sentidos a coordenação pedagógica deve garantir o diálogo, que fortalece o ambiente escolar, na luta de uma educação de qualidade, visando sempre o desenvolvimento do trabalho coletivo para que as ações superem as expectativas, dando condições para que os membros da comunidade escolar, juntos, façam o educar e o aprender acontecer, possibilitando a troca de saberes e suas experiências, tornando assim possível um ensino eficaz. Apesar de se encontrar diferentes perfis de profissionais da educação, almeja-se construir, durante o dia a dia, convivências possíveis e que possam ter posicionamentos necessários diante de sua formação, tendo boas relações com todos os profissionais envolvidos nesta mesma caminhada, investindo na formação dos docentes para essa qualificação. Construir um ambiente democrático e participativo é tarefa difícil. “Uma gestão participativa também é uma gestão da participação”, afirma Libâneo (1996, p. 200). Para quem ocupa esses cargos de liderança, como o coordenador pedagógico e diretor escolar, devem estar dispostos a construir, incentivar e proporcionar essa participação nas ações cotidianas do espaço escolar. A gestão e a participação da coordenação pedagógica pressupõem uma educação democrática. Não se trata de apenas de resolver as questões urgentes da escola, mas sim, saber ouvir, dar sugestões, beneficiar o coletivo, se posicionar em diversas situações, quando necessário, fazer uma análise dos acontecimentos que surgem durante o dia a dia da instituição e ser o agente articulador e solucionador destes. Analisar e se desdobrar é imprescindível para que o ensino aprendizagem do aluno e a formação continuada do professor ocorram de modo satisfatório, estabelecendo metas para a escola de acordo com sua realidade, proporcionando espaços de tempos e debates, para que se encontrem possíveis soluções. Saber administrar os conflitos é uma tarefa complexa. É preciso se ter o respeito e a consciência da contribuição de cada um de acordo com sua formação. A educação de qualidade configura-se numa busca constante das instituições escolares, mas para que isso se torne realidade, são necessárias que se estabeleça um trabalho em equipe junto com a gestão, priorizando a formação dos docentes que nela estão inseridos, contribuindo para todo o processo da escola. As instituições precisam, cada vez mais, de profissionais que sejam dinâmicos, responsáveis, inteligentes e que tenham habilidades para resolver situações problema, administrando os conflitos relacionados aos recursos humanos. O coordenador deve saber identificar os problemas do ambiente escolar, as necessidades desse espaço, detectá-los e possivelmente solucioná-los, orientando, colocando as dificuldades a serem discutidas e planejando o deve ser feito para resolver, dando prioridade ao trabalho pedagógico e à qualidade do mesmo. Dentro das diversas atribuições do coordenador, está a de acompanhar o trabalho docente, a realização dos trabalhos fora e dentro da sala de aula, e também pelo elo entre os envolvidos na comunidade educacional, onde a parceria de todos será fundamental para o processo de ensino. O coordenador precisa estar sempre atento às situações que acontecem em à sua volta, valorizando os profissionais e a equipe, sempre acompanhando seus resultados. Esta é uma tarefa que deve ser feita com segurança, pois as várias informações e as responsabilidades que se tem, se faz necessário manter-se seguro nessa trajetória. Cabe a este profissional, refletir sobre sua própria prática diante dessas situações para superar os obstáculos e as dificuldades encontradas no caminho que serão constantes, quando nos deparamos de frente para solucioná-los. Ainda assim, é um trabalho que precisa ser feito. O objetivo principal, de acordo com sua função, é garantir um processo de ensino aprendizagem do alunado de forma prazerosa, que seja bem-sucedido. No entanto, ele desempenha diversas tarefas em seu cotidiano. Ele responde pela parte burocrática, pelo atendimento aos pais e alunos, cuidado com o planejamento e principalmente com a formação dos docentes em serviço. Dessa forma, em alguns momentos, acontece de o mesmo sair de sua função para resolver situações problemas da escola. 