A DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA E O SEU DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO

Thaynara Vieira Camargo; Lidiane Borges Vieira; Letícia Nascimento Cespedes; Ketlen Amanda Hahn Fernandes; Débora Teixeira da Cruz

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Trabalho

Título do Trabalho

A DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA E O SEU DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO

Autores

Thaynara Vieira Camargo
Lidiane Borges Vieira
Letícia Nascimento Cespedes
Ketlen Amanda Hahn Fernandes
Débora Teixeira da Cruz

Modalidade

Resumo expandido

Área temática

Radiologia

Data de Publicação

03/01/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502687-a-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-e-o-seu-diagnostico-radiologico

ISBN

978-85-5722-522-0

Palavras-Chave

DPOC. Radiografia. Doença Pulmonar. Tabagismo.

Resumo

Introdução A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é uma doença progressiva grave, está intimamente ligada ao aumento da produção crônica de citocinas pró-inflamatórias. Estas afetam o parênquima pulmonar e desencadeiam as manifestações clínicas típicas da enfermidade, como a dispneia, tosse crônica e a utilização de musculatura acessória, com eventuais episódios de exacerbação (COELHO et al., 2021). Segundo Azambuja et al., (2013), a DPOC está em crescimento exponencial na atualidade. É uma doença evitável e raramente atribuída à deficiência genética. E são vários os fatores responsáveis pela incidência aumentada de casos, como o tabagismo ativo e passivo, a poluição ambiental e ocupacional e a demora de implementação de políticas públicas eficazes para a sua prevenção. Dada à elevada prevalência e gravidade da doença, o diagnóstico precoce e a adequada avaliação das complicações associadas são fundamentais para o estabelecimento da terapêutica apropriada, com consequente melhoria da qualidade de vida dos pacientes (MACHADO et al., 2013). Objetivos: alocar fontes bibliográficas acerca da abordagem geral da DPOC, sua fisiopatologia, quadro clínico/fatores de risco, seu manuseio terapêutico, e especificamente relatar sobre o Diagnóstico radiológico da DPOC abrangendo sua por meio de artigos de ampla relevância clínica, a fim de elucidar e sistematizar as informações que abrangem a doença pulmonar obstrutiva crônica. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, o levantamento das informações realizou-se nas seguintes plataformas de busca: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Portal de Periódicos da Capes e no Google Acadêmico. Para o levantamento dos estudos foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): (1) DPOC; (2) Doença Pulmonar; (3) Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica; (4) Doença Obstrutiva Crônica das Vias Aéreas; (5) Diagnóstico Radiológico; (6) Síndrome de Sobreposição da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e Asma. Incluiu-se artigos, livros, dissertações e teses, em língua portuguesa dos últimos 10 anos (2012 a 2022). E excluídos trabalhos que não se encaixem nos objetivos e problemática proposta. Resultados e Discussão: Uma das principais características da DPOC é o desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. E o diagnóstico da DPOC se baseia em elementos obtidos da história clínica, do exame físico e dos exames complementares. Por exemplo, em 75% dos pacientes com DPOC a tosse ou precede ou aparece simultaneamente com a dispnéia. Os sibilos foram relatados em uma série em 83% dos pacientes com DPOC de moderada a grave e constatado ao exame em 66% destes. A dispnéia é geralmente progressiva com a evolução da doença. Muitas vezes, a dispnéia é percebida pela primeira vez numa crise de exacerbação da doença. Outro elemento importante segundo os autores é o histórico de tabagismo, a principal causa da DPOC, mas não é obrigatório. Os fatores mais comumente associados à DPOC são: tabagismo pregresso ou atual; presença de catarro como sintoma respiratório, oximetria de pulso em repouso e autorrelato de asma (BARBOSA et al., 2017). E segundo Laizo (2019), podem ocorrer ainda doenças associadas ou comorbidades, como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Encefálico (AVE), cancro pulmonar, abortos espontâneos e partos prematuros, além de alterações psicológicas, como ansiedade, depressão e