EDUCAÇÃO FÍSICA E CORPOREIDADE: REFLEXÕES A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE CORPO E DANÇAS FOLCLÓRICAS

Publicado em 04/02/2020 - ISBN: 978-85-5722-415-5

Título do Trabalho
EDUCAÇÃO FÍSICA E CORPOREIDADE: REFLEXÕES A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE CORPO E DANÇAS FOLCLÓRICAS
Autores
  • Emerson Ferreira Bezerra
Modalidade
Artigo Científico
Área temática
Educação
Data de Publicação
04/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/amplamentecursos/235974-educacao-fisica-e-corporeidade--reflexoes-a-partir-da-relacao-entre-corpo-e-dancas-folcloricas
ISBN
978-85-5722-415-5
Palavras-Chave
EDUCAÇÃO FÍSICA. CORPOREIDADE. DANÇAS FOLCLÓRICAS.
Resumo
INTRODUÇÃO A educação física é um instrumento eficaz da pedagogia, porque ajuda a desenvolver as qualidades básicas do homem como unidade biopsicossocial. Executa ações educativas com seus fundamentos científicos, e seus vínculos interdisciplinares apoiando-se na filosofia, na psicologia, na biologia, e em muitas outras disciplinas. O corpo, para a Educação Física, significa a união do ser cognitivo com o ser movimento. Santos (2009) nos chamam atenção em como entender que não somos dono do nosso corpo e sim temos um corpo que é capaz de pensar, sentir e agir e que necessita de entendimento de si próprio e do outro. A corporeidade é a própria existência humana, é a tentativa de se entender com o mundo através de sentimentos que estruturamos para conviver em uma sociedade onde “se mostrar” é prioridade para alguns e desconforto para outros. A prática de exercícios físicos e de atividades físicas leva o corpo a sistematizar movimentos com os estímulos do profissional de Educação Física. A corporeidade, compreendida como comportamento cerebral, levará o aluno a reconhecer e utilizar o corpo como instrumento facilitador das questões intrínsecas e extrínsecas, relacionando com o mundo de uma maneira geral. Segundo Sergio (1996), por meio da corporeidade, [...] É que o ser humano é corporeidade e, por isso, é movimento, expressividade e presença. A mulher e o homem são movimento que se faz gesto, gesto que fala e que se assume como presença expressiva. E assim, se manifesta a Motricidade Humana... que não cansa porque não é repetição, mas criação. Entendendo que a corporeidade se apresenta como fator de trabalho primordial da Educação Física, e é através do corpo que alcançamos a corporeidade, a afirmativa torna-se um referencial para os profissionais de Educação Física, pois, “compreender” a corporeidade é saber olhar sensivelmente o corpo na busca da sua consciência corporal e não da disciplina imposta ou padronizada. É o movimento corporal que possibilita às pessoas se comunicarem, trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem sentidos. Para Merleau Pontty, um corpo vivo, é linguagem sexualidade, motricidade espacialidade e temporalidade. Ele afirma que as funções do corpo só podem ser compreendidas através de nós mesmos. Através de nossas experiências aprendidas no mundo e do contato com o outro. "A cada instante também eu fantasio acerca das coisas, imagino objetos ou pessoas cuja presença aqui não é incompatível com o contexto e, todavia, eles não se misturam ao mundo, eles estão adiante do mundo, no teatro do imaginário"(MERLEAU-PONTY, 1994, p. 6). É a realidade do corpo que nos permite sentir e, portanto, perceber o mundo, os objetos, as pessoas. É a realidade do corpo que nos permite imaginar, sonhar, desejar, pensar, narrar, conhecer, escolher. Para compreender o sentido da subjetividade em Merleau-Ponty precisamos compreender também a noção de liberdade, posto que o mundo existe independente de nossas formulações individuais sobre os fatos, os acontecimentos, as situações. Mas, sob um segundo aspecto o mundo não está inteiramente constituído, depende de nossas ações individuais e coletivas. De acordo com Feijó (1998, apud Santos, 2009 , p. 31) o movimento do corpo não se dá por acaso, gratuitamente, e nem são manifestações supérfluas do organismo, mas necessidades físicas e emocionais da pessoa com algum significado integrado a um denominador comum, em uma dinâmica única de energia pessoal, porque o corpo funciona como o local onde existe a