POLÍTICA AÇÃO TRANSFORMADORA DO SOCIAL E SUAS REDES DE PODER, DOMINAÇÃO E CONVENCIMENTO.

Publicado em 04/02/2020 - ISBN: 978-85-5722-415-5

Título do Trabalho
POLÍTICA AÇÃO TRANSFORMADORA DO SOCIAL E SUAS REDES DE PODER, DOMINAÇÃO E CONVENCIMENTO.
Autores
  • Francisco Kleiton de Souza Silva Gomes
  • MARIA ANDREZA DE FRANÇA ARAÚJO
  • Aldeiza Melo de Medeiros
  • Ana Cláudia da Silva
Modalidade
Artigo Científico
Área temática
Educação
Data de Publicação
04/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/amplamentecursos/235756-politica-acao-transformadora-do-social-e-suas-redes-de-poder-dominacao-e-convencimento
ISBN
978-85-5722-415-5
Palavras-Chave
Política, Dominação, Convencimento.
Resumo
Resumo: O presente artigo tem por objetivo, discutir elementos acerca do que se entende por política e como se constituem as relações de poder, dominação e convencimento do Estado, sobre a população. E como se gestam essas relações de poder entre o povo e políticos. Pautando o posicionamento do estado como agente mediador entre o povo e o poder exercido por ele. Palavras-chaves: Política, Dominação, Convencimento INTRODUÇÃO O conceito de política emprega um conjunto amplo e complexo de significados. A origem deste termo remete-se do grego politiká , uma derivação de polis que designa aquilo que é público. É a ciência da governação de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses públicos. De acordo com Maar (2006) o que a política significa é um resultado de um longo processo histórico, durante o qual ela se firmou como atividade na vida social dos homens. Percebe-se a partir dessa afirmação de Maar (2006) que as escolhas, ou qualquer outra atividade que relacione interesses coletivos em prol da sociedade reflete-se como uma ação política, mas que se tomaram proporções desvirtuosas, o que deveria ser de interesses coletivos e abrangentes passa a designar interesses de uma minoria. A política não corresponde simplesmente o ato de votar nas eleições, mas está idéia enraizou-se na sociedade de tal forma que os mesmo não se sentem como agentes políticos imbuídos de direitos quanto cidadãos votantes, que possui o poder em suas mãos de eleger a pessoa que os representa no âmbito executivo e legislativo. Foucault (2007) na obra Microsìfica do Poder discute o que ele entende sobre dominação que se apresenta em “múltiplas formas que podem se exercer na sociedade.” O que o mesmo problematiza é as relações de dominação posta em situações de reciprocidade, ou seja, a uma interação entre o sujeito dominador com o dominado desvirtuado pelo convencimento. 1. POLITICA: UMA AÇÃO TRANSFORMADORA DO SOCIAL. A discussão sobre ação transformadora da política é independente de qualquer viés da sociedade. Pois, a política é uma organização do social. O Estado apodera-se da política e a utiliza da forma que o convém, por isso é o estado que estabelece a divisão de classes, entre os ricos e pobres, ou seja, dominantes e dominados. Numa publicação da revista Lua Nova, Modesto Florenzano discute o estado e a sociedade problematizando os mecanismos de formação e organização do estado moderno no ocidente em quatro partes. A primeira aborda o estado em teorias gerais no segundo e terceiro o estado absolutista no quarto a origem do estado moderno na região da Itália e outras partes da Europa. Mais adiante neste texto o autor cita Marx e F. Engels abordando o que mencionei acima acerca da divisão de classe em que se afirma o seguinte: Marx, sem esquecer F. Engels, diria que assim é, porque todas as sociedades, excluindo as chamadas sociedades primitivas, se dividem em classes, tornando o estado necessário para permitir a exploração-dominação de uma classe sobre outras, de modo que luta de classes e estado formam um par historicamente inseparável que somente sairá de cena conjunta e definitivamente com o fim da história. (FLORENZANO, Modesto, 2007, p.12) A política nos emitir uma análise, identificada em redes moveis de relação de poder, dominação, soberania, convencimento, escolhas e direitos. Para consideramos a política