2 A FUNÇÃO DO COORDENADOR DENTRO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA A coordenação pedagógica no contexto da gestão democrática, exerce, em seu espaço de atuação, papéis diferentes de atuação dentro da instituição escolar, perante as normas, e sua rotina diária. É, durante esses espaços, que surgem múltiplas experiências diante dos acontecimentos, ampliando a função de acordo com o dia a dia e com a realidade nas unidades de ensino precisamos. Desse modo, deve-se pensar e fazer uma educação que tenha novas propostas, novos saberes, para que o pedagógico em si aconteça. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para que uma gestão seja verdadeiramente democrática, pois é por meio do desenvolvimento das inter-relações que o trabalho acontecerá naturalmente e de um jeito prazeroso, todos comprometidos, unidos, juntos com o mesmo objetivo. Assim, o professor não se perderá no caminho que deseja ser alcançado. O coordenador deve pensar a resolução do problema de acordo com as situações como: as que envolvem os professores, alunos, pais e enfim, toda a comunidade escolar. Dessa forma, este profissional se desvia do papel atribuído que são as questões pedagógicas. A função primeira do coordenador pedagógico é planejar e acompanhar a execução de todo o processo didático-pedagógico da instituição, tarefa de importância primordial e de inegável responsabilidade e que encerra todas as possibilidades como também os limites da atuação desse profissional. Quanto mais esse profissional se voltar para as ações que justificam e configuram a sua especificidade, maior também será o seu espaço de atuação. Em contrapartida, o distanciamento dessas atribuições seja por qual motivo for, irá aumentar a discordância e desconhecimento quanto às suas funções e ao seu papel na instituição escolar. (PIRES, 2004, p. 182). É possível identificar, no coordenador pedagógico, características de educador, pois ele tem que mediar uma boa parte de conflitos, assim como o professor age em sala de aula, ou seja, equilibrar, acolher, subsidiar, provocar, relacionar. Partindo dessa hipótese, o coordenador pedagógico no exercício de sua função, relaciona os elementos presentes em sua realidade, pois precisa estar atento às necessidades da realidade das várias situações que ocorrem num ambiente escolar. É neste sentido que, de acordo com as necessidades no contexto escolar, o coordenador propõe a aquisição de novos saberes a cada dia, pois para a escola, a cada início de um novo dia é uma nova realidade, todos os dias surgem situações diferentes para serem resolvidas. É nesse ambiente que a prática do coordenador pedagógico vai acontecendo, fazendo com este que venha a fazer valer as questões democráticas em sua forma de ser e agir, sempre pensando que construir a escola ideal é tarefa de todos, e não apenas só de um. Neste intuito, mobilizar a comunidade educativa para o enriquecimento da proposta pedagógica e torná-la mais democrática é papel do Coordenador Pedagógico, que vai construindo espaços de atitude e ações democráticas no meio escolar. Neste sentido, procura-se a perfeição da democracia quando realmente ela se insere efetivamente na prática. A participação envolve compromisso e dedicação. Assim a escola torna-se um espaço aberto, acolhedor e acessível a toda comunidade educativa, sendo capaz de buscar soluções para os conflitos nela existentes. Ou seja, demonstra-se autônoma, como aponta Lück (2009): A autonomia de gestão escolar estabelece parâmetros de qualidade ao trabalho coletivo, norteando as responsabilidades do conjunto dos profissionais da escola, estabelecendo oportunidades de exercício de criatividade e espirito de inovação, de renovação das práticas profissionais e de compromisso social da escola. Em vista disso, pela construção da autonomia, os profissionais da escola desenvolvem maior sentido de competência, elevam seu maior valor profissional e ganham uma dimensão de maior importância social. (LUCK, 2009 p.128). Este entendimento revela que a gestão democrática compartilha o poder com o diretor e o coordenador pedagógico. Juntos, na gestão, devem criar um clima de confiança entre todos os que fazem parte da instituição escolar, gerando ideias inovadoras para que haja uma gestão com democracia, ajudando a desenvolver competências básicas, necessárias e estratégicas para a participação de todos. As práticas administrativas e pedagógicas desenvolvidas na escola mostram as relações e as interações que as pessoas estabelecem de acordo com a convivência em seu interior e definem maneiras que devem proceder para