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Apresentação
X CIPA:
análise, perspectivas e desafios
A realização do X Congresso Internacional
de Pesquisa (Auto)Biográfica (CIPA), na Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
entre os dias 20 e 23 de maio de 2024, promovido em parceria com a Associação
Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica (BIOgraph), objetivou consolidar redes
de pesquisa entre pesquisadores das instituições participantes, contribuir para
ampliação e socialização da produção científica na área, por meio de discussões
com pesquisadores de instituições europeias, latino-americanas e brasileiras,
bem como diálogos diversos com jovens pesquisadores no domínio da pesquisa
(auto)biográfica.
A análise apresentada sobre
as produções do X CIPA intentou sistematizar aspectos voltados para a
organização desta edição do congresso e os desafios que se colocaram face à
discussão da temática central – “Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica:
democracia, narrativas e outros modos de vida”. A escolha da temática deu sequência à tradição do congresso de
propor debates vinculados às questões sociais prementes no cenário
contemporâneo nacional e mundial. O tema interrogou o debate sobre a democracia
nas sociedades ocidentais e os modos como os sujeitos se organizavam e produziam
a si mesmos em relação às estruturas de poder, o que provocou novos olhares
sobre as conjunturas sociais, econômicas, ambientais, culturais, religiosas e
políticas, a partir de experiências vivenciadas em novos horizontes (auto)biográficos.
A candidatura do Programa de Pós-graduação
em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB), alocado no Departamento de Educação do campus I, foi recomendada
e aprovada, quando da realização da Assembleia
da BIOgraph no IX CIPA, em junho de 2021, edição organizada pela Universidade
de Brasília (UnB), em formato remoto. Após a aprovação da sede para o X CIPA, a
Diretoria da BIOgraph, mediante ações colaborativas e em parcerias com os programas
copromotores[1],
realizou-se reuniões prévias – encontros intermediários, ampliando diálogos com
grupos de pesquisas brasileiros e internacionais, dedicados aos estudos
e práticas de formação, na vertente da abordagem (auto)biográfica, o que
resultou na definição da temática, objetivos, rediscussão dos eixos, proposição
das mesas-redondas e formato do congresso.
O CIPA, realizado
bianualmente, completou, em 2024, 20 anos de contribuição à pesquisa
educacional. Em sua trajetória, esse fórum internacional permitiu a criação, em
2008, de uma associação científica, a BIOgraph[2],
que desde 2014, promove o evento em parceria com as universidades sedes. Graças
ao esforço científico e a qualidade dos trabalhos desses congressos, a área
dispõe de uma vasta literatura, incluindo seus Anais, coleções de livros de
grande porte, lançadas nos congressos e na Revista
Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (RBPAB)[3],
criada no ano de 2016.
No Quadro 1, a seguir, estão
sintetizadas as nove edições do CIPA, com locais de realização, suas temáticas
e o número de trabalhos aprovados. Nessas nove edições, foram aceitos 4.613
trabalhos.
Quadro 1 – Histórico das edições do CIPA
Datas |
Eventos/IES/cidades |
Temáticas |
Trab. aceitos |
2004 |
I CIPA,
PUCRS, Porto Alegre |
A aventura (auto)biográfica: teoria e
empiria |
76 |
2006 |
II CIPA,
UNEB, Salvador |
Tempos,
narrativas e ficções: a invenção de si |
411 |
2008 |
III CIPA,
UFRN, Natal |
Pesquisa
(auto)biográfica: formação, territórios e saberes |
741 |
2010 |
IV CIPA,
USP, São Paulo |
Espaço
(auto)biográfico: artes de viver, conhecer e formar |
917 |
2012 |
V CIPA,
PUCRS, Porto Alegre |
Pesquisa
(auto)biográfica: lugares, trajetos e desafios |
293 |
2014 |
VI CIPA,
UERJ, Rio de Janeiro |
Entre o
público e o privado: modos de viver, narrar e guardar |
743 |
2016 |
VII CIPA,
UFMT, Cuiabá |
Narrativas
(auto)biográficas: conhecimentos, experiências e sentidos |
545 |
2018 |
VII CIPA, UNICID, São Paulo |
(Auto)biografias,
mobilidades e incertezas: novos arranjos sociais e configurações identitárias |
587 |
2021 |
IX CIPA, UnB, Brasília |
Narrativas em tempos
incertos: democracia, memórias, utopias. |
300 |
|
|
|
4.613 |
Fonte: Sistema BIOgraph.
