BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO PARA PACIENTES HIPERTENSOS

Publicado em 30/12/2020 - ISBN: 978-65-5941-071-2

Título do Trabalho
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO PARA PACIENTES HIPERTENSOS
Autores
  • MAIANA ALVES DOS SANTOS
  • GEOVANY RAFAEL BISOL
Modalidade
Comunicação oral (Resumo expandido)
Área temática
Educação Física
Data de Publicação
30/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2020/249749-beneficios-do-exercicio-resistido-para-pacientes-hipertensos
ISBN
978-65-5941-071-2
Palavras-Chave
“exercício resistido”, “blood pressure”, “atividade física” “strength training”, “hipertensão” e “exercício de força”.
Resumo
INTRODUÇÃO. A pressão alta é todo o esforço que vai além da capacidade, considerada normal que o coração apresenta para realizar a distribuição do sangue que está em circulação pelo o organismo. O cuidado para a pressão arterial(PA) consideradas “acima do normal” requer algumas transformações no hábito alimentar e a prática regular de atividade física para poder controlar o estresse cardiovascular, pois trata-se de uma doença silenciosa. Logo, as alterações agudas no sistema cardiovascular, como: o aumento do débito cardíaco e a frequência cardíaca são características das fases iniciais da hipertensão arterial (HA), no qual está predisposta a sofrer modificações consideráveis sejam elas de estímulos internos ou externos. A indicação de atividade física para pessoas com doença crônicas delimitava-se as práticas aeróbicas por não haver em um certo período estudos mais concretos envolvendo os exercícios resistidos. (POLITO; FARINATTI, 2006) Por ter uma vasta gama de estudos quanto ao exercício aeróbico acreditou-se por certo período que seria a melhor indicação quando se tratava de hipertensão, porém com estudos recentes pode-se perceber o interesse dos pesquisadores em exercício resistido ou em treinamento resistido (TR) como o mesmo propósito, sendo assim sabe-se pouco sobre a intensidade, serie, intervalos exatos para o tratamento de HAS. O objetivo deste trabalho é avaliar se os exercícios resistidos podem ser usados para indivíduos hipertensos METODOLOGIA. Foram realizadas pesquisas de artigos nas bases de dados Periódico Capes e Scielo até abril, maio de 2020. A busca incluiu vários assuntos, para as seguintes palavras chaves: “exercício resistido”, “blood pressure”, “atividade física” “strength training”, “hipertensão” e “exercício de força”. Estas palavras chaves foram combinados para identificar estudos controlados selecionando artigos em português e inglês que foram publicados a partir de 2005, desconsiderando publicações anteriores a este ano. Os artigos das publicações foram analisados e avaliados individualmente com o intuito de refinar os critérios de inclusão e exclusão. Os critérios de inclusão foram: (i)Estudos sobre ensaio de exercícios físicos com força;(ii) Estudos que avaliaram o indivíduo hipertenso em atividade física. Já os critérios de exclusão: (i) Resumos; (ii) Estudos que combina treinamento resistido como contribuição com o aeróbico; (iii) Estudos que excluem exercícios resistidos. RESULTADOS A pesquisa eletrônica resultou em 325 referências, no qual , Scielo 10, Periodico Capes 310. Do qual, 320 não preenchiam os criterios de inclusão relacionados com o tema da revisão , logo foram 5 artigos que atenderam os critérios pré-estabelecidos. No, qual pode ser analisada pelo texto, abaixo: Em 2012, Moura et al. Realizou testes de carga 70% do peso máximo suportado pelos voluntários em 10RM, após 48 horas do teste, os voluntários retornaram à academia para que possam fazer a aferição de suas pressões e, assim dar início a pesquisa. Foram utilizados dois aparelhos de musculação, o supino reto e o puxador horizontal, a aferição da PA foi acompanhada com o uso de um esfigmomanômetro e um estetoscópio, de forma que foram feitas um total de 8 aferições, sendo uma no pré-treino, outra imediatamente após os exercícios, e as demais de 10 em 10 minutos por um período de 60 minutos. A PA de todos os voluntários no período pós treino sofreram uma elevação considerável, se comparada a PA aferida pré-treino, mas no decorrer de uma hora após os exercícios, verifica-se que a os níveis pressóricos tendem a cair bastante, chegando a valores inferiores à PA pré-treino, e em alguns casos, chegando até mesmo a normalizar. Assim, entende-se que o treinamento de força pode reduzir os níveis de PA sistólica sendo mais uma forma de controle, aliados aos meios medicamentosos. POLITO e ANUNCIAÇÃO (2011) Realizaram buscas nas bases Scielo e Medline e foram encontrados 126 estudos. Porém, fizeram parte das análises apenas 32 artigos, dos quais cinco envolveram o exercício resistido, e 27, o exercício aeróbio. Sobre o exercício resistido encontraram