personalidade. Ao mesmo tempo, entretanto, o corpo é subjetivo porque, na realidade, o sujeito que “eu sou” identifica-se com “meu corpo”. Assim, eu não devo dizer que “tenho” corpo, mas que “sou” corpo. A pós-modernidade sugere tipos de corpos que sejam aceitos pela sociedade e não são admitidas imperfeições. O indivíduo não pode ser gordo, feio, velho, ou seja, há um padrão imposto e pré-estabelecido. A problemática em questão é que a maioria das pessoas não se ajusta ao modelo globalizado e tecnológico, digital que está em moda e que é fortemente divulgado pela internet e mídias televisivas. Caberá aos professores de Educação Física em suas aulas dar sentido a este corpo que necessita de pensamento e movimento para se relacionar e sobreviver neste espaço de tanta diversidade e diferenças culturais. O corpo que expressa e que é linguagem. Os gestos e os movimentos fazem parte dos recursos de comunicação que o ser humano utiliza para expressar suas emoções e sua personalidade, comunicar atitudes interpessoalmente e transmitir informações. No sentido amplo do termo, toda a produção humana pode ser compreendida como cultura (SANTOS, 2005), a qual é rica em símbolos que podem ser expressos e registrados por meio da linguagem (VAN DER MERWE, 1996). Segundo Campelo (1997, p. 15), esses símbolos vivem mais que os próprios seres humanos, fazendo-se necessário que alguém os analise, por isso os símbolos perdem seu sentido sem a presença humana. Há vários tipos de linguagem, dentre os quais a linguagem corporal, que consiste em códigos e expressões usadas por determinados grupos em certas situações (MANSER, 1990). A linguagem ainda é entendida como um conjunto de códigos que podem ser transmitidos e compreendidos através da fala, da escrita, da leitura, da arte e do corpo. Pode ser definida também como um conjunto de símbolos verbais e não verbais, que está presente em todo o universo educacional (RAMOS, 2000), sendo que os órgãos dos sentidos são utilizados para entender seus códigos Conhecer o corpo é desenvolver a autonomia e apresentar se culturalmente capaz de sobreviver perpassando de um corpo individual para um corpo em plena consonância com a sociedade. A cultura corporal de movimento tende a ser socialmente partilhada, quer como prática ativa ou simples informação. É a realidade do corpo que nos permite sentir e, portanto, perceber o mundo, os objetos, as pessoas. É a realidade do corpo que nos permite imaginar, sonhar, desejar, pensar, narrar, conhecer, escolher. Assim compreende, sobre um contexto desse corpo que por sua vez sofre uma repressão, social política ou até mesmo estético ou não. Além do que se trata através da sua história, seu corpo se encontra na sua cultura. MERLEAU-PONTY afirma “As experiências com as formação de Artes e Educação Física entrem outra área do conhecimento mostram possibilidades de conhecimento do corpo que se inspiram nas teses fenomenológicas. ” Nesta a experimentação das técnicas corporais procura aprofundar a relação do ser com o mundo, compreender sua espacialidade do corpo, a tonicidade, a linguagem do gesto do silêncio da voz. As experiências do contato humano dos gestos constituídos em diferentes culturas amplificam o olhar como campo da experiência sensível e da imputação de sentidos” . A dança é linguagem - Expressa cultura por meio de gestos dançantes. A história revela o real significado da dança para o ser humano, certificando-nos de sua importância e influência nas civilizações de todos os tempos. Considera-se que a dança seja uma das formas mais antigas do ser humano expressar seus sentimentos e emoções, através de movimentos significativos, livres e espontâneos, que fluem do interior do indivíduo e podem revelar sua realidade, seus desejos, suas necessidades e seus limites. Le Boulch afirma e reforça essa necessidade de se expressar através dos movimentos, tendo a dança como a primeira maneira de manifestação humana: “O homem dançou de fato antes de ter falado. Em todas As sociedades de todos os hemisférios, o homem manifestou se, expressou se com seu corpo desde suas origens Socialmente, a dança sempre teve um papel significativo, seja como ritual, expressão artística, performática, lúdico ou