com o docente. É por meio dessas relações que os professores percebem, notam os movimentos da organização/gestão escolar, que têm por objetivo concretizar a mudança de determinado aspecto de sua prática. Dessa forma podem acontecer situações que sensibilizem a todos para a mudança. É preciso que haja um trabalho pedagógico que venha ultrapassar o conhecimento e as funções/ações que são estabelecidas de forma rígida e organizada pela gestão no ambiente escolar, decorrendo de uma gestão participativa e parceira, onde todos os profissionais que nela estão inseridos possam efetivamente participar da construção/reconstrução/atualização do Projeto Político Pedagógico, contribuindo nos debates e discussões desse planejamento de trabalho, que tece o desenvolvimento de todo esse processo, de maneira compartilhada e integrada. A participação proporcionara mudanças na vida das pessoas de forma significativa, a partir do momento em que eles começarem a se interessar e sentir responsáveis por interesses comuns, as mudanças irão acontecer. Mas, nesse processo, é preciso que haja a participação de todos com a mesma finalidade. Assim, ser coordenador pedagógico escolar é assumir um cargo no qual terá que enfrentar inúmeras situações diárias com pais, funcionários, professores, alunos, enfim, com a comunidade escolar e extraescolar também. Além da responsabilidade de mobilizar a construção do projeto pedagógico, há também a necessidade de manter sua formação atualizada, independente do curso a participar, para estar capacitada para todas essas situações. Sabemos que a gestão democrática é um princípio constitucional que organiza a escola e que compõe um processo coletivo na escola. Portanto, compreende-se que o seu trabalho não se desenvolve isolado, individualmente, jamais. Pelo contrário, a coordenação pedagógica ocupa um lugar estratégico de mediação entre coletivo escolar, no sentido da construção do projeto político-pedagógico e de todas as ações ali planejadas. A ação da coordenação pedagógica deve buscar a articulação dos múltiplos saberes e experiências existentes na escola rumo à transformação para um projeto pedagógico emancipador, pois cumprirá com o efetivo sucesso da extensão cognitiva e política dos estudantes. O trabalho pedagógico se insere no processo de forma organizada, compondo a gestão escolar por meio da ascensão do sujeito interativo, que raciocina e executa ações definidoras do papel social da educação. Para a organização de um trabalho pedagógico que busque encontrar a construção de um projeto de sucesso, se faz necessário haver a definição de uma concepção de educação se reconstrói e se modifica, principalmente, quando nos deparamos que a prática educacional que vem se dando de forma cada vez mais despedaçada, descolada de um projeto para a sociedade. Este resultado apenas se torna possível quando há a participação que, conforme Lück (2002): [...] significa, portanto, a intervenção dos profissionais da educação e dos usuários (alunos e pais) na gestão da escola. Há dois sentidos de participação articulados entre si: a) a de caráter mais interno, como meio de conquista da autonomia da escola, dos professores, dos alunos, constituindo prática formativa, isto é, elemento pedagógico, curricular, organizacional; b) a de caráter mais externo, em que os profissionais da escola, alunos e pais compartilham, institucionalmente, certos processos de tomada de decisão. LUCK (2002, p. 66). A coordenação pedagógica como mediadora nesse processo, torna-se fundamental, pois pode articular os saberes junto aos profissionais, tendo seu planejamento coletivo e interdisciplinar. Mais do que isso, a integração das práticas, das experiências e dos saberes dos profissionais, possibilita uma escuta mais apurada dos estudantes, fazendo com que a interação social da escola seja aprofundada de forma mais crítica e reflexiva, podendo serem analisadas as várias relações que acontecem no cotidiano da comunidade, possibilitando novas estratégias. Para que se evidencie a gestão democrática no dia a dia escolar, as questões de poder precisam ser bem especificadas e encaradas com o intuito de superar a severidade da hierarquização e torná-las mais visíveis e claras entre a comunidade escolar. Provavelmente, a instituição educacional reproduzirá algumas formas de influência presentes na sociedade, deixando-as mais naturais frente ao coletivo da escola. Se