A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO AMBIENTE HOSPITALAR.

Publicado em 27/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-552-7

Título do Trabalho
A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO AMBIENTE HOSPITALAR.
Autores
  • Kathelen Tavares Bastos
  • Lara Peres Leão
  • Fabricia Ramos Rezende
Modalidade
Resumo
Área temática
Geral
Data de Publicação
27/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/comaae2022/586016-a-violencia-obstetrica-no-ambiente-hospitalar
ISBN
978-85-5722-552-7
Palavras-Chave
Violência obstétrica Gravidez. Direitos civis. Abuso.
Resumo
O termo “violência obstétrica” foi legalmente reconhecido pela primeira vez na América Latina em 2004, na Argentina, devido à alta pressão feita pelo movimento feminista que visava romper com o pensamento de que a saúde da mulher consistia somente no nascimento de filhos sadios. (1) Atualmente, esse termo se refere à perda da autonomia da mulher, por parte dos profissionais de saúde, de decidir sobre o seu corpo durante o processo reprodutivo, acarretando impactos negativos, especialmente para a saúde materna, uma vez que as ações tomadas pela equipe multiprofissional que levam à essa perda são ineficazes, desnecessárias, prejudiciais e sem evidências científicas. (2) Esse tipo de abuso fere de forma direta diversos direitos civis, tais como obter informação, fornecer consentimento e, principalmente, experienciar um parto humanizado. Sendo assim, este trabalho objetiva analisar a ocorrência da violência contra a mulher gestante bem como descrever as principais violências obstétricas que ocorrem no ambiente hospitalar. Para a realização deste trabalho, foi feito um levantamento bibliográfico que consistiu na obtenção de artigos publicados na base de dados do Google Acadêmico utilizando-se os descritores “violência”, “parto” e “direitos reprodutivos”, sendo encontrado um total de 16800 artigos, dos quais foram escolhidos 4, descartando-se aqueles que foram publicados antes de 2014 e incluindo-se aqueles que mais se alinhavam com o objetivo do trabalho. Observa-se que a realidade das parturientes no ambiente hospitalar, seja público ou privado, ainda segue o modelo paternalista e hospitalocêntrico instaurado por Hipócrates em que, analogamente, associa-se à indução de medicamentos e realização de procedimentos não autorizados pela gestante, desrespeitando-se suas vontades e plano de parto e nascimento. A violência obstétrica é categorizada a partir de seus tipos, tais como o abuso físico e verbal, a imposição de intervenções não consentidas ou consentidas baseadas em informações adulteradas, bem como interferências desnecessárias, a discriminação, seja ela sob qualquer pretexto, a quebra do sigilo durante o cuidado e a falta de qualidade do mesmo e o abandono, negligência ou recusa de assistência. (3) Partindo-se dessas categorizações, é possível perceber diversas violências obstétricas, das quais muitas passariam despercebidas, tais como infusão intravenosa de rotina no trabalho de parto, episiotomia, manobra de Kristeller, restrição alimentar e hídrica, bem como restrição aos movimentos corporais, uso indiscriminado de ocitocina, amniotomia para acelerar o trabalho de parto, posição de litotomia de forma obrigatória, tricotomia, fórceps, lavagem intestinal, toques vaginais e impedimento de acompanhante. Conclui-se com os resultados apresentados que torna-se imprescindível a realização dos princípios fundamentais do SUS, tais como equidade, universalidade e integralidade, para a prática do ciclo gravídico-puerperal, a fim de conferir não somente dignidade e respeito às expectativas das mulheres grávidas, que passam por um processo de incertezas e angústias acerca do parto, como também não eximir a responsabilidade com a vida da mãe e do neonato para oferecer os recursos medicinais necessários aliados ao planejamento materno de parturição. (4)
Título do Evento
III Congresso Médico Acadêmico Albert Einstein
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Terceiro Congresso Médico Acadêmico Albert Einstein
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BASTOS, Kathelen Tavares; LEÃO, Lara Peres; REZENDE, Fabricia Ramos. A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO AMBIENTE HOSPITALAR... In: Anais do Terceiro Congresso Médico Acadêmico Albert Einstein. Anais...São Paulo(SP) FICSAE - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/comaae2022/586016-A-VIOLENCIA-OBSTETRICA-NO-AMBIENTE-HOSPITALAR. Acesso em: 25/04/2025

Trabalho

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