hipotensão pós-exercício (HPE). Após o exercício aeróbio, observou-se HPE por maiores períodos de tempo. Contudo, ocorrem conflitos sobre a melhor intensidade e duração para a prescrição dessa atividade. Ocorrem maiores reduções na PA após o exercício aeróbio em comparação com o exercício resistido em hipertensos. Mas são necessárias mais pesquisas para obter uma melhor conclusão. Já em BRAND et al. (2013) quinze indivíduos foram divididos em dois grupos: hipertenso e normotenso. Ambos os grupos realizaram treinamento resistido (TR) por 48 semanas. Os parâmetros cardiovasculares se encontraram dentro dos padrões e apresentaram reduções favoráveis do pré para o pós-teste. Desta forma o TR é eficiente como terapia de controle, já que não foi observada evolução no grau da hipertensão e não apresenta efeito adverso durante as sessões de TR Na pesquisa de Pinho et al(2010) com metodologia de revisão bibliográfica realizada por artigos científicos, livros, internet, entre outros. No qual, as palavras chaves foram “exercício físico”, “reabilitação cardíaca” e “hipertensão.” O autor esclarece a importância do exercício físico em hipertensos, que demonstra que o exercício mais o tratamento com remédios diminui os níveis pressóricos. Podem realizar exercícios aeróbicos e anaeróbicos, mas devem estar acompanhados por profissionais de saúde e profissionais de Educação Física. Para ANDRADE e SAPUCAIA (2011) em sua pesquisa bibliográfica por artigos, livros, revistas científicas que abordam o tema. Foram consultadas publicações nas áreas de educação física, medicina e fisioterapia, utilizando como palavras chaves: exercício físico, reabilitação cardíaca e hipertensão. Artigos científicos revisados e publicados a partir do ano de 2000. dizem que os efeitos dos exercícios resistidos vem ganhando espaço, mas ainda são encontrados resultados duvidosos quanto a intensidade, repetição, duração, intervalos e descanso. Em Souza e colaboradores (2017). A busca de artigos foi utilizando bancos de dados eletrônicos: BIREME, PubMed, Cochrane Library, LILACS e SciELO usando as palavras chaves: 'Hipertensão', 'hipertensivo', 'pré-hipertensivo', 'treinamento de resistência', 'treinamento de força' e 'levantamento de peso'. No qual, encontraram 1608 artigos: 644 artigos BIREME, 53 SciELO, 722 PubMed, 122 Biblioteca Cochrane e 67 LILACS. Desses, cinco atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados mostraram reduções significativas da PA sistólica (-8,2) e a diastolica (-4,1) levando ao entendimento que o TR reduz a PA sistólica e diastólica em pré-hipertensos e hipertensos, e pode ser recomendado com gerenciamento para controle da hipertensão arterial sistêmica. DISCUSSÃO Ao iniciar a TR devemos fazer uma série de avaliações. São testes para determinar força, flexibilidade, capacidade respiratória e entre outras relacionadas a TR. Assim temos o controle da intensidade, que é o estresse fisiológico causado em um exercício manipulado pelas cargas e tempo de contração, cadência do exercício; e o controle de repetições, séries e frequência dos dias de treino. Moura (2012), os exercícios de força são benéficos para controle da hipertensão arterial, sendo um fator importante juntamente com os medicamentos, pois embora a PA sistólica durante a atividade aumente, em contrapartida em repouso ela diminui. No estudo realizado por POLITO e ANUNCIAÇÃO (2011) o exercício aeróbico tinha uma redução maior na duração da PA comparado ao exercício resistido, porém por de falta mais estudos e uma prescrição mais exata do TR para maiores reduções, entretanto quando realizada esta atividade a intensidade deve ficar em torno de 50% de resistência muscular com intervalos mínimos de 1 minuto entre a série e o exercícios e deve ser realizado com grandes grupos musculares para que se possa aumentar o efeito hipotensor. De acordo com MOURA, citado pelo autor POLITO E ANUNCIAÇÃO (2012,2011), existe uma diminuição na HA no período de pós-exercício, mas sendo mais exato, na primeira hora pós-exercício, não importando qual regulamento aplicado. BRAND et al (2013), em seus estudos fizeram uma análise com um grupo de quinze indivíduos idosos que foram submetidos a teste de força três vezes por semana por 60 min, no qual encontraram que TR é eficiente com os medicamentos, pois atuaram no controle e, impossibilitou a evolução da |PA. Logo, quando há monitoramento dos exercícios proposto tem uma melhora na PA. A elevação de grandes de cargas aumenta a PA, porém segundo PINHO et al (2010), este fato durante um certo período causou dúvida quanto à eficácia e a segurança no treino de peso, assim em atividades deste tipo são seguras para o melhoramento de força e também, pela sensação de bem-estar, desta forma proporcionando maior motivação por ter mais opções de exercícios. Segundo