como uma ação transformadora da sociedade, pontuamos a eficaz que a mesma possui no que diz respeito uma ação que busca o bem comum, debatida nas reivindicações no almejo de direitos a saúde, educação, transporte e moradia serviços básicos que muita gente ainda não possui, mas que reivindicam o que é de necessidade e direito aos responsáveis de representá-los organizar, coordenar as ações para sociedade. Maar (2006) discute sobre as ações dos movimentos sociais, organizações e instituições que buscam com ações políticas meios de transformação no âmbito social, econômico e cultural de seus respectivos grupos. É percebível que esses agentes políticos não, mas, representados por seus lideres políticos utilizam da sua própria voz para questionar, reivindicar os interesses que tinha atribuído para seus representantes defenderem. Portanto, afirma Maar: Os agentes políticos constituem a sociedade por meio de sua organização e mobilização em torno de interesses sociais, que desta forma passam a se desenvolver com objetivos políticos, voltados que estão para relações políticas de coerção e hegemonia, para transformar em direito as reivindicações. (MAAR, Leo Wolfgang, 2006, p.62) Ainda discutindo acerca da ação transformadora da política observamos que está ação perpassa também pelo Estado. O Estado é responsável pelo zelo com a sociedade, e de possibilitar mecanismo para efetivação dos serviços prestados à sociedade. Dessa forma o que atribuímos de dever a ser cumprido pelo estado, nada, mas, é de uma política institucionalizada que como diz Maar (2006) à política institucionaliza-se numa esfera autônoma. Portanto constatamos que a política possui um fator de transformação do social, a partir dos diálogos empregados por Maar e Florenzano, pontuando este mecanismo de transformação como também de dominação do social, quando as praticas da política são desvirtuadas do seu conceito que o mesmo possui. Assim atribuem-se de ação transformadora as reivindicações legais por realizações de direitos humano-agentes políticos. 2. AS AÇÕES DISVIRTUOSAS NA POLÍTICA. Existe uma cultura política que podemos perceber no período das eleições identificado nas ações dos candidatos que expressão em seus discursos que são “representantes” da sociedade é o que devem ser, mas utilizam-se da autoridade de ser um político e age com atitudes de poder, dominação e convencimento. Assim pensam que estão sendo de acordos com os interesses da sociedade, enquanto buscam através de um cargo publico interesses próprios e de seus correligionários. Na política existem ações que são transformadoras, como também maneiras desvirtuosas que mune os políticos de características que não coincide com o significado de política. Para Bobbio, Matteucci e Pasquino (1993) o poder em seu conceito corriqueiro designa a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos. Sendo assim os políticos agem até causa efeitos em seus eleitores produzem um sistema de troca e venda de votos, conquistado pelo convencimento de jogos de interesses o eleitor tem o voto e o candidato possui alguma coisa de interesse do eleitor, então por um voto o jogo se efetiva. O poder e o convencimento são coisas que andam juntas e prontas para modificar os indivíduos. Nas palavras de Bobbio, Matteucci e Pasquino o poder tem também a seguinte definição: Se entendermos em sentido especificamente social, ou seja, na sua relação com a vida do homem em sociedade, o Poder torna-se mais preciso, e seu espaço conceptual pode ir desde a capacidade geral de agir, até à capacidade do homem em determinar o comportamento do homem: Poder do homem sobre o homem.