educacional, pois transmite valores de gerações a gerações fazendo com que se mantenha viva a cultura de uma civilização”. Hoje, quando se fala em dança, penso de imediato na diversidade de estilos existentes, consequência de fatores sociais e culturais que vêm influenciando o ser humano em todas as suas manifestações artísticas. A dança permite ao ser humano criar gestos harmoniosos, manifestando os também na maneira de agir e viver, ou seja, em suas atividades cotidianas. A dança é uma linguagem porque expressa, por meio de gestos significativos, a essência do ser humano, manifestando pensamentos e sentimentos intrínsecos, peculiares a cada sujeito. Por isso, busco descobrir a nossa dança, a nossa linguagem, trocando a técnica específica de qualquer estilo pela manifestação de movimentos do repertório individual, o que significa a maneira de cada sujeito manifestar sua dança. Cada gesto, por menor que seja, é um movimento que possui significado e expressa sua intenção. A dança é um canal aberto para se repensar atitudes e também para a reflexão do momento em que vivemos, ou ainda, uma válvula de escape das tensões cotidianas. Para Duncan, citada por Garaudy, “ a dança é muito mais do que simples movimentos mecânicos. Ela pode ser, na verdade, um meio para a arte de educar e viver: “Para mim, a dança é não apenas uma arte que permite à alma humana expressar se em movimento, mas também a base de toda uma concepção da vida mais flexível, mais harmoniosa, mais natural. A dança não é, como se tende a acreditar, um conjunto de passos mais ou menos arbitrários que são o resultado de combinações mecânicas e que, embora possam ser úteis como exercícios técnicos, não poderiam ter a pretensão de constituírem uma arte: são meios e não um fim.” Muitos colaboradores acreditaram e manifestaram a sua dança, conquistando espaço em todas as dimensões, seja enquanto arte, educação ou performance. Danças folclórica: Conceitos De acordo com a carta publicada na revista “The Atheneum”, formulada por Willian Thoms em 22/08/1846, com o termo original em inglês FOLK-LORE, no qual o autor considera que o folclore “significa o conjunto de costumes, crenças, festas, usos, lendas, canções, danças e textos de literatura popular”. Porém, segundo o sociólogo Florestan Fernandes, “O fato folclórico por sua vez é um modo de sentir, pensar e agir, que passa a constituir uma expressão de experiência peculiar de vida de qualquer coletividade humana integrada a uma sociedade” (FERNANDES, 1978, p. 25). Danças folclórica, são expressões ligadas a vida das comunidades, desde os tempos remotos até os dias de hoje, sendo que com o tempo tudo sofre modificações a dança folclórica também sofreu, porém, a mesma se modificou em alguns aspectos, mas não perdeu suas características. Para estas formas de expressão, a dança folclórica trabalha as coletividades humanas, expressam seu íntimo, por meio de movimentos rítmicos do corpo, funcionando também como laços de integração social. A expressão é essencial tanto para quem dança quanto para quem assiste, pois, se a dança é um modo de existir, cada um pode realizar ou entender um movimento diferente dos outros e através dele exteriorizar seus sentimentos na busca da individualidade da sua compreensão. Para Lima, “nunca pode ser considerada folclórica a dança da moda, que existe no contexto comercial ou de consumo, ou aquela na qual se observa um dirigismo na escola” ( LIMA 1979, p.179). Gonçalves observa que a “cultura imprime suas marcas no corpo e que este expressa uma história acumulada de uma sociedade” (GONÇALVES 1994, p.13). Dessa forma, ao longo da história, o homem vem assimilando inúmeras concepções no tratamento com o seu corpo e suas relações em determinado contexto social. Andar, correr, pular, saltitar, sapatear, dar umbigadas, saltar com um pé ou com os dois, são alguns passos básicos das danças folclóricas. As danças tradicionais folclóricas são preservadas através da repetição de seus passos e estes passos representam o cotidiano das manifestações de cada região, e cada cultura. Portanto, imaginação e criatividade são, pontos fundamentais em um projeto de educação que tenha como objetivo a formação de pessoas que não aprendam os