aceitarmos como princípio que a educação escolar constitui o processo formativo de qualidade, no qual a maioria da população originária das classes populares têm o direito e acesso ao saber sistematizado e aos valores democráticos, que na maioria das vezes são ausentes em outros campos de formação, compreende-se que deve-se constituir uma escola que desenvolva, de forma plena, o conhecimento científico e a prática democrática, de modo que esse papel social da escola esteja associado ao desenvolvimento de práticas participativas e solidárias entre os sujeitos integrantes da comunidade escolar. A participação na gestão, com o objetivo de garantir a autonomia institucional, consiste na construção de estratégias de planejamento democrático que deem conta de um processo de formação de todos os sujeitos escolares. Para tanto, a coordenação pedagógica deve buscar sempre romper com as tradicionais hierarquias de poderes, tendo o pensamento de estabelecer práticas mais flexíveis no sentido de incentivar a liberdade de expressão dos estudantes. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS As reflexões aqui abordadas neste trabalho sobre o trabalho do Coordenador Pedagógico devem ser contínuas, pois, esse profissional precisa edificar pontes para superar os obstáculos dessa profissão. Por este motivo, seus objetivos educacionais sempre devem estar pautados na melhoria do processo de ensino, através de um trabalho de parceria com a gestão, envolvendo uma divisão do trabalho, a fim de somar esforços, diminuindo as dificuldades do cotidiano. Há a necessidade de uma gestão democrática explicita, com uma boa comunicação escolar entre todos os envolvidos no mesmo ambiente de trabalho, tomando por base uma perspectiva cidadã da democracia, onde o trabalho do coordenador pedagógico seja um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar. Diante disto, o coordenador precisa ser inteligente para conseguir ser um profissional inovador, ousado, criativo, proativo e, sobretudo, uma pessoa comprometida com a educação e com seu grupo de trabalho. Este precisa ser, a todo o momento, conhecedor dos acontecimentos diários do meio escolar, sempre valorizando todos os profissionais da equipe, acompanhando os resultados das análises feitas. Deve estar pronto para ajudar no trabalho do professor, orientando nas ações planejadas, de forma dinâmica, criativa e prazerosa. Aceitar as mudanças nem sempre é possível, alguns ignoram, não dão atenção necessária, não fazem questão. Mas com persistência e com um diálogo que explique que é uma questão de dever nosso, como profissionais da educação, fazer um trabalho de qualidade que alcance a todas as classes sociais, e que todos devem estar inseridos nesse meio escolar. São várias tarefas as quais o coordenador desenvolve na escola. Hoje, com o diálogo estabelecido com os demais profissionais da instituição escolar, tem-se conseguido atuar sem maiores dificuldades, no que diz respeito ao relacionamento. Destacamos, como facilitador deste processo, o fato de a coordenação de colocar como mediadora de situações desafiantes e não como um controlador a espera de resultados. Estar ao lado, caminhar junto, dividir as angústias. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. Goiás; Alternativa, 1996. LUCK, Heloísa. Liderança em Gestão Escolar - Série Cadernos de Gestão, vol. IV 3ª edição, Ed. Vozes-Petrópolis-RJ, 2009. _______. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. São Paulo: Cortez, 2002. PILETTI, N. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 1998. PIRES, Ennia Débora Passos Braga. A prática do coordenador pedagógico-limites e perspectivas. Dissertação, (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 2004.
Título do Evento
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA NA CONTEMPORANEIDADE
Título dos Anais do Evento
Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

JANUÁRIO, Samara de Oliveira; JANUÁRIO, Samila de Oliveira; MARTINS, Edivânia Santana dos Santos. A FUNÇÃO DO COORDENADOR DENTRO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA.. In: Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade. Anais...Natal(RN) Evento on-line - Amplamente Cursos, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/Amplamentecursos/235612-A-FUNCAO-DO-COORDENADOR-DENTRO-DA-GESTAO-DEMOCRATICA. Acesso em: 25/04/2025

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