Pinho, citado por Negrão et al. (2010, 2001), relata em seus estudos que houve uma diminuição de 3 a 5 mmHg durante a atividade física, e que deve gerar em torno de 20 a 40 minutos, que a longo prazo os benefícios do exercício físico poderia haver uma redução da PA, e assim diminuindo a dose do medicamento, mas deverá te um acompanhamento de um cardiologista. Para ANDRADE E SAPUCAIA (2011), a atividade aeróbica trata-se de um estresse intervalado, em oposição a musculação que seria de esforço continuo, pois há uma pequena alternância entre descanso e recuperação neste estilo de atividade, sendo assim as pausas nos TR devem ser maiores para a recuperação do paciente, pois controlando esses pico de PA ajudam as arritmias cardíacas devido ao aumento de fluxo coronariano, por causa desta oscilação durante o exercício resistido. A frequência de exercícios de força reduziu a PA sistólica e diastólica, encontrado por Souza e Colaboradores (2017), em sua meta-analise de revisão, nos quais todos os protocolos de exercícios eram apenas de força realizados três vezes por semana, e esta regularidade se deve ao fato de não ter abandono da prática física. Para que este tipo de estresse físico seja benéfico precisa ser ajustados a intensidade, e ainda por Souza e Colaboradores (2017), relatam que os intervalos entre as séries, ordem dos exercícios para que o profissional do esporte possa passar segurança e eficácia para os praticante hipertensos, nesta meta-analise os treinamentos de força variaram de 14 a 30 séries por sessão, e as repetições varia de 8 a 25, e os intervalos de 60 a 180s. De acordo com Souza e Colaboradores (2017), uma boa justificativa para que seja realizado a TR é o fato de ajudar as articulações e ganho de força muscular. Logo, apenas os exercícios de força são capazes de reduzir a PA em pacientes hipertensos, e também, aqueles que podem vim a desenvolver esta doença, principalmente em idosos. Os artigos citados anteriormente, pode -se perceber que tanto o exercício aeróbico como o resistido trazem benefícios para este grupo especial que são os hipertensos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A atividade aeróbica é vista como segura e recomendado para os parâmetros de hipertensão, porém o TR quando controlado a intensidade, frequência, velocidade dos movimentos e intervalos ela se sobressai a atividades aeróbicas, pois seu efeito hipotensor em repouso tem uma duração maior, portanto a dificuldade que se encontra para os profissionais da saúde para prescrição deste exercício é como ele deve ser executado e controlado ao mesmo tempo. Inicialmente, as atividades de força podem ser realizadas três vezes por semana, de 20 a 40 minutos e os intervalos entre as séries devem ser no mínimo de 1 minuto para que o indivíduo possa se recuperar da elevação da PA e, assim dar continuidade ao treino. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ANDRADE, A.A, e SAPUCAIA, C. H. C. O treinamento resistido e seus efeitos na pressão arterial. Trabalho de Conclusão de Curso (curso de Pós Graduação Lato-Senso em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido na Saúde na Doença e no Envelhecimento). IBEP-FMUSP. São Paulo. 2011. 2. BRAND, C.; GRIEBELER, L.C; ROTH, M.A; MELLO, F.F; BARROS, T.V.P e NEU, L.D. Efeito do Treinamento Resistido em Parâmetros Cardiovasculares de Adultos Normotensos e Hipertensos. Rev. Bras Card.vol 26, n6, pp. 435-441.2013. 3. POLITO, M. D; ANUNCIAÇÃO, P.G. Hipotensão Pós-exercício em Indivíduos Hipertensos: uma Revisão. Arq. Bras. de Cardiol vol. 96, n. 5, pp. 100-109, 2011. 4. PINHO, S.T; SILVA, R.L; e NUNEZ, R.C. Os benefícios do exercício físico no controle da pressão arterial de hipertensos. Anais Seminário Nacional Educa. vol.1, n. 1, 2010. 5. SOUZA, E.C.; ABRAHIN, O.; FERREIRA, A.L.L.; RODRIGUES, R.P.; ALVES, E.R.C e VIEIRA, R.P. Resistance training alone reduces systolic and diastolic blood pressure in prehypertensive and hypertensive individuals: meta-analysis. The Japanese Society of Hypertension. vol 40, ed 11.pp. 927-931. 2017. 6. SOUZA, Klesdston Leandro Pereira. Efeitos de treinamento resistido no comportamento da pressão arterial em hipertensos controlados. Monografia-Faculdade de Educação física Licenciatura. Universidade de Brasília, Porto Nacional.2012.
Título do Evento
CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, MAIANA ALVES DOS; BISOL, GEOVANY RAFAEL. BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO PARA PACIENTES HIPERTENSOS.. In: Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital. Anais...Campo Grande(MS) UNIGRAN Capital, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2020/249749-BENEFICIOS-DO-EXERCICIO-RESISTIDO-PARA-PACIENTES-HIPERTENSOS. Acesso em: 27/04/2025

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