( BOBBIO N., MATTEUCCI, N. e PASQUINO, G. , 1993,p. 933) Na concepção de Foucault o poder é um sistema que não está nas mãos de um individuo diferente de Bobbio, Matteucci e Pasquino que defini como sendo um individuo agindo sobre o outro, assim especifica “O homem é não só o sujeito, mas também o objeto do Poder social”. Foucault considera o seguinte acerca do poder: [...] não tomar o poder como um fenômeno de dominação maciço e hegemônico de um individuo sobre os outros, de um grupo sobre os outros, de uma classe sobre as outras; mas ter bem presente que o poder- desde que não seja considerado de muito longe – não é algo que se possa dividir entre aqueles que o possuem e o detêm exclusivamente e aqueles que não o possuem e lhe são submetidos. O poder deve ser analisado como algo que circula, ou melhor, como algo que só funciona em cadeia. Nunca está localizado aqui ou ali, nunca nas mãos de alguns, nunca e apropriado como uma riqueza ou um bem. O poder funciona e se exerce em rede. Nas suas malhas os indivíduos não só circulam, mas estão sempre em posição de exercer este poder e de sofrer sua ação; nunca são o alvo inerente ou consentido do poder, são sempre centros de transmissão. Em outros termos, o poder, não se aplica aos indivíduos, possa por eles. Não se trata de conceber o individuo como uma espécie de núcleo elementar, átomo primitivo, matéria múltipla e inerte que o poder golpearia e sobre o qual se aplicaria, submetendo os indivíduos ou estraçalhando-os. (FOUCAULT,2007, p. 183.) Enquanto os estudos sobre política apresentam seu conceito de algo publico destinado ao coletivo, as praticas políticas se desvirtuaram. O mecanismo utilizado na política como também no trabalho do representante do povo de exerce sua função, de organizar, coordenar e manter a sociedade através de sua representatividade modificou-se os políticos agem de maneira corrupta, desviando verbas de obras e projetos públicos. Exercem uma dominação nas contas publicas e até se sentindo como chefes dos servidores que seriam seus funcionários. É importante ressaltar que não são só os políticos que se se desvirtuam, mas também os eleitores que procuram os políticos de praticas corruptas e agem com corrupção, ou seja, oferecem o voto como moeda de troca para conseguir algo com o candidatado, isto ocorre pelo fato do sistema capitalista classificar a sociedade em divisões de classes, as elites que são em minoria composto por: empresários, comerciantes, políticos e proprietários de terras, com maioria de trabalhadores em variados setores de trabalhos, enfrentando dificuldades financeiras e serviços básicos como educação, saúde, transporte e habitação de má qualidade. Por isso o eleitor ou agente político em busca de direitos decidem realizar ações corruptas. Entendemos como as praticas desvirtuosas de políticos e sociedade na política ocasiona a todos, então a seguir discutiremos o papel do estado enquanto provedor do agir dos representantes do povo. 3. O ESTADO E SUA POLITICA DE CONVENCIMENTO SOCIAL. O estado é detentor do convencimento da sociedade, pois convence a sociedade que nossa ação política se restringe as eleições e depois não temos atitudes contra esse convencimento ocasionando nos indivíduos um esvaziamento da cidadania. Além de deter o monopólio do uso legítimo da violência. Segundo Maar (2006) a atividade política passa a se transferir das coisas públicas, da república - res-publica, seu objetivo original – para a instituição em que se realiza- o estado das coisas públicas, expressão que apareceu relatada com o jurista Ulpiano no século III d. C. De acordo com Florenzano (2007) o momento do surgimento do Estado moderno, é discutido pelos historiadores atuais considerando que isso ocorreu em meados do século XVI. Mas sem delongas este tópico trata da atuação do estado no cotidiano da sociedade. Para Maquiavel a política adquire a maioridade quando se passa distinguir Estado de governo. Pois para o mesmo o governo é o agente da política de um estado. Sobre o estado podemos observa o que Maar (2006) escreveu: O Estado e seu gerente, o governo, a utilizam à exaustão: polícia, leis, decretos, censura, impostos, obrigações. Ela constitui efetivamente os atributos fundamentais do poder, mediante o qual se mantém a relação entre dominantes e dominados. (MAAR, Wolfgang Leo, 2006, p.73.) Ainda discutindo sobre o papel do estado de reproduzir ações que convence, controla e normatiza a vida da sociedade através dos governantes. O estado apodera-se da legitimidade