ASSOCIAÇÃO DA MOXATERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÃO POR MORDEDURA EM MACACO-PREGO-DO-PEITO-AMARELO (SAPAJUS XANTHOSTERNOS)

Bernardo De Paula De Miranda; Jéssica da Silva Paulino; Ramiro Das Neves Dias Neto; Júlia Almeida Queiroz de Freitas; Anna Beathriz Nascimento Farsette; Matheus de Almeida Barros; Arthur Carlos da Trindade Alves

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Trabalho

Título do Trabalho

ASSOCIAÇÃO DA MOXATERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÃO POR MORDEDURA EM MACACO-PREGO-DO-PEITO-AMARELO (SAPAJUS XANTHOSTERNOS)

Autores

Bernardo De Paula De Miranda
Jéssica da Silva Paulino
Ramiro Das Neves Dias Neto
Júlia Almeida Queiroz de Freitas
Anna Beathriz Nascimento Farsette
Matheus de Almeida Barros
Arthur Carlos da Trindade Alves

Modalidade

Resumo - Relato de caso

Área temática

Medicina Integrativa e Terapias Altertativas em Animais Silvestres e Exóticos

Data de Publicação

25/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391760-associacao-da-moxaterapia-no-tratamento-de-lesao-por-mordedura-em-macaco-prego-do-peito-amarelo-(sapajus-xanthost

ISBN

978-65-5941-428-4

Palavras-Chave

Medicina integrativa, moxabustão, primata.

Resumo

A espécie de Sapajus xanthosternos descrita no trabalho está criticamente ameaçada de extinção e necessita de atenção para sua manutenção sob cuidados humanos, por isso existe a necessidade de estudos envolvendo o bem estar e conservação da espécie (1). Um macaco-prego-do-peito-amarelo nascido no BioParque do Rio de Janeiro, fêmea, cinco meses, integrante de um plantel com oito indivíduos, apresentou lesão por mordedura em membro torácico esquerdo (Figura 1). Após contenção química, o ferimento foi avaliado e verificado grave edema, profunda laceração de pele e musculatura, ruptura de ligamentos, secreção mucopurulenta e áreas de necrose em musculatura. Além da ferida, também foi constatada fratura completa de rádio e ulna em extremidade distal. Inicialmente, o protocolo utilizado para tratamento foi a imobilização do membro com tala simples e higienização da área afetada através de tratamento tópico com soro fisiológico, clorexidina 2%, desbridamento de tecido necrótico e logo após foi aplicada pomada com base de gentamicina e sulfadiazina. O protocolo medicamentoso foi realizado com aplicação de cloridrato de tramadol (4mg/kg/IM/BID) por sete dias, meloxicam (0,2mg/kg/IM/SID) durante três dias, amoxicilina com clavulanato de potássio (15mg/kg/VO/BID) por 15 dias, dipirona monoidratada (25mg/kg/IM/BID) por dez dias, além do tratamento suporte. Após o segundo dia foi iniciado tratamento de uso integrativo de moxoterapia que era empregada logo após higienização. A aplicação era realizada duas vezes ao dia de forma indireta (vapor) com bastão de moxa à base de Artemisia vulgaris, deixando distanciamento de 10 cm da área afetada. Após o sétimo dia foi retirado totalmente o uso da pomada e foi dada continuidade da higienização e utilização de moxoterapia por mais oito dias até a cicatrização total da lesão. A associação da moxa indireta no tratamento de feridas ulcerativas cutâneas refratárias em ratos obtiveram resultados aditivos satisfatórios, além de apresentar importante analgesia, ação anti-inflamatória, aceleração da cicatrização do paciente por estímulo de pontos específicos da pele através da ação da erva Artemisia vulgaris diretamente ou indiretamente (2;3). Dessa forma diminuindo o tempo de internação e recuperação do paciente, com baixo custo e eficácia como maneira integrativa de tratamento. O indivíduo descrito ficou com leve limitação de movimento de extensão devido o rompimento de ligamentos e músculos e a cicatriz da lesão praticamente imperceptível (Figura 2), isso facilitou sua adaptação ao novo recinto. Referências bibliográficas: 1. Metzger JP. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. Ministério do Meio Ambiente, Brasília, DF, v. 2., 1420p. 2010. 2.Sin LH, Liang YL, Sun YH. et al. Effect of mild moxibustion on macrophage number and collagen expression of raw surface tissue in chronic refractory skin ulcer rats. Zhen Ci Yan Jiu (Acupunct. Res.), v.37, p.259-265, 2012. 3.Xie H, Preast V. (Eds.). Acupuntura veterinária xie. São Paulo: MedVet, 2011. 363p.

Título do Evento: XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MIRANDA, Bernardo De Paula De et al.. ASSOCIAÇÃO DA MOXATERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÃO POR MORDEDURA EM MACACO-PREGO-DO-PEITO-AMARELO (SAPAJUS XANTHOSTERNOS).. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391760-ASSOCIACAO-DA-MOXATERAPIA-NO-TRATAMENTO-DE-LESAO-POR-MORDEDURA-EM-MACACO-PREGO-DO-PEITO-AMARELO-(SAPAJUS-XANTHOST. Acesso em: 24/04/2025