A RELEVÂNCIA SOBRE A INTERPRETAÇÃO DA GASOMETRIA ARTERIAL PARA O PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA INTENSIVISTA

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

Título do Trabalho
A RELEVÂNCIA SOBRE A INTERPRETAÇÃO DA GASOMETRIA ARTERIAL PARA O PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA INTENSIVISTA
Autores
  • Bruna Karoline Maia de Almeida
  • Lucas Feliciano Cavalheiro
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Fisioterapia
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/366016-a-relevancia-sobre-a-interpretacao-da-gasometria-arterial-para-o-profissional-fisioterapeuta-intensivista
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
Distúrbios gasométricos, equilíbrio ácido-básico, gasometria arterial, fisioterapia, fisioterapeuta intensivista.
Resumo
INTRODUÇÃO: A gasometria arterial (GSA) é um exame complementar realizado através da coleta de sangue arterial, que visa a análise dos gases (pressão de oxigênio no sangue arterial- paO2, pressão de gás carbônico- paCO2) e dos principais componentes metabólicos do sangue (bicarbonato- HCO3 e Base Excess- Be), além do pH sanguíneo. De grande utilidade para a equipe multiprofissional, a gasometria arterial tem papel essencial para diagnóstico, avaliação terapêutica e tomada de decisões. Para identificar distúrbios do equilíbrio ácido-básico, a interpretação da GSA pode ser realizada através das seguintes etapas: verificação do pH, verificação da PCO2, verificação das bases (bicarbonato) e verificação das diferenças de bases (excesso ou déficit) (Sanderson L., 2012). Em geral, recomenda-se que o sangue arterial seja coletado quando o paciente está sentado, exceto para o paciente em repouso no leito, neste caso o indicado é ao menos dez minutos antes de qualquer punção, e antes de todo ajuste da função e manobra pulmonar (MOTA.L.I, et al 2010). Para interpretarmos a gasometria arterial é de fundamental importância conhecermos os seus parâmetros de normalidade, sendo eles a pressão parcial de oxigênio (PaO2) 80-100 mmHg; pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2) – 35-45 mmHg; o pH fisiológico de 7,35-7,45; a saturação de oxigênio (SaO2) -93,5%-97,5% e o bicarbonato (HCO3) – 22-26 mEq/L. Deste modo determina-se que o PH sanguíneo é discretamente alcalino, pois tem seus valores normais compreendidos entre 7,35 – 7,45 (Sergio, Vencio, et al. 2014). Dadas as atribuições do fisioterapeuta intensivista segundo a resolução COFFITO de Nº 402 determina que o fisioterapeuta pode: Solicitar, realizar e interpretar exames complementares como espirometria e outras provas de função pulmonar, eletromiografia de superfície, entre outros além de prescrever e executar terapêutica cardiorrespiratória e neuro-músculo-esquelética do paciente crítico ou potencialmente crítico; De acordo com CAVALHEIRO L., et al 2021 a gasometria arterial revela dados fisiológicos que norteiam o diagnóstico e a busca pela melhor proposta terapêutica, como prescrição precisa de oxigenoterapia, correção bioquímica e ajustes ventilatórios, por exemplo. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar e descrever a necessidade da correta interpretação da gasometria arterial pelo fisioterapeuta. .METODOLOGIA: Foi realizada uma busca na base de dados Scielo, Lilacs e Pubmed através do Google acadêmico com palavras-chave relacionadas a valores gasométricos, equilíbrio ácido base, verificação do ph, verificação das bases . Foram considerados estudos publicados desde o ano de 2007 a maio de 2020. Os artigos relevantes foram identificados e foram incluídos apenas os estudos publicados na língua portuguesa e inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a aplicação da estratégia de busca, foram selecionados seis estudos para a análise dos resultados. Em relação à interpretação da gasometria arterial deve-se levar em consideração a avaliação do distúrbio metabólico e do distúrbio respiratório, por serem responsáveis pela ativação do mecanismo de compensação (SANDERSON.L., 2012). O distúrbio ácido-básico desencadeia quatro respostas compensatórias compondo-se da alcalose e acidose respiratória; acidose e alcalose metabólica (FURONI R., et al 2010). Segundo SANDERSON L., a alcalose respiratória é a perda de CO2 (e do H2CO3) e é sempre consequência da hiperventilação pulmonar, tanto na sua forma aguda como na crônica. Ela apresenta tonturas, ansiedade, parestesias/dormência