A NATUREZA DA ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA NAS HABITAÇOES

Publicado em 03/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-522-0

Título do Trabalho
A NATUREZA DA ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA NAS HABITAÇOES
Autores
  • Andreza Cabanhas Vargas
  • Veronica López
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Arquitetura e Urbanismo
Data de Publicação
03/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502561-a-natureza-da-arquitetura-bioclimatica-nas-habitacoes
ISBN
978-85-5722-522-0
Palavras-Chave
Bioclimatologia, habitação, Meio Ambiente
Resumo
(i) Introdução: O conceito de arquitetura bioclimática envolve uma sequência de princípios relacionados à redução de impactos ambientais, conservação de energia e o ganho de conforto ambiental no projeto construído, visando a inserção da arquitetura no clima e o contexto local. É fundamental promover equilíbrio ambiental, urbanístico e tecnológico, que atenda as novas demandas do mercado, onde se considera uma máxima exploração da funcionalidade do ambiente, procurando desenvolver habitações que supram as necessidades físicas, psicológicas e econômicas sociais, adotando mecanismos de incorporação das edificações ao meio ambiente da área explorada e ocupada. Diante deste cenário, o presente estudo compreende no levantamento bibliográfico de autores que tratam sobre a influência da arquitetura bioclimática nas habitações, a fim de compreender estratégias projetuais que buscam o melhor relacionamento do ambiente construído com o meio. (ii) Objetivo: Analisar, estratégicas projetuais da arquitetura bioclimática na inserção de habitações. (iii) Metodologia: A abordagem da pesquisa possui caráter qualitativo, de natureza básica e de procedimento bibliográfico. Para o levantamento das informações, buscas foram realizadas nas plataformas do Google Acadêmico e do Scielo, com foco em pesquisas sobre a bioclimatologia, conforto ambiental e habitações. (iv) Resultados e discussão: Embora esse debate arquitetônico tenha iniciado com forças maiores nos anos de 1970, quando ocorreu o início da conscientização sobre os limites dos recursos energéticos do planeta, em virtude as crises sofridas neste setor como a do petróleo, que adveio do reconhecimento da necessidade da preservação ambiental. Assim, a arquitetura bioclimática que ressurgiu a produzir uma arquitetura devidamente inserida no clima e contexto socioculturais locais, em harmonia com a topografia e o entorno, que se aproveita da arquitetura vernacular que é o uso dos materiais disponíveis e dos recursos naturais da região, é atenta ao conforto térmico, acústico, luminoso e procura reduzir o máximo possível a necessidade de sistemas mecânicos. Corbella e Yannas a definem como uma “Arquitetura preocupada na sua integração com o clima local, visando à habitação centrada sobre o conforto ambiental do ser humano e sua repercussão no planeta.” (CORBELLA; YANNAS, 2003). No conforto habitacional é essencial o enfoque do conforto térmico dos ambientes internos, onde estudos de aplicações de mecanismos estruturais não dependem de mecanismos com alta gasto de uso energéticos para o controle de ambientes internos, que se preocupam com o resfriamento e o aquecimento. O clima é um recurso indispensável no bem-estar e saúde, podendo ser agente limitante para o desempenho de atividades, prejudicando enormemente todo o cotidiano do ser humano, desde as atividades simples como atividades vitais. No Brasil o clima característico é o tropical devido a sua grande área e diversificada de biomas podendo ocorrer diversas oscilações térmicas onde o verão é quente e chuvoso e o inverno, quente e seco, com temperaturas médias acima de 20ºC e amplitude térmica anual de até 7ºC. Após o entendimento do clima segundo Lamberts (2007), para o melhor entendimento entre o usuário e o clima é compreender os efeitos da arquitetura e em sua eficiência energética. Isso pode ser feito através de duas maneiras, a primeira é sistemas de climatização, como ar-condicionado e iluminação artificial, lâmpadas fluorescentes e leds, e a segunda é de forma natural, colocando estratégias de aquecimento, resfriamentos e iluminação natural. Mas esse visão