ESOFAGITE HERPÉTICA: RELATO DE CASO

Publicado em 06/09/2019 - ISBN: 978-85-5722-271-7

Título do Trabalho
ESOFAGITE HERPÉTICA: RELATO DE CASO
Autores
  • Melissa Pereira de Oliveira
  • Isabela Braun
  • Júlia Wanderley Drumond
  • Júnia Andrade Carvalho
  • Lauro dos Santos e Silva
  • Raíssa Teixeira Pinto
  • Maria Juraci de Lima Braga
Modalidade
Categoria Relato de Caso
Área temática
Medicina
Data de Publicação
06/09/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cabad_2019/189406-esofagite-herpetica--relato-de-caso
ISBN
978-85-5722-271-7
Palavras-Chave
disfagia, esofagite, herpes
Resumo
INTRODUÇÃO: A esofagite herpética (EH) é uma doença raramente descrita em indivíduos imunocompetentes. Deve ser investigada clinicamente após início agudo da tríade: odinofagia, pirose e febre. Pode ser decorrente da reativação de infecção anterior ou de infecção primária. É uma doença com curso autolimitado e habitualmente benigno, podendo, no entanto, ser complicada com perfuração e hemorragia. DESCRIÇÃO DO CASO: M.A.L., 59 anos, sexo feminino, admitida com quadro de agitação, dor retroesternal e disfagia associada a episódios de vômitos borráceos. Nega perda ponderal, ingestão de substâncias corrosivas ou de objetos estranhos e outros sintomas gastrointestinais. Ao exame apresenta-se febril, sem lesões vesiculares ao nível dos lábios e da orofaringe. Exames laboratoriais demonstraram apenas sorologia para herpes IgG reagente. Nesse contexto, levantou-se como hipótese diagnóstica mais provável esofagite infecciosa e, menos provável, esofagite secundária a refluxo gastroesofágico (RGE). Realizou-se endoscopia digestiva alta (EDA) com colheita tecidular, que revelou esofagite erosiva de leve intensidade. A biópsia apontou células escamosas com núcleo em vidro fosco e multinucleação, concluindo o diagnóstico de EH. Iniciou-se terapêutica com omeprazol e aciclovir. A paciente evoluiu com melhora clínica, alta e término do uso do aciclovir completando dez dias. DISCUSSÃO: A EH é uma doença de baixa prevalência devido ao fato de que muitos dos casos não são corretamente diagnosticados. Isto ocorre, em grande parte, devido aos sintomas inespecíficos e/ou atribuídos a outras causas, como também ao curso autolimitado. Apresenta-se clinicamente com odinofagia, disfagia e dor retroesternal. Pode ter febre e, na sua maioria, não são acompanhadas de lesões herpéticas labiais, nem história de contato com infecção herpética. O diagnóstico definitivo ocorre por meio da colheita de biópsia realizada a partir da EDA. CONCLUSÃO: A EH, cujo diagnóstico depende da realização de EDA com colheita tecidular, é uma doença frequentemente subdiagnosticada. Habitualmente é autolimitada e o tratamento é de suporte. A utilização do aciclovir é controversa, mas o seu início precoce parece encurtar a duração da doença. Frisa-se a importância do conhecimento da real incidência, frequentemente subestimada, principalmente atentando-se ao risco de suas complicações.
Título do Evento
I Congresso Acadêmico Brasileiro do Aparelho Digestivo
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Livro de Resumos do I Congresso Acadêmico Brasileiro do Aparelho Digestivo
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, Melissa Pereira de et al.. ESOFAGITE HERPÉTICA: RELATO DE CASO.. In: Livro de Resumos do I Congresso Acadêmico Brasileiro do Aparelho Digestivo. Anais...Belo Horizonte(MG) FAMINAS - BH, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cabad_2019/189406-ESOFAGITE-HERPETICA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 24/04/2025

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