O CIPA, enquanto fórum
internacional de pesquisa, com sede no Brasil, vem se realizando com o auxílio
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de fundações de
amparo à pesquisa estaduais e de entidades privadas, acolhendo cerca de 1.200
congressistas, o que sinaliza sua pertinência, relevância e caráter
institucional.
Ao longo dos últimos 20 anos, o CIPA vem
reunindo, a cada dois anos, um número cada vez mais significativo de
pesquisadores de diferentes nacionalidades e de diversas áreas do conhecimento
para participar, no Brasil, desse fórum de discussão com o objetivo de
colaborar para os avanços da pesquisa científica com fontes biográficas e
(auto)biográficas. É importante destacar a
realização de seminários, simpósios, colóquios, intercalados com as edições do
CIPA, como ações de grupos de pesquisas, vinculados aos programas de
pós-graduação do país e também o apoio da BIOgraph em eventos internacionais
realizados na França, Inglaterra, Estados Unidos, México e Argentina,
implicando assim relações de parceria e internacionalização do campo de
pesquisa
O X CIPA, ao retornar para a cidade de
Salvador, sediado na UNEB e organizado em parceria com a BIOgraph, objetivou
consolidar o estatuto da pesquisa (auto)biográfica em educação e suas
perspectivas epistemológica, teórica e metodológica, que possibilitaram
revisitar conhecimentos, saberes e práticas, bem como compartilhar resultados
de pesquisas, estudos e experiências que investigavam mobilidades e incertezas,
vividas na contemporaneidade, face aos novos arranjos sociais e refigurações
identitárias.
Cabe destacar ainda que os diálogos sobre
potencialidades das narrativas (auto)biográficas, enquanto fenômeno antropológico,
método de pesquisa e prática de formação e suas contribuições para a produção
científica nas diversas áreas do conhecimento, através de interlocuções e
parcerias entre redes de pesquisa nacionais e internacionais, contribuíram para
o avanço da reflexão sobre especificidades do conhecimento científico produzido
pela pesquisa (auto)biográfica em educação.
A UNEB, por meio do PPGEduC e do
Departamento de Educação (DEDC) – campus I e do pleno apoio
institucional da Reitoria e da Secretaria Especial de Relações Internacionais,
disponibilizou todos os recursos e suportes necessários para a realização da
décima edição do congresso. O retorno do CIPA para a Bahia, para comemorar os 20
anos do movimento (auto)biográfico no país e em suas redes de colaboração e
parcerias, reafirmou os investimentos institucionais e o papel exercido pelo
PPGEduC e a linha de pesquisa 2 – Educação, Práxis Pedagógica e Formação do
Educação, assim como dos grupos de pesquisa, que muito têm contribuído para a
ampliação, consolidação e insubordinação dos estudos no campo da pesquisa
(auto)biográfica no estado da Bahia e para além dele. Tal insubordinação inscreveu-se
na singularidade dos objetos, suas transversalidades e emergências nas esferas
política, social, cultural, étnica, de gênero e da saúde.
Ampliar discussões epistemológicas e
teórico-metodológicas tem sido umas das entradas férteis das diferentes edições
do CIPA, na medida em que colabora para alargar e potencializar as redes de
pesquisa-formação no contexto nacional e internacional, reafirmando, cada vez
mais, os domínios e dimensões da pesquisa (auto)biográfica no campo educacional
e seus diálogos pós-disciplinares.
