ENSAIO DE UMA CLÍNICA PSICOLÓGICA ARENDTIANA

Maria Fernanda Monteiro De Farias Marques

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Trabalho

Título do Trabalho

ENSAIO DE UMA CLÍNICA PSICOLÓGICA ARENDTIANA

Autores

Maria Fernanda Monteiro De Farias Marques

Modalidade

RESUMO (práticas profissionais ou estudos teóricos)

Área temática

Fenomenologia, pensamento existencial e filosofia: ensaios teóricos

Data de Publicação

02/12/2024

País da Publicação

Portugal | Portugal

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congresso-internacional-de-psicologia-fenomenologico-existencial/889588-ensaio-de-uma-clinica-psicologica-arendtiana

ISBN

978-65-272-0873-0

Palavras-Chave

Hannah Arendt, Fenomenologia, Existencialismo, Psicologia.

Resumo

Introdução: Os pressupostos filosóficos de Hannah Arendt oferecem reflexões sobre a condição humana que abrem um caminho fenomenológico existencial para a clínica psicológica. Este trabalho explora como alguns de seus conceitos, especialmente pluralidade, coautoria e teia de relações, podem ser concebidos na prática clínica a partir do que Arendt chama de pensamento compreensivo como abertura para a reflexão da vida e suas possibilidades concretas. Objetivo: Desenvolver um ensaio sobre como o pensamento político de Hannah Arendt pode prover uma clínica psicológica fenomenológica-existencial, expondo novas perspectivas para a prática clínica. Desenvolvimento: Arendt propõe que o pensamento compreensivo começa com o estranhamento ao que era familiar, que força o indivíduo a refletir sobre o novo que se mostra. O pensamento compreensivo busca entender o mundo para habitá-lo novamente. Arendt identifica várias condições determinantes para a vida humana, dentre elas a pluralidade que diz respeito aos "homens" no mundo devido à sua diversidade existencial. A condição de pluralidade se revela no espaço público, onde a realidade do mundo é assegurada pela presença dos outros. Mais dois conceitos de Arendt são cruciais para a construção de uma possibilidade de clínica psicológica: a coautoria e a teia de relações. Na clínica, paciente e psicóloga(o) assumem um lugar de coautoria, no qual a ação da narração, que é compartilhada num espaço com outros, torna-se real, com a(o) psicóloga(o) testemunhando e dando veracidade ao vivido. Assim, autora(r) e coautora(r) tecem uma teia de sentido que se revela nas singularidades de suas histórias, apontando para novas possibilidades de existir. Considerações finais: As análises de Hannah Arendt sobre o mundo oferecem compreensões que vivificam uma prática psicológica com ética e compromisso político. A horizontalidade que os conceitos de coautoria e teia de relações estabelecem, dizem respeito ao fato de que as explicações de Hannah acerca das condições humanas de existência referem-se tanto à terapeuta quanto a paciente, ou seja, a teia, a pluralidade e o pensamento compreensivo acontecem mutuamente.

Título do Evento: Congresso Internacional de Psicologia Fenomenológico-Existencial
Cidade do Evento: Lisboa
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Internacional de Psicologia Fenomenológico-Existencial: Reflexões sobre os fundamentos e a práxis clínica: entre a ciência e a arte do saber-fazer
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MARQUES, Maria Fernanda Monteiro De Farias. ENSAIO DE UMA CLÍNICA PSICOLÓGICA ARENDTIANA.. In: Anais do Congresso Internacional de Psicologia Fenomenológico-Existencial: Reflexões sobre os fundamentos e a práxis clínica: entre a ciência e a arte do saber-fazer. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Instituto NUCAFE, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congresso-internacional-de-psicologia-fenomenologico-existencial/889588-ENSAIO-DE-UMA-CLINICA-PSICOLOGICA-ARENDTIANA. Acesso em: 30/04/2025