conhecimentos elaborados pela humanidade, porém, que saibam refletir e que sintam capazes de interferir sobre esses conhecimentos, reelaborando-os. Dança folclórica: Que dança é essa? A Educação Física como disciplina curricular não pode deixar de considerar como conteúdo da cultura corporal, especialmente as danças. Experimentar sua cultura através da dança permite o desenvolvimento de potencialidade da criatividade coloca os alunos em contato com as manifestações culturais, própria de uma sociedade e as registram no seu corpo. O que levam ao conhecimento à continuidade das tradições e a construção de uma memória coletiva fundamental para a formação da identidade cultural. Para tanto, um dos princípios teóricos metodológicos da prática pedagógica desenvolvida pela Educação Física explorando as danças folclóricas deve ter como um dos princípios. Segundo Brikman “conceder o ser humano como ser da práxis, que se auto realiza nas suas diversas formas de se manifestar, de existir, criando e recriando, produzindo e reproduzindo a vida.” O ser humano com inclusão com e na realidade (BRIKMAN 1989, p. 18). Por participarem integralmente da vida comunitária, as danças folclóricas estão geralmente associadas a ocasiões específicas e a determinados grupos de pessoas. Há danças para as mais diversas atividades e ocasiões: plantio, colheita, pastoreio, pesca, tecelagem, nascimento, matrimônio, guerra, funeral, lúdicas e outros. Há um traço comum em boa parte das danças folclóricas existentes, que é estar ligada a determinado momento da vida desses povos. A dança, pode-se dizer, é um fato folclórico completo, pois possui todas as suas principais características. Visto que, conjugam os mais diversos aspectos da vida cotidiana, associando a música ao gesto, a cor ao ritmo, ao sentido lúdico traduzindo assim como manifestações espontâneas de uma coletividade, sendo portanto, coletivas e aceitas pela sociedade onde subsiste. Exemplos: SAMBA: Baile popular urbano e rural, sinônimo de pagode, função, fobó, arrasta-pé, balança - flandre (Alagoas), forrobodó, fungangá. Dança popular em todo o Brasil. Porque é importante o conhecimento das danças folclóricas? Folclore trata-se de uma forma de expressão popular de um país que permite a compreensão do povo e, ao mesmo tempo, compõe sua história. As danças folclóricas são formas de danças sociais e importantes componentes culturais da humanidade. “O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região e estão vinculadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras” (LIMA, 1999). A cultura consiste nas relações existentes entre as formas de se expressar e a compreensão de corpo de uma determinada sociedade ou comunidade. “As manifestações culturais e artísticas podem ser desenvolvidas a partir de diversas expressões do movimento humano, dentre elas, destaca-se a dança, que se mostra como uma manifestação artística marcante na cultura popular brasileira” (VERDERI, 2000). Por sua vez, a dança, enquanto manifestação artística constitui um elemento potencializador para o desenvolvimento da expressividade dos estudantes relativo à prática e manifestação folclórica. “Além disso, contribui para a formação de discentes mais criativos, críticos, e reflexivos diante do mundo que os circunda” (PATRÍCIA & AMARAL, 2014). Neste sentido, a aplicabilidade da anatomia humana, contextualizando com a forma de expressão artística e cultural, pode promover um incremento no ensino de Educação Física. “ Possibilitando ao discente obter diferentes formas de aprendizado e estabelecer vínculos culturais com sua comunidade, utilizando como ferramenta o conhecimento de seu próprio corpo” (GIFFONI, 1973) GRUPOS DE DANÇA QUE VALORIZAM A DIVULGAÇÃO DA CULTURA POPULAR. Nos municípios de Japaratuba, Laranjeiras e São Cristóvão, é visível o orgulho que as pessoas sentem ao falarem que na sua cidade existem diversos grupos folclóricos ativos. Há um orgulho de estar contribuindo para preservar as tradições. Para tanto, organizam festas religiosas e profanas, ensaiam os grupos e desfilam perante um público que aguarda esses momentos com vivo interesse. Existe até mesmo um certo ufanismo local que acredita e defende ser Sergipe o estado brasileiro