DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA ESCOLA

Publicado em 04/02/2020 - ISBN: 978-85-5722-415-5

Título do Trabalho
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA ESCOLA
Autores
  • Elisângela Cristina Silva Bezerra
  • Rosimeire Gomes Paz da Silva
Modalidade
Artigo Científico
Área temática
Educação
Data de Publicação
04/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/amplamentecursos/236201-desafios-da-educacao-inclusiva-na-escola
ISBN
978-85-5722-415-5
Palavras-Chave
Educação Especial. Inclusão. Diversidade
Resumo
INTRODUÇÃO O tema abordado neste artigo surgiu mediante alguns estudos realizados durante o curso de especialização em Educação Especial e Educação Infantil, onde foi possível refletir sobre os desafios da educação inclusiva na escola. Portanto, essa reflexão motivou a busca por novos conhecimentos na área, bem como objetivou uma melhor compreensão acerca da importância da formação dos professores para o bom desenvolvimento das práticas pedagógicas e os desafios da educação inclusiva. A educação inclusiva na escola regular é um assunto muito debatido em todo mundo e a elaboração de políticas educacionais voltadas para a inclusão tem um contexto bem vasto, por entender que para incluir não basta cumprir a lei que esta posta, mas vai bem mais além ,pois compreende que é necessário respeitar a diversidade, conhecer as diferenças e criar possibilidades para que esses alunos possam exercer a sua cidadania. No entanto, essa perspectiva só começou a mudar com a declaração de Salamanca de 1994, e a partir dai a educação inclusiva tem buscado desenvolver novas técnica, apresentado novas ações pedagógicas, bem como tem tentado preparar os professores e profissionais da educação para que seja possível compreender a diversidade e alcançar resultados significativos no processo de aprendizagem dentro da escola de ensino regular. Mediante essa reflexão, Daniela Alonso, diz que a educação inclusiva significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de educação não significa negar as dificuldades dos estudantes, pelo contrário, com a inclusão as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa verdade a partir da realidade social que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças (Revista Nova Escola, Daniela Alonso,2013). Portanto, este trabalho abordará dois eixos relevantes, sendo o primeiro a formação de professores e o segundo será os desafios da escola inclusiva. E terá como objetivo a formação de professores para o bom desenvolvimento das práticas pedagógicas dentro de uma escola regular de ensino. Portanto, esse artigo propõe e apresenta uma reflexão acerca das dificuldades enfrentadas no que se refere a escola inclusiva, tendo em vista que a inclusão no âmbito educacional apresenta desafios em vários aspectos que interferem na prática pedagógica. Porém, alguns impedimentos interferem diretamente no acesso de alguns discentes a sala de aula, bem como na garantia de um ensino de qualidade e possibilidade e promover a aprendizagem. Para isso, algumas mudanças são imprescindíveis. São necessários cursos de formação continuada para os professores, pois, através da aquisição de novos conhecimentos sobre o assunto será possível oportunizar a cada um a seu modo o direito a interação, a socialização e a construção dos saberes aos quais eles tem direito, e com isso as relações e interações das diversidades existentes na escola serão compartilhadas pelas crianças e os saberes servirão para fortalecer a inclusão. Para tanto, considerando esses desafios se faz necessário novas práticas pedagógicas, cursos e capacitações para os docentes, bem como os alunos, a comunidade escolar e as famílias precisam aceitar as diferenças e as mudanças para que assim seja possível a participação ativa e constante no processo de inclusão educacional. ``O desafio agora, é avançar para uma maior valorização da diversidade sem ignorar o comum entre os seres humanos. Destacar muito o que nos diferencia pode conduzir à intolerância, à exclusão ou a posturas fundamentalistas que limitem o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, ou que justifiquem por exemplo, a elaboração de currículos paralelos para as diferentes culturas, ou para pessoas com necessidades educacionais especiais. (BLANCO, 2009). Considerando essas perspectivas, compreende-se que as dificuldades são enormes e os desafios para conseguir garantir os direitos de todas as crianças com necessidades especiais no processo educacional inclusivo requer muitas lutas