USO DE NOOTRÓPICOS COMO DOPING MENTAL

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

Título do Trabalho
USO DE NOOTRÓPICOS COMO DOPING MENTAL
Autores
  • Felipe Ferreira De Lima
  • ROBERTA BIANCA LOURENCONE LINDENBERG
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Biomedicina
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/362997-uso-de-nootropicos-como-doping-mental
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
Nootrópicos , melhora cognitiva, Smart Drugs ,melhor produtividade mental
Resumo
Introdução: Este artigo de revisão apresenta uma análise sobre a utilização de medicamentos que estimulam uma melhora cognitiva através do uso contínuo. Nootrópicos (também conhecidos como Smart Drugs) são medicamentos indicados para pacientes com alguma deficiência cognitiva ,auxiliando na melhora das ações cerebrais , atenção , memória e raciocínio. Porém, atualmente estão sendo utilizadas por pessoas saudáveis como ‘’drogas da inteligência’’, assim podendo aumentar sua capacidade cognitiva e consequentemente melhorando sua produtividade no trabalho ou estudos. Todavia, os medicamentos que aumentam um tipo de função podem ter um impacto prejudicial sobre outro, ou as pessoas que já funcionam bem podem não ter nenhum benefício, enquanto aquelas com habilidades menos naturais podem experimentar apenas efeitos modestos. Investigações recentes no campo da neurociência levaram para uma melhor compreensão das deficiências cognitivas causadas por processos naturais como envelhecimento, doenças, exposição a neurotoxinas e lesões traumáticas. Nootrópicos, também comumente conhecidos como 'drogas inteligentes' são compostos que são conhecidos ou que se acredita terem a capacidade de melhorar os parâmetros cognitivos, como memória, criatividade, motivação ou atenção. Um número deles fazem isso modulando as atividades do cérebro envolvendo neurotransmissores e neuromoduladores que têm papéis distintos nos processos cognitivos. O termo 'nootrópico' tem sido usado para definir tais substâncias com a capacidade de aumentar o conhecimento. Os produtos farmacêuticos são, em particular, considerados pelo público como potenciadores cognitivos: estimulantes sintéticos como anfetamina, metilfenidato ou modafinil, ou drogas antidemência como inibidores de acetilcolinesterase e memantinas estão no centro do debate público sobre o aprimoramento cognitivo. (ONAOLAPO et al., 2019). Na última década, os tratamentos farmacológicos visaram melhorar essas funções cognitivas, explorando e desenvolvendo compostos conhecidos como drogas estimulantes ou estimulantes cognitivos (CASTALDI et al., 2012). Algumas dessas drogas já estão estabelecidas na prática clínica e usadas como uma opção de terapia para várias doenças cerebrais, incluindo a doença de Alzheimer, Doença de Parkinson e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) (HUSAIN, MEHTA, 2011). Objetivo: O uso de nootrópicos tem como objetivo principal o melhoramento cognitivo de pessoas com capacidades mentais inalteradas com isso , sendo possível comparação como doping mental , entretanto podem ajudar pessoas com distúrbios mentais auxiliando na capacidade de entendimento e concentração daqueles que os utilizam. Materiais e métodos: Durante a pesquisa foi realizada uma Revisão Integrativa da literatura, que é um método que teve como finalidade analisar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de forma sistemática e abrangente, e da síntese de evidências disponível do tema investigado. Sendo chamada de integrativa porque fornece informações mais amplas sobre um assunto ou problema, constituindo, assim, um corpo de conhecimento (MENDES et al., 2010). A busca da literatura foi realizada em bases de dados nacionais e internacionais de acesso eletrônico: Scielo, Google Acadêmico, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A coleta dos dados foi feita através dos critérios de inclusão que envolveu materiais com o tema definido na pergunta-problema: Como os nootrópicos agem como dopping mental em pessoas saudáveis? Foram excluídos artigos que a atividade nootrópica é avaliada nos casos em que a função cognitiva estiver comprometida por tratamento com drogas, envelhecimento, lesões ou anormalidades genéticas. Resultados e discussão: Esse trabalho é uma revisão bibliográfica que discute sobre o uso de medicamentos para uma