EVIDÊNCIAS DA SUPLEMENTAÇÃO COMO ACELERADOR DA HIPERTROFIA EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

Título do Trabalho
EVIDÊNCIAS DA SUPLEMENTAÇÃO COMO ACELERADOR DA HIPERTROFIA EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA
Autores
  • Priscila Silva Borges Zuffo
  • LIDIANI FIGUEIREDO SANTANA
  • Fernanda Torres Fernandes
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Nutrição
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/362194-evidencias-da-suplementacao-como-acelerador-da-hipertrofia-em-praticantes-de-atividade-fisica
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
aminoácidos, hipertrofia, creatina, BCAA, cafeína.
Resumo
INTRODUÇÃO: O músculo esquelético está envolvido na regulação do metabolismo de repouso, na oxidação lipídica, eliminação de glicose. A redução de atividade física pode levar a perda de massa magra e afetar negativamente os processos metabólicos levando ao desenvolvimento de patologias. O sistema músculo esquelético, através da atividade física de resistência regular, pode promover a hipertrofia muscular a partir da síntese proteica, favorecendo o ganho de massa magra, reduzindo os riscos de diversas doenças e aumentando a qualidade de vida. Séries repetidas de estimulação anaeróbica para treinamento de resistência aumentando a massa magra e melhorando a função muscular e a hipertrofia; tal fato associado a ingestão de nutrientes pode auxiliar na síntese proteica muscular. As proteínas e os aminoácidos são responsáveis pela promoção da síntese proteica muscular, assim a suplementação de aminoácidos e proteínas em conjunto com o treino de exercícios de resistência tem um elevado aumento de proteína muscular em comparação com o exercício de resistência sozinho. OBJETIVO: Identificar os benefícios envolvidos na suplementação de ingredientes variados em conjunto com o exercício físico de resistência. METODOLOGIA: Revisão integrativa de literatura, com busca em publicações entre os anos de 2015 e 2021 em bases de dados: SCIELO e PUBMED, com busca em palavras-chave em português e inglês como: gaba, creatina, whey protein, suplementação, hipertrofia, cafeína, BCAA, ácido-d-aspártico. RESULTADOS: O público alvo para tal estudo foi direcionado em homens jovens treinados e sedentários, com idade entre 18 e 26 anos, a fim de se obterem um comparativo, e com homens adultos com idade superior a 45 anos e sedentários para fazer um comparativo, todos os indivíduos grupos eutróficos com alimentação saudável, sem comorbidades, sem fazer uso de tabaco e álcool. Estudos indicam benefícios da suplementação de whey isolado e ou combinado com diferentes ingredientes como: GABA, proteína do soro do leite, creatina, aminoácidos específicos, vitamina D, suplementos de MIP em praticantes de atividade física a fim de favorecer a hipertrofia a partir de treinos de resistência induzidos direcionados. O GABA consumido em conjunto com WP, destacou-se quando comparado ao WP consumido sozinho no pós-treino de resistência, com elevação das concentrações plasmáticas de GH em repouso. A combinação do GABA+WP se mostrou eficaz entre 4 e 8 semanas com aumento da massa magra, enquanto a suplementação de WP sozinho obteve essa alteração em 8 semanas. Muitos estudos identificaram que a ingestão de suplementos a base de proteínas resultou em ganhos significativamente maiores de força e hipertrofia muscular, sendo sua ingesta antes e ou após o treinamento de resistência, e em relação aos controles de placebo em indivíduos treinados e não treinados. Apesar das hipóteses, depois de concluído os estudos com os dois grupos (maltodextrina e proteína) com o acompanhamento do treinamento resistido, houve hipertrofia e sem diferenças consideráveis. Com a suplementação, ocorre o aumento da creatina corporal, o que facilita a formação maior na quantidade de creatina fosfato, oferecendo um efeito ergogênico em exercícios de alta intensidade, repetitivos de curta duração e de curta recuperação. Estudos individuais que examinaram os efeitos da suplementação de cafeína no desempenho de exercícios de resistência aumentando significativamente o MVC em aproximadamente 4%; entretanto, esse efeito pareceu ser evidente principalmente nos músculos extensores do joelho (+ 7%) e não em grupos musculares menores, como os dorsiflexores. Apesar dos resultados não serem claros, os estudos com BCAA são aplicáveis em humanos, e demonstraram claramente que o exercício de endurance promove a oxidação de BCAA em associação com a ativação