e conquistas que venham de fato contribuir no sentido de oportunizar o respeito e a igualdade de direitos em suas diferenças, para que assim sejam reconhecidas como crianças capazes de participar de diversas situações de interação que possibilitam ampliar o conhecimento. No entanto, antes de pesarmos em uma mudança e na reforma da instituição escolar temos que rever os nossos conceitos enquanto cidadãos, pois o exercício da cidadania exige ações que englobam o mesmo progresso para todos. EDUCAÇAO ESPECIAL INCLUSIVA Até o inicio do século XXI o sistema de educação regular de ensino adotava dois tipos de serviços educacionais, a escola regular e escola especial. No entanto, esse modelo de educação vem se modificando e com isso o sistema de inclusão se instaurou nas instituições de ensino. Por isso, compreende-se que a educação inclusiva requer muito mais recursos e materiais adequados, bem como é essencial professores qualificados para desenvolver o trabalho com essas crianças nas escolas que necessitam receber igualdade no ensino, tendo em vista que é uma nova realidade que irão vivenciar. Porém, ainda é evidente as dificuldades no processo de inclusão, pois alguns professores ainda não se consideram preparados para desenvolver práticas educacionais inclusivas. Sobre isso, Carvalho (1997) ressalta que; Embora tenham ocorrido avanços no que diz respeito à remoção de barreiras arquitetônicas nas escolas, muitas vezes os alunos estão no mesmo espaço físico que os demais sem participar efetivamente das atividades escolares e verdadeiramente incluídos na aprendizagem. Nesse sentido, foi transmitido pela Declaração de Salamanca na Espanha(1994, conferencia mundial sobre Educação Especial, (UNESCO) que a educação na perspectiva escolar é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiência devem fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos considerando que todas as pessoas devem aprender juntas, independente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter. Nesse contexto, (MANTOAN,1997, p.121) afirma que “as escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades”. Portanto, a inclusão implica na reformulação de políticas educacionais que possibilitem a implementação de projetos que proponham ações inclusivas que favoreçam e facilitem a inclusão de todos os indivíduos em uma sociedade que a cada dia a diversidade está se tornando mais normal do que exceção e para isso é preciso propor e refletir sobre a necessidade da formação dos educadores para que assim seja possível compreender as particularidades de cada aluno, considerando que a construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para que esse desenvolvimento aconteça e assim as diferenças sociais, culturais, e individuais devem ser utilizadas com o objetivo de enriquecer as interações, a aprendizagem e a mudança no comportamento dos indivíduos na sociedade, buscando adaptações pedagógicas que possibilitem da melhor maneira as práticas inclusivas para que essas crianças desenvolvam suas potencialidades nos diferentes tipos de necessidades. Porém, os desafios são constantes, pois mesmo sendo assegurado por lei as dificuldades são encontradas por crianças e jovens com deficiências, o que limita essa garantia. Uma vez que ainda encontramos espaços físicos inadequados e profissionais desqualificados para atender essa demanda. Portanto, é necessário que o sistema de educação comece a mudar essa realidade compreendendo que todos os alunos são sujeitos do processo de aprendizagem e assim seja considerando a individualidade de cada um. Nesse contexto é notório a complexidade para transformar as escolas em escolas inclusivas oferecendo aos alunos e professores essa possibilidade de inclusão, proporcionando ambientes voltados ao trabalho coletivo com o objetivo de fomentar reflexões sobre a importância do reconhecimento das diferenças como um fator que qualifica o ambiente escolar. No entanto, para falar sobre inclusão é essencial que a diversidade seja reconhecida, valorizada e abraçada totalmente, enfocando a ideia que todos somos capazes de contribuir e se desenvolver dentro das possibilidades que lhes são postas. Nesse sentido é imprescindível considerar a forma como a sociedade está organizada , quais as dificuldades são encontradas para o acesso aos serviços que possibilitam a inclusão das crianças com necessidades especiais e para isso a lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996, refere-se sobre estar preferencialmente incluída, mas também haverá quando