BIOMARCADORES MOLECULARES DO CÂNCER DE OVÁRIO

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

Título do Trabalho
BIOMARCADORES MOLECULARES DO CÂNCER DE OVÁRIO
Autores
  • Mayara Braga Ferreira
  • FABRICIO GARMUS SOUSA
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Biomedicina
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/359725-biomarcadores-moleculares-do-cancer-de-ovario
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
Câncer de ovário, biomarcador celular e neoplasia ovariana.
Resumo
Depois do câncer de colo de útero o câncer de ovário é o câncer que mais acomete as mulheres. Este trabalho tem como objetivo associar os biomarcadores moleculares do câncer de ovário ao seu desenvolvimento, tipos de tumores e formas de diagnóstico. O diagnóstico normalmente é feito por exames de imagem (radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética), biópsia (quando retiramos uma parte do corpo estranho e analisamos para saber se é câncer, e se o tumor é maligno ou benigno) e marcadores tumorais (que são retirados em um exame de sangue, quando não encontramos os marcadores, podemos encontrar células cancerígenas). É uma neoplasia que não é muito visada pelas mulheres e apesar da incidência ser considerada baixa, ela é a segunda neoplasia mais comum no sistema reprodutor feminino e tem um valor considerável de mortes. A revisão bibliográfica desta pesquisa é dita como exploratória e descritiva, as bases de dados utilizadas foram o INCA, Bireme e Scielo. Os anos utilizados para a revisão foram de 2011 até 2021. A pesquisa para fazer os resultados e discussões foi feita ao redor do tema principal do artigo que é o câncer de ovário, foram selecionados o total de 17 literaturas para serem adicionados ao artigo. Apesar do câncer de ovário ser considerado assintomático nos estágios iniciais, com a evolução da doença alguns sintomas inespecíficos começam a aparecer, tais como os geniturinários, distúrbios gastrointestinais, desconfortos abdominais, alterações menstruais e aumento do volume abdominal. Uma das explicações da causa do câncer de ovário é que quanto maior for sua produção de óvulos, maior serão as chances de a mulher desenvolver o câncer, pois cada ovulação nova é uma forma de desgaste das células, uma das formas de prevenção é o uso de anticoncepcionais. A maior hipótese do desenvolvimento do câncer é que a ovulação incessante é um dos fatores principais. A maior hipótese do desenvolvimento do câncer é que a ovulação incessante é um dos fatores principais, mas temos outras supostas causas. Marcadores tumorais são substâncias produzidas pelo organismo, que podem ser encontrados no sangue e em outros líquidos biológicos, alterações nestas concentrações são indicativos do crescimento de células neoplásicas, resposta do organismo ao tumor ou até mesmo produzido pelo próprio tumor, deve ser utilizado como exame complementar, pois ainda não é considerado especifico. O marcador tem que ser sensível para permitir rastreamento, especificar o tipo celular e conseguir diagnosticar pequenas massas tumorais com chances de cura. Os marcadores BRCA1 e BRCA2 se apresentam mutados em 80% a 85% das mulheres com essa neoplasia, e em 18% das mulheres essa mutação é genética. Esses marcadores estão presentes em diversos tipos de cânceres. O único marcador utilizado é o CA-125 para o câncer de ovário, é caracterizado como uma glicoproteína de alto peso molecular que se eleva quando epitélios mullerianos celômicos se alteram. Podem se apresentar elevados em doenças benignas e também nas malignas e tem uma grande utilidade no exame de screening (triagem ou rastreio de doenças assintomáticas), mas não é padrão, o CA-125 apresenta sensibilidade de 50% a 60% e especificidade de 90%. Exames complementares são utilizados para definirem o grau dos tumores, agressividade, estadiamento, entre outros, podem ser utilizados os exames de USTV (ultrassonografia transvaginal), níveis séricos de CA-125, US (ultrassonografia abdominal), TC (tomografia computadorizada), RNM (ressonância nuclear magnética), PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons), níveis de AFP (alfafetroproteína), ?HCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana), HE4 (proteína epididimal humana), ROMA (algoritmo de risco de