melhora da capacidade cognitiva humana. O trabalho consiste em uma revisão de artigos científicos publicados entre os anos de 2007 a 2019 que abrangem diferentes respostas acerca do uso desses medicamentos, no entanto ainda não há um consenso sobre os efeitos exatos que podem ocorrer no organismo do paciente, pelo fato das evidências clínicas ainda serem limitadas. A melhora da cognição, o aumento da capacidade mental por substâncias psicoativas e outras intervenções receberam um impulso renovado através do desenvolvimento de princípios inovadores. Mais de 100 medicamentos estão sendo desenvolvidos, testados ou usados para aprimoramento cognitivo. Os inibidores da colinesterase, memantina, dimebon, ampaquinas, fluoxetina e outros antidepressivos, metilfenidato e modafinil são candidatos à espera de uma distribuição maior como potencializadores cognitivos em indivíduos saudáveis, se suas vantagens puderem ser demonstradas (FÖRSTL, 2009). Em um mundo no qual a informação tem se tornado cada vez mais complexa, as demandas por funcionamento cognitivo estão crescendo continuamente. Nos últimos anos, várias estratégias para aumentar a função cerebral foram propostas. As evidências de sua eficácia (ou falta) e efeitos colaterais geraram discussões sobre implicações éticas, sociais e médicas. Existem componentes nutricionais com alguma evidência de efeitos de aprimoramento cognitivo e são flavonoides, por exemplo, no cacau, pó de curry (provavelmente devido à curcumina), ácido fólico ou ácidos graxos ômega-3. Outra intervenção bioquímica diz respeito a drogas que estão sendo usadas forma de recreação e que demonstraram o potencial de melhorar certas funções cognitivas; a nicotina melhora a atenção e a memória e mesmo o álcool, apesar de prejudicar muitas funções cognitivas, pode potencializar outras, como os processos criativos (DRESLER et al., 2019). Embora os medicamentos sejam descritos para melhorar o desempenho e aumentar a vigilância, ainda não se sabe se esses medicamentos promovem o aprendizado útil em situações da vida real. Da mesma forma, os nootrópicos podem ser perigosos e ter efeitos colaterais negativos, como dor de cabeça, diarreia, insônia, fadiga, tremores e náuseas. Além disso, algumas dessas drogas não são legalmente aprovadas e, portanto, seu consumo pode ser considerado trapaça (TALIH; AJALTOUNI, 2015). Por fim, alguns estudos realizados como uso de alguns nootrópicos como amplificador cognitivo em jovens saudáveis, não apresentou resultados concretos a respeito do estudo realizado, como os resultados não mostraram efeito no funcionamento cognitivo. No entanto, pode-se notar que metilfenidato melhorou a sensação de bem-estar com isso a melhora do desempenho cognitivo após a administração aguda de metilfenidato pode ser dependente de variáveis como as características da tarefa e a linha de base dos sujeitos, pois quando administrados em pessoas com QI relativamente mais baixo, foi observada uma melhora operacional (ARIZAGA et al.2013). Conclusão: Com base no que foi estudado, é possível observar certa efetividade de alguns dos nootrópicos citados, entretanto não é possível comprovar o nível de efetividade desses compostos em todos aqueles que os utilizam, nem o nível de melhora cognitiva que eles podem apresentar, pelo fato de haver uma variação de efetividade de pessoa para pessoa. No entanto, é necessário destacar que como eles são medicamento com objetivo de melhorar a capacidade de raciocínio e atenção daqueles que os utilizam podem sim trazer certa uma ‘’vantagem‘’ para as pessoas que as utilizam, tanto como para o dia a dia na realização de simples tarefas ou até mesmo em competições esportivas que até então não são barrados como doping. Sendo assim, é possível concluir que é necessário ainda mais estudos a cerca desses medicamentos, fazendo como quer eles possam auxiliar no aumento da capacidade cognitiva humana, sem nenhum tipo de efeito colateral. Referências Bibliográficas AL-SHARGIE, F. et al. 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Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Felipe Ferreira De; LINDENBERG, ROBERTA BIANCA LOURENCONE. USO DE NOOTRÓPICOS COMO DOPING MENTAL.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/362997-USO-DE-NOOTROPICOS-COMO-DOPING-MENTAL. Acesso em: 29/04/2025

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