USO DE MOXIDECTINA-IMIDACLOPRIDA NO TRATAMENTO DA DEMODICIDOSE EM HAMSTER ANÃO RUSSO (PHODOPUS CAMPBELLI)

Delcio Almeida Magalhães; Marco Duarte Gonçalves de Oliveira; André Luis Paes Gomes da Cunha Andrade; Felipe Rosa Cunha; Fábio Sellera

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Trabalho

Título do Trabalho

USO DE MOXIDECTINA-IMIDACLOPRIDA NO TRATAMENTO DA DEMODICIDOSE EM HAMSTER ANÃO RUSSO (PHODOPUS CAMPBELLI)

Autores

Delcio Almeida Magalhães
Marco Duarte Gonçalves de Oliveira
André Luis Paes Gomes da Cunha Andrade
Felipe Rosa Cunha
Fábio Sellera

Modalidade

Resumo - Relato de caso

Área temática

Medicina de Pets Não Convencionais

Data de Publicação

25/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391173-uso-de-moxidectina-imidacloprida-no-tratamento-da-demodicidose-em-hamster-anao-russo-(phodopus-campbelli)

ISBN

978-65-5941-428-4

Palavras-Chave

Dermatologia, Roedores, Sarna demodécica

Resumo

A demodicidose é considerada a doença causada por ectoparasitas mais comumente diagnosticada em hamsters, sendo Demodex criceti e Demodex aurati residentes normais encontrados em nestas espécies. D. criceti é um ácaro de menor comprimento e pouco patogênico, enquanto o ácaro D. aurati é mais patogênico, e apresenta-se mais fino e alongado, sendo frequentemente encontrado nos anexos da pele, tais como folículo piloso e glândula sebácea. A proliferação destes ácaros está associada à diversos fatores como: nutrição desequilibrada, imunossupressão decorrente ao envelhecimento, estresse, e doenças secundárias como hiperadrenocorticismo, neoplasias e insuficiência renal. Os animais acometidos apresentam alopecia moderada à severa, prurido, hiperqueratinização e dermatite, principalmente no dorso, membros e abdômen, sendo frequentemente associadas às infecções oportunistas por Malassezia spp. e Staphylococcus spp. Um hamster anão russo (Phodopus campbelli) de 2 anos de idade, macho, pesando 30 gramas foi admitido em uma clínica veterinária particular, apresentando alopecia em cabeça, região dorsal e ventral de tórax e abdome, com início há 2 meses. No exame físico, além da alopecia, foi observado eritema com disqueratinização e prurido intenso (Figura 1). Adicionalmente, o tutor relatou que as lesões apareceram antes do prurido. O animal foi avaliado, então, alguns exames complementares foram realizados, entre eles o parasitológico por meio de fita de acetato e exame citológico. O exame de parasitológico foi realizado por meio de debridamento das lesões, superficialmente, seguido pelo exame de fita de acetado corado por panótico rápido (Diffquick, Romanowsky), que teve como objetivo confirmar a presença de D. criceti e D. aurati (Figuras 2 e 3). O tratamento de escolha foi realizado administrando-se moxidectina- imidacloprida na dose de 3mg/kg com aplicações tópicas semanais, sem terapêuticas adicionais. O animal apresentou melhora parcial, avaliada por meio da melhora das lesões cutâneas (Figura 4), entretanto veio a óbito após 5 semanas, com causa mortis a esclarecer. Embora a demodicidose, seja amplamente reportada em outros mamíferos domésticos, há poucos estudos direcionados para o diagnóstico e tratamento de demodicidose em roedores. A este respeito, Nashat et al. (1) comparam o tratamento com ivermectina misturado ao alimento oferecido diariamente com a aplicação tópica de moxidectina-imidacloprida na dose de 3-13mg/kg – semanalmente, ambos no período de 8 semanas, em camundongos. Segundo estes autores, o tratamento com ivermectina reduziu a população de D. musculi na pele, porém não erradicou o agente. Por outro lado, o tratamento com moxidectina-imidacloprida foi eficaz, inclusive em animais imunossuprimidos. Outro estudo, talvez o mais abrangente até a presente data, foram investigados os seguintes tratamentos: amitraz (tópico); amitraz (tópico) com metaflumizona; ivermectina (subcutânea e oral); selamectina (tópica) e moxidectina (oral), os quais apresentaram resultados variáveis. Mais estudos são necessários para identificação das espécies de ectoparasitos que acometem estes animais, tal como respectivos diagnósticos e tratamentos. Referências: 1-Nashat, M. A., Ricart Arbona, R. J., Lepherd, M. L., Santagostino, S. F., Livingston, R. S., Riedel, E. R., & Lipman, N. S. 2018. Ivermectin-compounded Feed Compared with Topical Moxidectin– Imidacloprid for Eradication of Demodex musculi in Laboratory Mice. Journal of the American Association for Laboratory Animal Science, 57(5), 483-497.

Título do Evento: XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MAGALHÃES, Delcio Almeida et al.. USO DE MOXIDECTINA-IMIDACLOPRIDA NO TRATAMENTO DA DEMODICIDOSE EM HAMSTER ANÃO RUSSO (PHODOPUS CAMPBELLI).. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391173-USO-DE-MOXIDECTINA-IMIDACLOPRIDA-NO-TRATAMENTO-DA-DEMODICIDOSE-EM-HAMSTER-ANAO-RUSSO-(PHODOPUS-CAMPBELLI). Acesso em: 25/04/2025