O trabalho empreendido pela
BIOGraph, desde o ano de 2013, tem possibilitado interfaces e inserções da
associação em redes internacionais de pesquisa, mediante diálogos com associações
internacionais, especialmente, com a ASIHVIF/RBE,
a IABA, a European Society for
Research on the Education of Adults (ESREA), a Association le Sujeit dans la Cité, Paris, França, o Collège
international de recherche biographique en éducation (CIRBE) e também a Rede Latino-americana de Pesquisa Narrativa,
(Auto)biografia e Educação (RedNAUE), e com a Europa por meio da Red Científica de Investigação Biográfica em
Educação América Latina-Europa (BioGrafia). Tais interfaces associativas
têm possibilitado diferentes publicações[4] coordenadas pela BIOgraph como espaço
de socialização de conhecimentos implicados, mediante diálogos interdisciplinares
e domínios dos estudos sobre as narrativas biográficas e (auto)biográficas no
campo educacional.
Os eixos temáticos[5]
organizados para o X CIPA ampliaram discussões e histórias das diferentes
edições do congresso, ao aprofundarem aspectos epistemológicos, teóricos,
metodológicos e das práticas de formações, muito em função da variedade de
fontes orais, escritas, imagéticas, fotográficas, virtuais que possibilitam
modos diversos de narrar a vida e de enfoques múltiplos sobre as pesquisas
desenvolvidas no país e para além dele. Cabe sinalizar, no processo histórico
do congresso, a definição de novos campos temáticos, implicando na inclusão de
novos eixos que se voltaram para teorizações sobre narrativas infantis,
narrativas virtuais, (auto)biografias escritas de si, resistência e
empoderamento, por meio de diálogos com estudos sobre gênero e diversidade de
gênero, narrativas e saúde, migrações, imigrações. Desde a primeira edição,
temos concentrado atenção para ampliar discussões de abordagens sobre dimensões
metodológicas da pesquisa (auto)biográfica, suas interfaces com as práticas de
formação, a literatura e a história.
Noções centrais construídas,
mediante ações acadêmica-científicas, possibilitaram a consolidação do campo de
estudos (auto)biográficos, iniciando com as aventuras, avançando com os tempos,
os territórios, as artes de fazer, os modos de guardar e narrar, no âmbito do
movimento (auto)biográfico que empreendemos no Brasil e das redes nacional e
internacional de pesquisa-ação-formação, na vertente dos estudos
(auto)biográficos.
O congresso vem apresentando
aportes científicos decorrentes de pesquisas realizadas por investigadores de
diferentes tradições disciplinares, que participam do movimento biográfico nas Américas, na
Europa e no Brasil, o que tem permitido o adensamento da discussão sobre a diversidade de
abordagens teóricas, sobre tecnologias educativas e a inovação do
ensino e aprendizagem nas diversas áreas de conhecimento, assim como para a compreensão
da formação de crianças, jovens e adultos e dos processos de inserção social e
profissional em diversos segmentos sociais e áreas de atuação. Desse modo, o CIPA demarca-se como uma iniciativa
acadêmico-científica no Brasil e de diálogos com outras associações científicas
internacionais no território dos estudos, pesquisas e práticas de formação que
tomam as narrativas como centralidade e as biografias e (auto)biografias como
disposições materiais, objetivas e subjetivas, de seu campo de inserção e
atuação no domínio das Ciências Humanas e Sociais e em outras áreas do
conhecimento.
O número de associados e de inscritos para o X CIPA
explicitou um total de 896
associados no ano de 2024, mantendo, de certa forma, o quantitativo de
associados quando do ano de realização do congresso. Quanto ao número de
inscritos, o congresso contou 1016 inscritos, dos quais 603 com submissões de
trabalhos nas diferentes modalidades – simpósios internacionais, simpósio
nacionais, sessões de conversa, comunicações e pôsteres.