que mais possua grupos folclóricos atuantes. Nessa mesma perspectiva, os municípios tornam-se famosos pelos encontros culturais que organizam. São Cristóvão já realizou mais de trinta edições dos seus. Em 2007 já tomou lugar o XXXII Encontro Cultural de Laranjeiras. Japaratuba iniciou sua série no ano de 2002 durante os festejos do dia de Reis. Diversas outras cidades do interior de Sergipe convocam a participação de dezenas de grupos folclóricos do estado, incentivando a manutenção e difusão dessas manifestações populares, ao mesmo tempo em que esses mesmos encontros culturais acirram uma “nova” rivalidade entre municípios, onde “ganha” aquele que tiver mais grupos locais. São características desses grupos o espírito coletivo, antiguidade, anonimato, e o fato de serem formados praticamente por pessoas de baixo poder aquisitivo, em sua grande maioria de baixa escolaridade. Estas características se refletem nas vestes humildes, mas bem elaboradas, nos enfeites “improvisados” e nas cantigas estróficas de fácil memorização. Estes são os grupos folclóricos, que, para preservarem a tradição, a história, não se permitem mudanças nas roupas, tampouco nas cantigas “conhecidas de todos”. São Conservadores. Com a difusão e valorização dos grupos populares. Já o Grupo Parafolclórico da UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Caracterizado como um projeto de extensão , o grupo alia ensino, pesquisa e extensão. Surgiu na disciplina de Folclore do Departamento de Educação Física, há Vinte oito anos, desde então, como objetivo pesquisar as manifestações tradicionais do Brasil. Algumas referências ao termo parafolclórico existe a de Robatto (1994),” que defende como grupos de dança cênica que utilizam a pesquisa, o resgate e a reelaboração para a valorização e divulgação das manifestações”. Os integrantes desses grupos podem ser profissionais ou não. As composições coreográficas sofrem adaptações para as apresentações em palco. Desse modo, o Parafolclórico vem investigando em suas propostas coreográficas um conceber estético que busque incorporar em suas produções o diálogo com várias técnicas de dança (moderna, populares, clássica, etc). Considerações Finais A corporeidade na condição de facilitador de um “corpo” que pensa, sente, toma decisões e se movimenta despertara nos alunos interesse, satisfação, criatividade, ânimo, bem estar espiritual para desvendar e compreender este corpo como parte de sua existência, e que deverá ser respeitado e cuidado. Esta capacidade criativa de se entender o humano, poderá ser um instrumento de trabalho do profissional de Educação Física como estratégia e articulação para melhor planejamento e desenvolvimento de suas aulas. A intenção desta proposta é fazer com que os educandos possam vivenciar todo o processo de sensibilização, experimentação e criação, buscando a dança folclórica como um meio de aprendizado, realização e reflexão. Com base na revisão bibliográfica realizada e também com a experiência vivida na área do ensino de dança. Podemos dizer que o objetivo da dança folclóricas é propiciar situações em que o indivíduo possa, a partir dos conhecimentos já adquiridos, criar maneiras para desenvolver e superar suas possibilidades em todos os aspectos, procurando alcançar a formação integral e, consequentemente, a ampliação do repertório individual de movimentos e da sua cultura. Assim trazendo a valorização da Educação Física escolar como um gesto emancipatório e criador. 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Título do Evento
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA NA CONTEMPORANEIDADE
Título dos Anais do Evento
Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BEZERRA, Emerson Ferreira. EDUCAÇÃO FÍSICA E CORPOREIDADE: REFLEXÕES A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE CORPO E DANÇAS FOLCLÓRICAS.. In: Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade. Anais...Natal(RN) Evento on-line - Amplamente Cursos, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/Amplamentecursos/235974-EDUCACAO-FISICA-E-CORPOREIDADE--REFLEXOES-A-PARTIR-DA-RELACAO-ENTRE-CORPO-E-DANCAS-FOLCLORICAS. Acesso em: 26/04/2025

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