DESCRIÇÃO DAS VIAS NEUROFISIOLÓGICAS RESPONSÁVEIS PELOS SINTOMAS POSITIVOS DA ESQUIZOFRENIA

Daniel Lima de Almeida Serra; TATIANA FERREIRA ROBAINA

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Trabalho

Título do Trabalho

DESCRIÇÃO DAS VIAS NEUROFISIOLÓGICAS RESPONSÁVEIS PELOS SINTOMAS POSITIVOS DA ESQUIZOFRENIA

Autores

Daniel Lima de Almeida Serra
TATIANA FERREIRA ROBAINA

Modalidade

Resumo expandido

Área temática

Psicologia

Data de Publicação

03/01/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502637-descricao-das-vias-neurofisiologicas-responsaveis-pelos-sintomas-positivos-da-esquizofrenia

ISBN

978-85-5722-522-0

Palavras-Chave

Esquizofrenia, Saúde Mental, Neurofisiologia

Resumo

Descrição das vias neurofisiológicas responsáveis pelos sintomas positivos da esquizofrenia Introdução: Dados da OMS apontam que 0,32% da população mundial sofre com esquizofrenia, atingindo aproximadamente 24 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que há por volta de 2 milhões de pessoas com esquizofrenia, dentre as quais 155 mil foram admitidas em hospitais psiquiátricos entre os anos de 2008 e 2019, por volta de 78 pessoas a cada 100 mil habitantes. As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste são as que apresentam a maior incidência de internações, com cerca de 132, 89 e 79 internações respectivamente. A esquizofrenia traz também fatores de risco, a OMS aponta que as chances de uma pessoa com esquizofrenia morrer por doenças cardiovasculares, metabólicas ou infecciosas são entre duas e três vezes mais altas do que pessoas sem a condição. A esquizofrenia, apesar de não ser comum, provoca um impacto enorme na vida do sujeito acometido. É de extrema importância a conscientização e reconhecimento da doença, pois constitui um distúrbio muito estigmatizado e pode se tornar incapacitante tanto para o indivíduo como para sua esfera social. A esquizofrenia constitui um espectro de doenças, que pode ser classificada como psicose crônica idiopática, e apresenta diversos sintomas que se assemelham e se sobrepõem. O indivíduo com esquizofrenia apresenta dois tipos de sintomas, os positivos (como vivenciar uma percepção distorcida da realidade, delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizado ou catatônico) e os negativos (embotamento afetivo, alogia ou avolição). Sintomas esses que aparecem, na maioria dos casos, primeiramente na adolescência ou no início da vida adulta. As alucinações são sintomas frequentes da esquizofrenia, sendo as auditivas as mais comuns, aparecendo em 50% dos casos, seguido pelas visuais em 15% dos casos e as táteis, em 5% de todos os casos. Outro sintoma muito comum em pessoas acometidas por esquizofrenia é o delírio, que atinge 90% dos indivíduos. A origem da esquizofrenia está associada tanto a fatores genéticos como a fatores ambientais, e ambos os fatores contribuem para o desenvolvimento da doença. Existem várias hipóteses a respeito da formação dos sintomas da esquizofrenia, contudo a mais investigada e aceita é a Hipótese da Hiperfunção Dopaminérgica, que vem sendo estudada desde os anos de 1950. Essa teoria aponta que o principal causador dos sintomas positivos da esquizofrenia, como alucinações, delírios, discursos desorganizados e comportamento desorganizado ou catatônico, é a hiperfunção dopaminérgica, ou seja, uma excessiva carga de dopamina nas vias dopaminérgicas mesolímbica e mesocortical. Os estudos apontam que os psicofármacos antipsicóticos bloqueadores de receptores dopaminérgicos, em especial o D2, são de grande ajuda na inibição dos sintomas positivos da esquizofrenia. O estudo da hipótese da hiperfunção dopaminérgica é a chave para o entendimento do transtorno, e com isso a aplicação melhor de tratamentos para recuperação da pessoa com esquizofrenia. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever as vias neurofisiológicas responsáveis pelo desenvolvimento dos sintomas positivos da esquizofrenia, como delírios e alucinações, destacando a disfunção de vias associadas ao neurotransmissor dopamina, principalmente as vias mesolímbica e mesocortical, que apresentam ação direta no desenvolvimento desses sintomas. Metodologia: A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica acerca do assunto em bases de dados científicos, através de livros e artigos científicos, bem como dados tirados de organizações de saúde como OMS e OPAS, assim como o referencial manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-V). Resultados: A partir de dados coletados na revisão será preparada uma apresentação oral e com slides sobre as vias dopaminérgicas, cujas disfunções estão associadas ao transtorno da esquizofrenia, elucidando as vias desencadeadoras de sintomas positivos, em especial as alucinações. Conclusão: A compreensão do desencadeamento da doença, bem como das possibilidades de tratamento constituem um pilar essencial para que a esquizofrenia deixe de ser um estigma social. O papel do psicólogo é fundamental na divulgação científica, e na distribuição de informações a respeito da doença. Assim é de grande relevância que o psicólogo esteja familiarizado com os achados científicos mais recentes a respeito do transtorno, principalmente em relação as bases neurobiológicas envolvidas na sua psicobiologia. Para além da divulgação, o psicólogo é responsável pela psicoterapia destas pessoas, que tem mostrado resultados eficazes como um recurso terapêutico, aliado ao tratamento farmacológico, dentro da reabilitação e recuperação do indivíduo esquizofrênico. O trabalho da reabilitação de indivíduo é multidisciplinar e conta com inúmeras abordagens educativas, interpessoais e de suporte para recuperar a psique, as relações interpessoais e sociais da pessoa com esquizofrenia. Para tanto, é necessário que o psicólogo saiba distinguir as fases e os sintomas associados ao transtorno. Referências Bíbliográficas: ZANINI, Márcia H. Psicoterapia na esquizofrenia. Revista Brasileira de Psiquiatria, [s. l.], ed. 22, p. 47-79, 21 ago. 2000. DOI https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000500016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/H5qMqCy4KXvDqjxHfLvChQF/?lang=pt. 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Título do Evento: 3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento: Campo Grande
Título dos Anais do Evento: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SERRA, Daniel Lima de Almeida; ROBAINA, TATIANA FERREIRA. DESCRIÇÃO DAS VIAS NEUROFISIOLÓGICAS RESPONSÁVEIS PELOS SINTOMAS POSITIVOS DA ESQUIZOFRENIA.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502637-DESCRICAO-DAS-VIAS-NEUROFISIOLOGICAS-RESPONSAVEIS-PELOS-SINTOMAS-POSITIVOS-DA-ESQUIZOFRENIA. Acesso em: 28/04/2025