disfunção sexual. Na DPOC, de acordo com Barbosa et al., (2017), ocorre com frequência o subdiagnóstico tendo como consequência direta o não tratamento, aumentando morbidade e riscos de complicações. A radiografia de tórax, um exame de baixo custo, pode apontar dados mais específicos da influência das alterações provenientes da doença na caixa torácica e, consequentemente, na função pulmonar (MARCOS et al., 2012). Como complementa Machado et al., (2013), a avaliação radiológica se faz útil na identificação das principais complicações relacionadas à DPOC, como processos infecciosos, neoplasias, pneumotórax e cor pulmonale (aumento do ventrículo direito secundário à pneumopatia, o qual provoca hipertensão arterial pulmonar, sucedida por insuficiência ventricular direita). À medida que ocorre a progressão da doença, algumas alterações com razoável sensibilidade e baixa especificidade pode ser encontradas na radiografia convencional. A presença de hiperinsuflação pulmonar constitui-se em um desses achados que, apesar de poder estar presente em outras situações, ajuda na suspeição diagnóstica da DPOC. um dos sinais mais evidentes nas radiografias é a hiperinsuflação, alteração decorrente da destruição das fibras elásticas. E a hiperinsuflação leva a alterações na musculatura pulmonar, principalmente para a incursão do diafragma, alterando a disposição da parede torácica. Como explica Hochhegger e Irion (2013), a correlação entre a anatomia patológica e a radiologia no estudo de enfisema deriva do conceito que "o excesso de radiotransparência na radiologia resulta de um aumento do volume de ar em relação à quantidade de tecidos pulmonares e sangue que os feixes de raios X encontram em seu trajeto. Entretanto, como advertem, a tomografia computadorizada (TC) tomou importância na avaliação por imagem da DPOC apresenta importante vantagem em relação aos testes funcionais e aos demais métodos de imagem (HOCHHEGGER; IRION, 2013). E conforme estudo de Machado et al., (2013), há quatro tipos morfológicos do enfisema da DPOC que podem ser diagnosticados peça tomografia computadorizada. A primeira alteração é o Enfisema Bolhoso que é ocasionado pela destruição bolhosa do parênquima, geralmente associa-se a outras formas de enfisema. Considerações Finais: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é progressiva, altamente incapacitante, prejudica a qualidade de vida do portador e ser não for diagnosticada de forma precoce tem altos índices de mortalidade. E sendo o diagnóstico muitas vezes confundido com outras doenças pulmonares, a DPOC acaba muitas vezes sendo subdiagnosticada, causando prejuízos aos pacientes. Dessa forma, é preciso realizar o diagnóstico diferencial, acumular histórico do paciente, exames de imagens, exames clínicos e laboratoriais a fim de deixar mais claro não só o diagnóstico, mas o prognóstico, a fim de ver o nível da doença e o acometimento pulmonar para iniciar uma terapêutica mais adequada a cada paciente. REFERÊNCIAS AZAMBUJA, Renato et al. Panorama da doença pulmonar obstrutiva crônica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. 12, n. 2, 2013. BARBOSA, Ana Teresa Fernandes et al. Fatores associados à doença pulmonar obstrutiva crônica em idosos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, p. 63-73, 2017. COELHO, Arthur Emanuel Campos et al. Abordagem geral da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Médico, v. 1, n. 1, p. e8657-e8657, 2021. HOCHHEGGER, Bruno; IRION, Klaus L. A radiografia de tórax e a DPOC. Radiologia Brasileira, v. 46, p. V-VI, 2013. LAIZO, Artur. Doença pulmonar obstrutiva crónica–Uma revisão. Revista Portuguesa de Pneumologia, v. 15, n. 6, p. 1157-1166, 2019. MACHADO, Dequitier C. et al. Diagnóstico radiológico da DPOC. Pulmão RJ, v. 22, n. 2, p. 45-49, 2013. MARCOS, Leilane et al. Análise da radiografia de tórax de indivíduos com DPOC e sua correlação com os testes funcionais. Fisioterapia em Movimento, v. 25, p. 629-637, 2012.

Título do Evento: 3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento: Campo Grande
Título dos Anais do Evento: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

CAMARGO, Thaynara Vieira et al.. A DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA E O SEU DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502687-A-DOENCA-PULMONAR-OBSTRUTIVA-CRONICA-E-O-SEU-DIAGNOSTICO-RADIOLOGICO. Acesso em: 09/04/2025