do uso da violência para punir e coibir os agentes políticos que reivindicam direitos, além do estado para controlar tem o sistema capitalista que colabora com os governantes na estruturação do sistema político. A onda de reivindicações que ocorreram em junho de 2013, eclodiu na sociedade um espírito político que não é só simplesmente nas eleições, mas sim agentes com ações transformadoras da sociedade. Mobilizando-se exigem do estado um parecer referente à suas indignações referentes a licitações super faturadas nas obras e má qualidade nos serviços básicos. O palco dessas reivindicações foram os centros urbanos com seus muitos dilemas para que explodisse as mobilizações urbanas, segundo Raquel Rolnik (2013) em uma organização de textos feita por Maricato : A “fagulha” das manifestações de junho não surgiu do nada: foram anos de constituição de uma nova geração de movimentos urbanos- o MPL, a resistência urbana, os movimentos sem-teto, os movimentos estudantis-, que, entre “catracaços”, ocupações e manifestações foram se articulando em redes mais amplas, como os comitês populares da Copa e sua articulação nacional, a Ancop. (MARICATO, Ermínia et all, 2013,p.9) A sociedade percebeu enquanto ser político, que essa cultura enraizada no sistema político não pode mais representar a sociedade e com sua própria voz foram e estão sendo o diferencial para transformar e melhora o nosso presente e futuro da sociedade. O palco dessas reivindicações se entrelaça ao não cumprimento da jurisprudência do TCU, onde se consolidado no sentido de que os membros das comissões de licitação, especial ou permanente, são condenados em débito solidariamente com os demais responsáveis, caso a irregularidade por eles praticada tenha nexo de causalidade com o prejuízo causado ao Erário. Nessa situação podem ser apenados com a multa prevista no art. 57 da Lei nº 8.443/1992. CONSIDERAÇÕES FINAIS O artigo discutiu acerca de que maneira se forma e sustentam o poder do estado, através da política, e como se constitui as relações entre estado e o povo, intermediado pelo convencimento contido nos discursos dos políticos. O artigo também abordou conceitos norteadores sobre o que é política, e como se sustenta esse jogo de poder onde os políticos usam o poder do estado, em benefício próprio, e dos seus apadrinhados. Não desenvolvendo ações reais que de fato beneficie a toda população. Dentro dessa mesma discussão ainda abordamos questões como as manifestações ocorridas em junho 2013, quando o povo vai ruas cobrando mais transparência na verba pública. Essas manifestações e protestos tiveram as diversas reivindicações como o movimento pela lei do passe livre (MPL), pela melhoria na saúde, na educação, nos serviços básicos entre outros. Observamos nesse trabalho o povo tomando as ruas e reivindicando seus direitos, nos fazendo refletir sobre a política constitucional em nosso país. REFERÊNCIAS BIBLÌOGRAFICAS BOBBIO N., MATTEUCCI, N. e PASQUINO, G. Dicionário de Política. Brasília: EDUNB, 1993. FLORENZANO, Modesto. Sobre as Origens e o desenvolvimento do Estado Moderno no Ocidente Lua Nova, São Paulo, 71: 11-39, 2007 FOUCAULT, Michel. Microsífica do poder, Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro, 2007. MAAR, Wolfgang Leo. O que é Política, São Paul: Brasiliense, 2006. MARICATO, Ermínia et all. Cidades Rebeldes: Passe livre e as manifestações que tomaram as ruas
Título do Evento
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA NA CONTEMPORANEIDADE
Título dos Anais do Evento
Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GOMES, Francisco Kleiton de Souza Silva et al.. POLÍTICA AÇÃO TRANSFORMADORA DO SOCIAL E SUAS REDES DE PODER, DOMINAÇÃO E CONVENCIMENTO... In: Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade. Anais...Natal(RN) Evento on-line - Amplamente Cursos, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/Amplamentecursos/235756-POLITICA-ACAO-TRANSFORMADORA-DO-SOCIAL-E-SUAS-REDES-DE-PODER-DOMINACAO-E-CONVENCIMENTO. Acesso em: 26/04/2025

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