A participação de pesquisadores
brasileiros e estrangeiros, de estudantes de pós-graduação e da graduação, de
professores da Educação Básica e de movimentos sociais atestou a capilaridade
do congresso para discussões sobre diferentes domínios e interfaces da pesquisa
(auto)biográfica.
A composição de convidados
estrangeiros para as mesas-redondas e conferências de abertura e de
encerramento do congresso, além de pesquisadores de diferentes
instituições/países (Canadá, Portugal, França, México, Colômbia, Argentina),
que participaram dos 8 simpósios internacionais, configurou-se como uma fértil
ação que tem possibilitado ampliações de cooperação internacional,
desenvolvimento de pesquisas em rede no campo dos estudos (auto)biográficos. Ressalte-se
ainda acerca da proposição de dez simpósios nacionais por pesquisadores
brasileiros, os quais consolidaram parcerias entre grupos de pesquisas e ações
de cooperação acadêmica e solidariedade entre diferentes programas de
pós-graduação em Educação de norte a sul do país.
No que se refere ao número
de inscritos, identificou-se um total de 1016 inscritos, dos quais 896
associados. Desses inscritos, observou-se o quantitativo de 68 estrangeiros e 828
brasileiros das seguintes regiões: 55 do Norte; 300 do Nordeste; 69 do
Centro-Oeste; 303 do Sudeste e 101 do Sul. Em função da própria configuração da
pós-graduação no país e da assimetria em relação à quantidade de programas, os
dados evidenciaram uma maior concentração de inscritos da região sudeste,
também em função do congresso ser realizado em um estado próximo da referida
região, o que, de certa forma, facilitou o trânsito entre os pesquisadores,
estudantes e professores da Educação Básica.
A participação de
pesquisadores das diferentes regiões e instituições revelou as múltiplas
entradas e modos de trabalho no domínio da pesquisa (auto)biográfica em Educação
e nas áreas afins, bem como a crescente utilização enquanto método de pesquisa
e prática de formação.
A diversidade de fontes,
dispositivos de pesquisas e de análise – escritas de si, memoriais, romances
pedagógicos, cartas, oficinas biográficas, entrevistas narrativas, videobiografias,
fotobiografias, webgrafias ou
escritas virtuais, fontes documentais, documentação narrativa de experiências
pedagógicas, ateliês biográficos de projetos, análise de impressos pedagógicos,
narrativas de pacientes crônicos, narrativas de imigrantes –, atestou modos
como pesquisadores e formadores têm adotado diferentes formas de trabalho de
pesquisa-formação no campo das pesquisas (auto)biográficas e das narrativas.
Em relação ao quantitativo
de inscritos por instituições, foi evidenciado uma maior participação de
estudantes e pesquisadores da UNEB, com 78 inscritos, seguido da UERJ com 50,
da Universidade Federal Fluminense (UFF), com 28, da Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul (UFMS) com 20, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com
19, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com 18, entre 13 e 15
inscrições da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), da UnB e da Universidade
do Estado do Amazonas (UEA), além das inscrições internacionais da Colômbia,
México, Argentina, Portugal e França.
Com base na análise dos
dados sobre a participação de instituições e programas de
pós-graduação das diferentes regiões, com inscrição de pesquisadores e diversos
grupos de pesquisas, percebeu-se uma diversidade de instituições implicadas com
o desenvolvimento de pesquisas e práticas de formação,
tanto na graduação e na pós-graduação, quanto por professores da
Educação Básica e técnicos de secretarias municipais de educação, além da
significativa participação de pesquisadores estrangeiros, demarcando, cada vez
mais, a adoção da pesquisa (auto)biográfica como dispositivo de
pesquisa-formação.