perioral, confusão e convulsões como sinais e sintomas de uma alcalose severa (POQUIVIQUI R. 2013). Já a acidose respiratória é acometida pela eliminação insuficiente do dióxido de carbono nos alvéolos pulmonares. Visto que a liberação do dióxido de carbono depende especialmente da ventilação pulmonar, as condições que geram hipoventilação pulmonar, são causas de acidose respiratória (SANDERSON L., 2012). Dentre os sintomas, o paciente com acidose respiratória pode apresentar, estão a dificuldade para respirar, podendo evoluir para apneia. A níveis cardíacos, pode ocorrer taquicardias ou arritmias, confusão mental, desorientação, torpor e alucinações são comuns, sendo suas causas atribuídas ao acúmulo de CO2. A acidose metabólica é um distúrbio definido como um aumento relativo ou absoluto de íons de hidrogênio, juntamente com uma diminuição da concentração do bicarbonato sérico. Essa acidose apresenta sinais e sintomas como respiração de Kussmaul, anorexia, náusea, cefaléia, confusão mental, entre outros (DA SILVA, et al 2020). Já a alcalose metabólica acontece pelo ganho excessivo de bases ou perda excessiva de ácidos. O pH está elevado, há diminuição concentração hidrogeniônica, aumento da concentração de bicarbonato e elevação compensatória da pCO2 em decorrência da hipoventilação, que pode não ocorrer na ausência de oxigênio, estimulando a respiração (Sergio V., et al. 2014). Segundo SMITH e TIMBY, 2005 a alcalose metabólica, pode apresentar: Vômito, anorexia, parestesias periorais, náuseas, confusão mental, espasmos carpopedal, reflexos hipertônicos e tetania. A frequência e o volume respiratórios diminuem num esforço compensatório de produzir mais ácido carbônico para aumentar e restaurar o nível ácido do sangue. Sérias alterações do equilíbrio ácido-básico são eminentemente críticas, principalmente quando se desenvolvem rapidamente. Tais desequilíbrios podem causar diretamente muitas disfunções orgânicas (FURONI R., et al 2010). A homeostasia é fundamental para o corpo humano, é necessário a interpretação correta da GSA para a intervenção fisioterapêutica, pois podemos encontrar oscilações e ou comprometimentos no organismo, que posteriormente, propicie o surgimento de novas doenças (DA SILVA., et al 2020). CONCLUSÃO: Evidencia-se através desta revisão de literatura a necessidade acerca do profissional fisioterapeuta intensivista em estar apto para a correta interpretação da gasometria arterial, sendo que, a interpretação correta permite que o profissional busque a correção do estado fisiológico do paciente, e a interpretação errônea deste exame pode desencadear diversos acometimentos prejudiciais à saúde, inclusive conduzir o paciente ao óbito.REFERÊNCIAS: CAVALHEIRO, . L. F.; PAULIN, F. V. HCO3 E BE: ANÁLISE E IMPORT NCIA FISIOLÓGICA NA GASOMETRIA ARTERIAL. Revista Multidisciplinar em Saúde, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 15, 2021. DOI: 10.51161/rems/670. Disponível em: https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/670. Acesso em: 24 maio. 2021. MOTA, I.L; QUEIROZ, R.S. Distúrbios do equilíbrio ácido básico e gasometria arterial: uma revisão crítica. Revista Digital – Buenos Aires, v. 14, n. 141, Fev 2010. SANDERSON, L.G.D. GASOMETRIA ARTERIAL- ARTIGO DE REVISÃO.2012. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/282426598/Gasometria-pdf. Acesso em: 19 Maio 2021 SERGIO, V.; ROSITA, F.; LUIZA, S.A. Manual de Exames Laboratoriais em Geriatria. Grupo GEN, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-8114-255-5/. Acesso em: 19 Maio 2021 SMITH, Nancy E.; TIMBY, Barbara Kubn. Enfermagem Medico-Cirúrgica. 8.ed. Barueri: Manole, 2005. DA SILVA, Janaina A.; CARVALHO, Osdete Correa.; FILHO, Álvaro Ragadali. EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE E SUA ANÁLISE SANGUÍNEA: GASOMETRIA. Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 14, n. 1, agosto, 2020. ISSN: 2358-0909.
Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALMEIDA, Bruna Karoline Maia de; CAVALHEIRO, Lucas Feliciano. A RELEVÂNCIA SOBRE A INTERPRETAÇÃO DA GASOMETRIA ARTERIAL PARA O PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA INTENSIVISTA.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/366016-A-RELEVANCIA-SOBRE-A-INTERPRETACAO-DA-GASOMETRIA-ARTERIAL-PARA-O-PROFISSIONAL-FISIOTERAPEUTA-INTENSIVISTA. Acesso em: 25/04/2025

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