do complexo BCKDH sendo a suplementação de BCAA uma estratégia ao melhor desempenho de resistência. DISCUSSÃO: Entende-se que a suplementação do GABA em conjunto com WP apresentou mais resultados devido a sua influência na glândula pituitária que controla a secreção de GH, auxiliando na ansiedade, no controle do sono, também é evidente na síntese proteica, pois a influência do cansaço também impacta de forma negativa a síntese proteica. A suplementação de MIP foi mais eficaz em pessoas mais velhas (>45 anos) comparado com participantes mais jovens. A patologia subjacente da perda muscular progressiva em indivíduos mais velhos é multifatorial e apresenta uma maior resistência anabólica, dessa maneira o estudo com treino resistido prolongado em conjunto com a suplementação de MIP em indivíduos mais velhos são capazes de ganhos significativos e foram análogos a indivíduos mais jovens, tal suplementação pode fornecer nutrição adicional para promoção de respostas anabólicas diante do treino resistido e também por aumentar a ingestão total de energia, podendo auxiliar e atingir as necessidades energéticas de indivíduos mais velhos; e uma estratégia para neutralizar a progressão do declínio desencadeado pela idade na massa muscular força e função física, freando ou retardando o processo de envelhecimento. A creatina armazenada no músculo pode ser um fator para o melhor desempenho no exercício físico. Os primeiros estudos em humanos demonstraram que 3g/dia de DAA (ácido-D-aspártico) aumentaram a testosterona em homens não treinados em 42%, despertando assim grande interesse na suplementação de DAA a fim de aumento de força e massa magra através da síntese proteica; em contrapartida às suposições, em estudos com homens treinados com resistência e suplementação de 3g/dia, não apresentou resultados após 14 ou 30 dias de suplementação e em estudos com dose maior (6g/dia) diminuiu em 12,5% a testosterona basal, após 14 dias. Durante uma MVC, a ativação dos músculos extensores do joelho é geralmente menor quando comparada com outros grupos musculares, como o tibial anterior, podem ser ativados em até 99% do seu máximo durante uma MVC e, portanto, a ativação desses músculos já está próxima ao nível máximo. No entanto, a ativação extensora do joelho é geralmente 85-95% de sua ativação máxima e, assim a ingestão de cafeína para a ativação muscular neste grupo de músculos pode ser aumentada, o que por sua vez pode aumentar o CVM. Bem como a cafeína aumenta a excitabilidade dos neurônios corticais e espinhais, que pode aumentar a ativação muscular por meio de um aumento no recrutamento de unidades motoras. Discute-se se a suplementação em indivíduos seria indicada para grupos específicos e com objetivos diferenciados, pois os resultados não são iguais em todos os grupos. Identificando que a mesma deva ser orientada com um objetivo específico, sendo esse o ganho de massa magra, atingir as necessidades diárias e obter melhor absorção desses nutrientes por sua facilidade diante da alimentação convencional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a suplementação de indivíduos saudáveis com whey combinado a outros suplementos direcionada e acompanhada por profissionais qualificados, dentro de horários pré-definidos pode atingir resultados superiores aos estudos que ofereceram apenas whey sem adição de outro suplemento com o mesmo treinamento e idade dos grupos estudados. Bem como necessita-se ainda de mais estudos que comprovem a eficácia dos suplementos nutricionais, sendo eles combinados ou não com whey. No caso do ácido-d-aspártico sugere-se que pode ser suplementado em indivíduos não treinados, ou em idosos que possivelmente terão melhora nos níveis de testosterona, sendo a suplementação acompanhada de treino de resistência. Também há relatos que a cafeína aumenta a excitabilidade de neurônios corticais e espinhais e apresenta resposta ao efeito ergogenico, enquanto a suplementação de BCAA se mostrou satisfatória na melhora do desempenho no exercício de resistência. 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Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ZUFFO, Priscila Silva Borges; SANTANA, LIDIANI FIGUEIREDO; FERNANDES, Fernanda Torres. EVIDÊNCIAS DA SUPLEMENTAÇÃO COMO ACELERADOR DA HIPERTROFIA EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/362194-EVIDENCIAS-DA-SUPLEMENTACAO-COMO-ACELERADOR-DA-HIPERTROFIA-EM-PRATICANTES-DE-ATIVIDADE-FISICA. Acesso em: 24/04/2025

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