Quanto ao número de trabalhos por eixos temáticos, como tinha ocorrido nas diferentes edições do congresso, observou-se
um maior número de trabalhos no Eixo 2 – “Espaços formativos,
memórias e narrativas”, totalizando
325 trabalhos nas diversas modalidades, os quais discutiam questões voltadas
para as práticas de formação. Em seguida, o Eixo 4
– “Memória, história, literatura e artes” com 84 submissões, contribuindo para discussões teóricas e metodológicas
sobre o método de pesquisa. Os outros eixos
temáticos apresentaram um quantitativo de submissões que oscilam entre 57 (Eixo
7 – “Histórias de vida, gênero e
diversidade”) a 30 (Eixo 6 – “Narrativas,
resistências saúde e empoderamento”). Observou-se
o quantitativo de 55 trabalhos (Eixo 1 – “Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica”)
e 45 no Eixo 3 – “Infâncias,
juventudes, narrativas e diálogos intergeracionais”, configurando cerca
de 15% das submissões do total de trabalho para o congresso e 30% em relação ao
Eixo 2, com a maior totalidade de submissões.
Sobre a modalidade e o
número de trabalhos submetidos por eixos temáticos, observou-se maior concentração nas comunicações com o total de 397
submissões em todos os eixos, 118 de sessões conversas, 8 simpósios internacionais,
14 simpósios nacionais, 9 sessões de grupos de pesquisa e 39 submissões de
pôsteres, com participação de pesquisadores, estudantes de graduação e
pós-graduação de diversas área do conhecimento e professores da Educação Básica
de diferentes regiões do país e do exterior.
Do total de trabalhos
submetidos para os sete eixos do congresso (603), o número de trabalhos
aprovados, após análise e avaliação dos resumos expandidos pelo comitê
científico, corresponde a 586, e a submissão final de 74 textos completos de simpósios
nacionais-internacionais e sessões de grupo de pesquisa para apresentação no
CIPA e para publicação dos resumos expandidos nos anais do congresso.
A diversidade de abordagens
e análises apresentadas nos trabalhos aprovados e submetidos revelaram
multiplicidades de abordagens, lugares, métodos, fontes e procedimentos de
análises, os quais contribuíram para outros modos de conhecimentos e sentidos
sobre a pesquisa (auto)biográfica. Cabe destacar estudos voltados para questões
raciais, de gênero, LGBTQIAPN+[6],
saúde, migração e perspectivas metodológicas insubordinadas e emergentes.
A programação científica e
cultural, ao centrar-se na temática geral do congresso, ampliou discussões
sobre insubordinações da pesquisa (auto)biográfica em articulação com os eixos
temáticos e dispositivos epistemológicos e teórico-metodológicos da pesquisa
(auto)biográfica que foram sistematizados nas conferências, nas mesas, nos
simpósios, nas comunicações, nas sessões conversas, de grupo de pesquisa e
pôsteres. Da mesma forma, a programação cultural buscou privilegiar aspectos da
cultura baiana, marcada por atividades musicais, artísticas, dança, exposições
e filmes documentários, relatos de insubordinados nas mesas “Artes de viver,
conhecer e formar”, com plena aderência à temática central do congresso.
O lançamento de livros e da RBPAB
inscreveu-se como espaço importante de socialização e difusão de pesquisas
sobre os estudos (auto)biográficos e suas contribuições para o campo
educacional e áreas afins, além da coleção lançada no congresso e o dossiê da
RBPAB como expressão dos trabalhos desta edição comemorativa do CIPA.
Todos foram muito bem-vindos
a Salvador, ao X CIPA, à UNEB e que o CIPA, mais uma vez, configurou-se como um
profícuo espaço de encontros, reencontros, ampliações de redes de pesquisa e de
colaboração acadêmico-científica, em face dos modos como vivemos, narramos,
formamos e aprendemos biograficamente com a vida e suas diferentes pulsões.
Assim, o
X CIPA, em consonância com suas
edições anteriores, teve o propósito de reunir pesquisadores das mais diversas
áreas do conhecimento para buscar aproximações epistemológicas, teóricas e
metodológicas sobre o (auto)biográfico
como modelo hermenêutico de compreensão do mundo humano e examinar suas
contribuições para a investigação científica, as práticas educacionais, os
procedimentos de formação e de intervenção social. Todas essas noções que emergiram
nos últimos anos foram representativas da “virada biográfica” nas Ciências
Humanas e Sociais e sinalizaram possibilidades de se compreender melhor a
dinâmica das relações que se estabeleciam entre a pessoa e o conhecimento.