necessário serviços de apoio a escola regular para atender as particularidades e que o atendimento educacional será feito em classes escolares ou serviços especializados , sempre que em função das condições especificas do aluno não for possível sua integração nas classes comuns do ensino regular . Contudo, esse intenso e amplo debate que tem ocorrido sobre a urgência na transformação do sistema regular de ensino em um ambiente justo, democrático e a cima de tudo inclusivo ainda que limitado, vem propor romper algumas práticas que não reconhecem a importância do aluno no processo de ensino e aprendizagem. Mediante essas perspectivas, é relevante repensar alguns fatores que interferem na efetivação desse processo, pois fica evidente a falta de preparo de uma parcela de professores, como também é notória o despreparo e a ausência de equipamentos que são necessários para atender de forma correta as crianças que apresentam algum tipo de necessidade especial, considerando que essas não dispõem de recursos físicos, didáticos e pessoal qualificado para suprir essas demandas e assim tornar possível a concretização do processo de inclusão educacional. FORMAÇAO DE PROFESSORES Para atender as diferenças em sala de aula devemos flexibilizar as práticas pedagógicas. Os objetivos e estratégias de metodologias não são inócuos: todos se baseiam em concepções de aprendizagens. Assim, se não propormos abordagens diferentes ao processo de aprendizagem acabaremos criando desigualdade para muitos alunos. (RODRIGUES, 2006, p.305-306). É necessária uma reflexão acerca da importância da formação dos professores para o bom desenvolvimento das práticas pedagógicas e os desafios da educação especial, que são dois eixos essenciais para que essa inclusão escolar aconteça. Portanto, um dos marcos políticos legais de abrangência mundial que subsidia a formação docente de educadores para atuação na Educação Inclusiva data de 1994, constituindo na declaração de Salamanca, onde foram traçadas metas e diretrizes para a inclusão de alunos com ´´necessidades educacionais especiais`` nos sistemas de ensino. Esse documento promove o apoio a organização dos profissionais de ensino em questões relativas ao aprimoramento de docentes no que se refere às necessidades especiais (UNESCO,1994). E com isso, a lei assegura ainda que os docentes atuantes com educandos deficientes devem ter uma formação específica de forma inicial e contínua. De acordo com LIMA (2002, p.40), a formação de professores é um aspecto que merece ênfase quando se aborda a inclusão. Muitos dos futuros professores sentem-se inseguros e ansiosos diante da possibilidade de receber crianças com necessidades especiais na sala de aula. Nesse contexto, para inclusão de crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular deve contar com professores preparados para o trabalho docente dentro de uma perspectiva que possibilite a diminuição da exclusão escolar e contribua para qualificação dos educandos, onde seja possível a aquisição de conhecimentos através de práticas pedagógicas específicas e necessárias para a absorção de crianças com necessidades educativas especiais, e se a inclusão dessas crianças implica na preparação do professor da classe regular é necessário que o professor especializado possa se constituir em agente de qualificação do ensino e é preciso possuir competências para analisar e criticar o processo pedagógico de forma ampla. No entanto, apesar dos avanços dos ideais e de projetos políticos-pedagógicos muitas instituições de ensino ainda não implementaram ações que favoreçam a formação de seus docentes para trabalhar com a inclusão. Para tanto é importante que eles compreendam o contexto sócio-histórico da exclusão e o da proposta de inclusão. Além disso, que possuam o domínio básico de conhecimentos que os auxiliem a se aproximarem das pessoas com necessidades especiais, no sentido de integrarem com elas, obtendo assim subsídios para atuarem pedagogicamente (LIMA,2002, p.122). Por isso a formação continuada tem um papel fundamental na prática profissional e além disso uma atividade que pode ajudar durante essa formação é buscar estabelecer interação e diálogo com algumas instituições de ensino que já desenvolvem com trabalhos com alunos que apresentam algum tipo de necessidades especial. Devemos nos lembrar que a formação profissional da educação se constitui um processo dinâmico, com possibilidade de aperfeiçoamento crescente e contínuo, buscando a melhora da capacitação docente, o que implica na melhora da