malignidade ovariana) e RPL (relação plaqueta-linfócito). A USTV, US, TC, RNM e PET-CT são exames de imagem cada um com uma particularidade e com prós e contras que devem ser analisados de acordo com cada paciente, eles mostram onde está localizado o câncer, qual o tamanho da área afetada e qual será a melhor forma de tratamento, cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou cuidados paliativos. Os marcadores CA – 125, AFP, ?HCG, HE4, ROMA e RPL podem se mostrar aumentados e diminuídos cada um com uma função diferente, podem definir malignidade, respostas do organismo e até o tipo de massa da qual o tumor se formou. Em uma avaliação pré-operatória ou diagnóstico da paciente, devemos ver os níveis de CA-125 no organismo da paciente, solicitar o HE4 e adicionar mais alguns itens na lista para conferir se estão normais ou elevados, dosamos AFP, CEA, HCG, LDH, inibina B e HAM, CA 19-9, testosterona e estradiol. Os principais tipos de cânceres se distribuem em 5 grupos, eles podem se apresentar em análises genéticas, moleculares, histopatológicas e imunohistoquímicas. Os tipos são: Carcinoma mucinoso, carcinoma seroso de baixo grau, carcinoma endometrióide, carcinoma de células claras e carcinoma seroso de alto grau, mas foi proposto um modelo que determina como Tipo I e Tipo II, sendo o tipo I com baixo grau, que se apresentam em 20 a 30% dos casos de tumores de ovário e o tipo II com alto grau, que se apresentam em 70 a 80% dos casos de câncer de ovário. Cada tipo de célula parece originar um tipo de câncer de ovário, tais como a estrutura do endométrio parece com as células dos tumores endometrióides, ás células presentes no epitélio das tubas parecem compor os tumores serosos, já as células glandulares endocervicais que produzem a mucina, parecem produzir os tumores mucinosos. Mutações nos genes a seguir são a causa de 10% das mortes pelo câncer; PPP2R1A, ARID1A, CTNNB1, PIK3CA, PTEN, BRAF e K-RAS. CEA (antígeno carcinoembrionário) apresenta-se em diversos tipos de cânceres, pulmão, mama, ovário, colo uterino, coloretal, fígado, estômago e tireoide medular, foi um dos primeiros biomarcadores a ser descoberto, porém não é especifico para a detecção de nenhum câncer, é mais utilizado para saber se o tratamento está funcionando. Com tudo que foi mostrado ao decorrer deste artigo entende-se que o câncer ovariano já tem melhores formas de diagnóstico, mas ainda não tem sintomas específicos e é bem importante que as pacientes fiquem atentas a qualquer mudança no organismo. Os tipos de câncer podem designar no futuro, de onde vem essas mutações que causam as neoplasias, mas no momento são apenas especulações, porém já conseguiram distinguir o grupo de malignas e benignas como tipo 1 e tipo 2, e já é um começo para o encontro dessas modificações entre um e outro e descobrir os genes mutados que se desenvolvem e causam essa neoplasia. Nos três quadros vemos uma relação entre os marcadores do câncer de mama e câncer de ovário, são eles: CA-125, CA 15-3-antígeno, carboidrato 15-3, MCA, K-RAS, P-53, BRCA1 e BRCA-2. Isso acende um alerta porque muitas vezes a neoplasia mais investigada é o câncer de mama, porém o câncer de ovário também pode ser uma opção de pesquisa quando correlacionamos a esses biomarcadores, tem que se fazer uma pesquisa maior sobre os biomarcadores que estão correlacionados com screening, pois como são mais difíceis de diagnosticar, temos que nos atentar a todos os sintomas, principalmente aos que não parecem estar relacionados com as demais queixas. O biomarcador CA-125 já é conceituado na área do câncer de ovário, mas não podemos nos esquecer que os outros biomarcadores como o HE4 que também é especifico do câncer de ovário, porém tem que ser associado ao CA-125 para que se torne confiável, ainda estão em investigação alguns outros biomarcadores, e temos os que são conceituados, mas não para a neoplasia ovariana, como o BRCA1 e BRCA2 que são bem presentes na neoplasia de mama.
Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Mayara Braga; SOUSA, FABRICIO GARMUS. BIOMARCADORES MOLECULARES DO CÂNCER DE OVÁRIO.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/359725-BIOMARCADORES-MOLECULARES-DO-CANCER-DE-OVARIO. Acesso em: 29/04/2025

Trabalho

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