SEMPRE PERSONAGENS, ÀS VEZES ATRIZES, NUNCA DIRETORAS: O CINEMA FEITO POR DIRETORAS TRANS E TRAVESTIS BRASILEIRAS

Publicado em 02/12/2019 - ISBN: 978-85-5722-316-5

Título do Trabalho
SEMPRE PERSONAGENS, ÀS VEZES ATRIZES, NUNCA DIRETORAS: O CINEMA FEITO POR DIRETORAS TRANS E TRAVESTIS BRASILEIRAS
Autores
  • Euge Helyantus Stumm
Modalidade
Resumo
Área temática
Iniciação Científica
Data de Publicação
02/12/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressoufcspa/192422-sempre-personagens-as-vezes-atrizes-nunca-diretoras--o-cinema-feito-por-diretoras-trans-e-travestis-brasileiras
ISBN
978-85-5722-316-5
Palavras-Chave
cinema trans, cinema brasileiro, travesti, antropologia, esquizoanálise
Resumo
Os marcadores de cinema trans, no contexto nacional e internacional, parecem nos levar, na maioria das vezes, a filmes dirigidos por pessoas cisgêneras que retratam a narrativa de vida de uma personagem trans. Com frequência, tais personagens são representadas por atores cisgêneros e, no contexto brasileiro, com teor pejorativo, hipersexualizado, de escárnio ou de falta de autonomia. Proponho, em contrapartida, tomar como questionamento base a seguinte pergunta: o que filmam as diretoras trans e travestis brasileiras? A referência metodológica empregada é a de um diálogo analítico entre a antropologia, na qual o ponto de vista do Outro é privilegiado, a ficção especulativa e a esquizoanálise. Até o momento, foram analisados cinco trabalhos de três diretoras: Clara Chroma, Galba Gogóia e Julia Katharine. Entende-se, neste trabalho, o ato de filmar de tais diretoras como um ato de trans-gressão da linguagem maior do cinema, especialmente do que se estabeleceu como cinema trans no circuito comercial. Nos filmes, os marcadores de identidades e realidades sociais, ao contrário do modo ora glamourizado ora vitimizado dos filmes comerciais dirigidos por diretores cisgêneros, revelam um modo de fazer cinema para além do que se espera de uma personagem (ou diretora) trans. São filmes que abrem mão da estética da Diva, da Supertravesti e dos demais elementos do dito cinema trans comercial para propor um cinema no qual o tópico principal não gire em torno de ser-travesti. E este é o ponto a ser destacado neste estudo. Embora preservem as realidades travestis nas narrativas, fazem-nas de modo a desestabilizá-las e reterritorializá-las. É um cinema menor no sentido de reinventar a linguagem do cinema não a partir do discurso comercial sobre travestis, mas a partir de suas próprias existências travestis.
Título do Evento
Congresso UFCSPA: conectando saúde e sociedade
Cidade do Evento
Porto Alegre
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso UFCSPA: conectando saúde e sociedade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

STUMM, Euge Helyantus. SEMPRE PERSONAGENS, ÀS VEZES ATRIZES, NUNCA DIRETORAS: O CINEMA FEITO POR DIRETORAS TRANS E TRAVESTIS BRASILEIRAS.. In: Anais do Congresso UFCSPA: conectando saúde e sociedade. Anais...Porto Alegre(RS) UFCSPA, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CongressoUFCSPA/192422-SEMPRE-PERSONAGENS-AS-VEZES-ATRIZES-NUNCA-DIRETORAS--O-CINEMA-FEITO-POR-DIRETORAS-TRANS-E-TRAVESTIS-BRASILEIRAS. Acesso em: 05/12/2024

Trabalho

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