prática educativa. (SANTOS 1998, p. 124) Dessa forma, se faz necessário defender e conhecer práticas pedagógicas que favoreçam e assegurem a permanência dos discentes com necessidades especiais na sala de aula, proporcionando assim aulas atrativas e prazerosas para essas crianças e para isso o professor deve elaborar atividades e buscar materiais que viabilizem o processo de inclusão na sala. Porém, compreendemos que esse processo deve ser realizado de forma coletiva onde a família, a escola e o professor possam ativamente. E para que isso ocorra o professor deve ter assegurado pelo sistema uma formação continuada de qualidade, dentro de uma perspectiva onde novas práticas e propostas educacionais sejam implementadas para garantir o desenvolvimento da aprendizagem dos discentes. Partido desses princípios, é necessário destacar pontos relevantes que podem contribuir para no sentido de direcionar e fortalecer a inclusão nas escolas. Políticas públicas mais eficientes que atuem na formação dos professores, possibilitando uma contribuição direta ou indiretamente na formação e no desenvolvimento das crianças envolvidas no processo de inclusão escolar. O engajamento de todos os profissionais da educação nesse processo, reconhecendo-se como parte integrante dessa política de inclusão e aceitação da diversidade nela existente. Apoio de toda comunidade escolar aos docentes, para que possibilite o desenvolvimento de um trabalho mais eficiente e que viabilize ações educativas atrativas que valorizem e respeite as diferenças e garanta o direito de todas as crianças no processo de inclusão. Entretanto, apesar de está garantido na lei no art. 59. Inciso III, que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com necessidades especiais ´´professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados pra a integração nas classes comuns`. (Brasil, 1996, p.44). Constata-se portanto, que na prática a realidade é outra, e os professores se deparam com barreiras e dificuldades que interferem no desempenho das atividades que devem ser desenvolvidas em sala de aula, em decorrência da carência na formação adequada dos mesmos para que assim possam desempenhar de forma mais eficaz as atividades pedagógicas educativas necessárias para efetivação do processo de inclusão educacional. OS DESAFIOS DA ESCOLA INCLUSIVA A lei n 13.146- lei brasileira de inclusão de pessoas com deficiência (LDB). Capítulo IV aborda o direito à educação, com base na convenção sobre os direitos de pessoas com deficiência que deve ser inclusiva e de qualidade em todos os níveis de ensino e garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e com isso, a diversidade passou a ser vista como algo fundamental ,refletindo na necessidade da construção de espaços sociais inclusivas que levassem em conta as características e direitos de todos os cidadãos. Considerando esse contexto, a educação passa a refletir essas ideias por meio do conceito de educação inclusiva, em que todas as crianças e adolescentes, sobretudo aqueles que apresentam necessidades educacionais especiais possam participar da escola e dela se beneficiar para futuramente adentrar ao mundo do trabalho. Diretrizes do Ministério da Educação (MEC). Portanto, a política de inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais na rede regular de ensino, não consiste apenas na permanência física desses alunos e sim tem objetivos de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando as diversidades e com isso exige que a escola defina a responsabilidade e crie possibilidades de inclusão, reconhecimento as dificuldades e os ritmos de aprendizagem, apropriando currículo, modificando espaços para que assim as condições atuais se reestruturem e acolham todos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais e emocionais. E com essa perspectiva; A inclusão causa uma mudança educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia todos, professores, alunos e pessoal administrativo para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (MANTOAN,1997, p.121). E assim a educação especial marca o lugar de diferença ao conviver com limitações humanas mais evidentes ou menos claras, atuando em escolas comuns e especiais, considerando que a perspectiva de inclusão exige que se estabeleçam mediações entre dificuldades especificas, potencialidades existentes e processo pedagógico. No entanto, mesmo com as evidências claras sobre a viabilidade e a potencialidade do ensino, não adianta apenas incluir os alunos especiais em escolas de ensino