panorâmica do clima do brasil não é o suficiente para estratégias bioclimáticas de projetos em uma determinada região, desta forma para podermos utilizar as condições favoráveis do clima com o objetivo de obter o conforto térmico foi desenvolvido pelo Olgyay, a carta bioclimática de Olgyay, que em 1969 Giovani a concebeu corrigindo algumas limitações do diagrama sobre a carta psicométrica que relaciona a temperatura do ar umidade relativa do ar exterior que pode ser traçada sobre a carta, onde são identificadas as zonas bioclimáticas. Para uma melhor aplicação de estratégias bioclimáticas é necessário uma análise bioclimática do local a partir de dados disponíveis, por meio do Ano Climático de referência (TRY) que possui valores e horários, temperaturas e umidade relativas entre outros, se podem marcar os dados de diversas cidade brasileiras diretamente sobre a carta bioclimática; alcançando quais estratégias mais adequadas para cada período do ano. Segundo Lamberts (2007) a NBR15220-3 estabelece o zoneamento bioclimático brasileiro, subdividido em oito Zonas Bioclimáticas, que define as características principais e das diretrizes construtivas para cada uma destas oito zonas bioclimáticas. A cidade Campo Grande, MS está inserida na zona seis, e tem como principais diretrizes construtivas o uso de aberturas médias sombreadas, paredes pesadas, coberturas leves com isolamento térmico, uso de resfriamento evaporativo, e de ventilação seletiva no verão e uso de vedações internas pesadas no inverno. Em uma Pesquisa realizada sobre a adequação do clima das edificações, dentro dentro do estado de Mato Grosso do Sul Vieira(2002,p.30 e 31), foi constatado que “A Necessidade de sombreamento das paredes, coberturas e principalmente as aberturas, praticamente todo o ano e em todas as regiões, excetuando-se a região sul durante os meses mais frios quando há necessidade de aquecimento passivo, Utilização prioritária da ventilação cruzada como uma das principais estratégias, excetuando-se os períodos em que a temperatura externa é superior a interna (mais comum na região nordeste), e os dias, mas principalmente as noites frias de inverno em quase todas as regiões, Utilização da massa térmica na cobertura e paredes da edificação proporcionando amortecimento e atraso em relação ao calor do ambiente externo, e Utilização do resfriamento evaporativo através da ventilação proveniente de superfícies de água e áreas densamente arborizadas no período quente das estações secas. (v) Considerações Finais: O estudo referencial bibliográfico realizado nessa pesquisa demonstram que só após ocorrer uma crise mundial, as pessoas começaram a se conscientizar, sobre o uso racional dos recursos energéticos do planeta, e foi a partir daí que surgiu a conceito conhecido como arquitetura bioclimática, que observa as condições climáticas e tira proveito disso, para oferecer uma construção termicamente confortável com pouco ou nenhum consumo de energia. Diante desta pesquisa, ressaltamos que as cartas bioclimáticas maximizam o conforto interior de edifícios não condicionados mecanicamente que facilitam as análises das características climáticas de um clima local conhecido sob o ponto de vista do conforto humano. Referências CORBELLA, O.; YANNAS, S. (2003). Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos – conforto ambiental. Rio de Janeiro: Revan. LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. (1997). Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 15220-3 - Desempenho térmico de edificações – parte 3 : Zoneamento Bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas unifamiliares de interesse social . Rio de Janeiro: ABNT, set. 2003 VIEIRA, Gogliardo Maragno. Adequação bioclimática da arquitetura de Mato Grosso do Sul. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 6, n. 3, p. 13-37, 2002.
Título do Evento
3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VARGAS, Andreza Cabanhas; LÓPEZ, Veronica. A NATUREZA DA ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA NAS HABITAÇOES.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502561-A-NATUREZA-DA-ARQUITETURA-BIOCLIMATICA-NAS-HABITACOES. Acesso em: 26/04/2025

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