Salvador, 19 de julho
de 2024
Elizeu Clementino de Souza
Universidade do
Estado da Bahia
Presidente do
X CIPA
[1] Cabe aqui destacar a
participação dos seguintes Programas de Pós-graduação em Educação das seguintes
instituições: Fundação Carlos Chagas (FCC); Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFCSUL);
Instituto Federal do Amazonas (IFAM); Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP); Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ);
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); Universidade
Cidade de São Paulo (Unicid); Universidade da
Região de Joinville (Univille); Universidade de Brasília (UnB);
Universidade de São Francisco (USF); Universidade de São Paulo (USP);
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Universidade
do Estado do Amazonas (UEA); Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ); Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Universidade Estadual Paulista (Unesp); Universidade Federal da
Grande Dourados (UFGD); Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT);
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal de Ouro Preto
(UFOP); Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM); Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Universidade Federal
de Sergipe (UFS); Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Universidade
Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(Unirio); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade
Federal do Piauí (UFPI); Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB);
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Rio
Grande (FURG); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal Fluminense (UFF).
[2] Ver: www.biograph.org.br.
[4] Cabe aqui destacar a
publicação das seguintes coleções: 1. Collection (Auto) biographie et Education, dirigida por Christine Delory-Momberger, Maria da Conceição Passeggi e
Elizeu Clementino de Souza; 2. Coleção Pesquisa (Auto) Biográfica &
Educação, dirigida por Maria da
Conceição Passeggi, Elizeu Clementino de Souza e Christine Delory-Momberger,
publicada pela Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EDUFRN)
e pela Paulus (São Paulo). 3. A Série Artes de Viver, Conhecer e Formar, publicada em 2010, pela Cultura Acadêmica
(São Paulo); 4. A coleção Pesquisa (Auto)biográfica: Temas Transversais, dirigida por Maria Helena Menna
Barreto Abrahão, Elizeu Clementino de Souza e Maria da Conceição Passeggi,
publicada pela Editora da PUCRS (Edipucrs), pela EDUFRN e pela Editora da UNEB
(Eduneb), em 2012; 5. Coleção Modos de
Viver Narrar e Guardar, coordenada por Ana Chrystina Mignot e Elizeu
Clementino de Souza, publicada pela Editora CRV em 2014; 6. Coleção Pesquisa (Auto)biográfica: Conhecimentos,
Experiências e Sentidos, dirigida por Elizeu Clementino de Souza, Maria
da Conceição Passeggi e Filomenda de Arruda Monteiro, publicada também pela
CRV, em 2016; 7. Coleção Pesquisa (Auto)biográfica: Mobilidades, Incertezas e
Refigurações Identitárias, com direção de Elizeu Clementino de Souza e
coordenada por Jorge Luiz da Cunha, Ecleide Cunico Furlanetto, Maria da
Conceição Passeggi, publicada pela Editora CRV, 2018. No IX CIPA, não
publicamos a coleção, em função do seu formato e dos impactos da pandemia.
[5] Os
eixos propostos para o XI CIPA são: 1. “Dimensões epistemológicas e
metodológicas da pesquisa (auto)biográfica”; 2. “Espaços formativos, memórias e
narrativas”; 3. “Infâncias, juventudes, narrativas e diálogos intergeracionais”;
4. “Memória, história, literatura, artes”; 5. “Narrativas digitais, culturas e
(re)invenções de si”; 6. “Narrativas, resistência, saúde e empoderamento”; 7. “Histórias
de vida, gênero e diversidades”.
[6] Sigla que abrange pessoas que são
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans, Queer/Questionando, Intersexo,
Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Pôli, Não-binárias e mais.
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