AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DO DERIVADO BENZOILTIOURÉIA 1P IN VITRO E IN VIVO NA INFECÇÃO POR TRYPANOSOMA CRUZI

Publicado em 10/02/2025 - ISBN: 978-65-272-1162-4

DOI
10.29327/fisiopat2023.664008  
Título do Trabalho
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DO DERIVADO BENZOILTIOURÉIA 1P IN VITRO E IN VIVO NA INFECÇÃO POR TRYPANOSOMA CRUZI
Autores
  • LUCAS FELIPE DOS SANTOS
  • Raquel Pires Nakama
  • Leonardo Berto Pereira
  • Lucas Sobral de Rossi
  • Mariana de Souza
  • Mateus de Oliveira Rodrigues Viana
  • Ana Paula Canizares Cardoso
  • Aparecida Donizette Malvezi
  • Daniel Gaiotto de Lima
  • Priscila Goes Camargo
  • Mariana Luiza Silva
  • Giovanna Machado Benetti
  • Fabricio Inoue
  • Maria Isabel Lovo Martins Buch Pereira
  • Eliandro Reis Tavares
  • Marcelle de Lima Ferreira Bispo
  • Karina Flaiban
  • Lucy Megumi Yamauchi Lioni
  • Wander Pavanelli
  • Marli Cardoso Martins Pinge
  • Sueli Fumie Yamada Ogatta
  • Phileno Pinge Filho
Modalidade
Resumo
Área temática
Doenças Infecciosas
Data de Publicação
10/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/fisiopat2023/664008-avaliacao-do-potencial-do-derivado-benzoiltioureia-1p-in-vitro-e-in-vivo-na-infeccao-por-trypanosoma-cruzi
ISBN
978-65-272-1162-4
Palavras-Chave
Trypanosoma cruzi, Alternativa terapêutica, Benzoiltiouréia 1p.
Resumo
Introdução: A doença de Chagas (DC), causada pelo Trypanosoma cruzi, representa grandes desafios para a comunidade médica e científica, principalmente devido à limitada eficácia das intervenções terapêuticas existentes. Novas drogas para tratar DC são necessárias. Objetivo: Investigar o derivado benzoiltiouréia 1p (BTU-1p) quanto à sua capacidade tripanocida e quanto à ativação de macrófagos para atividades anti-T. cruzi in vitro. Avaliar em camundongos a toxicidade do BTU-1p, e os efeitos no parasitismo cardíaco em animais infectados. Métodos: In vitro foram utilizados macrófagos derivados da medula óssea de camundongos Balb/c (BMDM) e tripomastigotas de cultura de T. cruzi cepa Y, sendo os tratamentos com BTU-1p (15, 30 e 60 µM) realizados sempre após a infecção e por 48h. Avaliou-se a viabilidade dos BMDM após tratamento com BTU-1p por MTT e o efeito tripanocida do BTU-1p sobre tripomastigotas por resazurina. Em BMDM infectados e tratados com BTU-1p avaliou-se o número de amastigotas intracelulares pela coloração com Giemsa, a cinética de liberação de tripomastigotas em BMDM infectados e tratados até o 8º dia pós-infecção e quantificação de nitrito. In vivo, Balb/c machos foram tratados (v.o.) com BTU-1p (12.5, 25 e 50 mg/kg) durante 30 dias (controles receberam água; DMSO 2% - veículo). Avaliou-se enzimas hepáticas e renais, assim como massa corporal, do fígado e rins. Em camundongos infectados com 500 formas tripomastigotas sanguíneas de T. cruzi (i.p) e tratados (v.o.) com BTU-1p (12.5 mg/kg) e Benzonidazol (BZ - 25 mg/kg) por 15 dias o parasitismo cardíaco foi analisado por qPCR. Análises estatísticas realizadas no GraphPad Prisma, sendo significativo p=0.05. Resultados: As concentrações de BTU não apresentaram toxicidade em BMDM. Em formas tripomastigotas todas as concentrações do BTU-1p reduziram a viabilidade dos parasitos em comparação com o grupo não tratado (NT) (BTU 15 µM=75,50 vs. NT=99,67 p= 0,001; BTU 30 µM=59,50 vs. NT=99,67 p=0,0001; BTU 60 µM=48,42 vs. NT=99,67 p= 0,0001) com uma IC50 de 52,74. Da mesma forma, em BMDM infectados e tratados com BTU-1p houve redução dos amastigotas intracelulares em comparação com o grupo infectado não tratado (I-NT) (BTU 15 µM=72,66% vs I-NT=100% p=0,05; BTU 30 µM=53,39% vs I-NT=100% p= 0,001; BTU 60 µM=47,48% vs I-NT=100% p=0,001). As concentrações de 30 µM e 60 µM reduziram o número de amastigotas de forma mais expressiva em comparação ao grupo tratado com 15 µM (30 µM=53,39 vs 15 µM=72,66 p=0,01; 60 µM 53,39 vs 15 µM=72,66 p=0,001). A concentração de 30 µM reduziu a liberação de tripomastigotas no 6º (p=0,01) e 7º dia (p=0,01) em comparação ao grupo I-NT. A concentração de 60 µM reduziu a liberação de formas tripomastigotas de T. cruzi no 7º dia (p=0,05) em comparação ao grupo I-NT. Curiosamente, o crescimento atenuado do T. cruzi em culturas de BMDMs foi independente do NO (p>0,05). A quantificação de ALT, AST, gama GT, fosfatase alcalina, ureia, massa corporal, do fígado e rins apresentaram resultados negativos para toxicidade. A carga parasitária no tecido cardíaco dos animais tratados com BTU ou BZ foi menor em comparação aos animais I-NT (BTU=17275 vs I-NT=36434 p=0.01; BZ= 14013 vs I-NT=36434 p =0.001). Conclusão: O tratamento com BTU1-p in vitro reduziu a internalização e liberação de formas tripomastigotas em BMDM independente da ativação da clássica via tripanocida dependente de NO, além de atuar diretamente sobre os tripomastigotas. In vivo, o BTU-1p se mostrou promissor por não apresentar toxicidade e por reduzir o parasitismo cardíaco.
Título do Evento
II Congresso de Fisiologia e Patologia
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Fisiologia e Patologia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

SANTOS, LUCAS FELIPE DOS et al.. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DO DERIVADO BENZOILTIOURÉIA 1P IN VITRO E IN VIVO NA INFECÇÃO POR TRYPANOSOMA CRUZI.. In: Anais do Congresso de Fisiologia e Patologia. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Fiocruz, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/fisiopat2023/664008-AVALIACAO-DO-POTENCIAL-DO-DERIVADO-BENZOILTIOUREIA-1P-IN-VITRO-E-IN-VIVO-NA-INFECCAO-POR-TRYPANOSOMA-CRUZI. Acesso em: 24/04/2025

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