regular, é necessário mudar as concepções e ações preconceituosas a respeito do que seja educação inclusiva. Nesse sentido, Maria Teresa afirma que á inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar especificas para esta ou aquela deficiência ou dificuldades de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for de fato de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorara conscientemente as possibilidades de cada um. Pautada no que diz a autora acima citada, fica evidente a necessidade de garantir a aprendizagem dos educandos, procurando preservar a diversidade que é encontrada no âmbito escolar. ``Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado de educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos inclusive as pessoas em situações de deficiência e aos de altas habilidades \ superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (Carvalho,2005). `` Nesse sentido, é importante ressaltar a importância que tem a educação inclusiva como caminho para garantir o respeito a diversidade dentro da escola, através das interações e relações, onde os saberes sejam compartilhados e a construção do processo de aprendizagem ocorra independente da necessidade apresentada pelo aluno. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os conhecimentos adquiridos durante o desenvolvimento deste trabalho, contribuíram no sentido de despertar para importância, a complexidade e os desafios que envolvem a educação inclusiva na escola, tendo em vista que a inclusão educacional abrange vários fatores importantes que interferem no contexto educativo. Portanto, ressignificar a escola dentro de uma perspectiva inclusiva que pressupõe refletir e avançar ao longo da história requer romper com diversas barreiras e obstáculos. Para tanto, é necessário reconhecer que mesmo com alguns avanços conquistados não são suficientes para que seja assegurado de forma plena a inclusão escolar e consequentemente a construção do processo educacional, mesmo que esses avanços reconheçam a diversidade e os direitos dos indivíduos desse processo. Nesse contexto, é imprescindível que a escola dê uma resposta a esses desafios que lhes são atribuídos através do dever de cumprir a função de formar e incluir todos os educandos dentro de um processo educacional democrático que valorize e reconheça os indivíduos como agentes de transformação social por meio do processo de aprendizagem. Considerando essas perspectivas, compreende-se a importância da inclusão e a necessidade de políticas públicas voltadas para projetos educacionais inclusivos que se proponham a reconhecer de forma plena as diferenças e a igualdades de direitos, onde todos sejam reconhecidos na sua diversidade. Porém, é notória a resistência a inclusão escolar, uma vez que é muito ausente ainda a formação de professores para desenvolver um ensino voltado para lidar com a diversidade no âmbito educativo, bem com a falta de políticas públicas norteadoras que favoreçam e facilitem uma educação inclusiva de qualidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALONSO, Daniela. Os desafios da educação inclusiva. Foco nas redes de apoio. Revista Nova Escola. São Paulo, editora abril, fevereiro de 2013. BLANCO, L. de M. V. Educação Especial no contexto de uma Educação Inclusiva. Rio de Janeiro: Editora 7e Letras, p. 15-35, Rio de Janeiro, 2009. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constituicao.htm. Acesso em: 04/10/2018. _______. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994. _______, LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, 1996, 2008, 2011. CARVALHO, Rosita Edler. Temas em educação inclusiva. Rio de Janeiro: wva, 1997. CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2005. Lei n 13.146 – Lei brasileira de inclusão de pessoas com deficiência (LDB) capitulo IV. LIMA P. A. Educação inclusiva e igualdade social. 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Título do Evento
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA NA CONTEMPORANEIDADE
Título dos Anais do Evento
Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BEZERRA, Elisângela Cristina Silva; SILVA, Rosimeire Gomes Paz da. DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA ESCOLA.. In: Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade. Anais...Natal(RN) Evento on-line - Amplamente Cursos, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/Amplamentecursos/236201-DESAFIOS-DA-EDUCACAO-INCLUSIVA-NA-ESCOLA. Acesso em: 26/04/2025

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