O ANTI-HUMANISMO TEÓRICO: UMA LEITURA RENOVADA DO MARXISMO A PARTIR DA OBRA DE LOUIS ALTHUSSER

Publicado em 05/12/2018 - ISSN: 2176-3968

Título do Trabalho
O ANTI-HUMANISMO TEÓRICO: UMA LEITURA RENOVADA DO MARXISMO A PARTIR DA OBRA DE LOUIS ALTHUSSER
Autores
  • Pedro Augusto Jaras Malta
Modalidade
Prorrogado envio de Resumo até dia 09/10/2018
Área temática
Ética e Filosofia Política
Data de Publicação
05/12/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/123336-o-anti-humanismo-teorico--uma-leitura-renovada-do-marxismo-a-partir-da-obra-de-louis-althusser
ISSN
2176-3968
Palavras-Chave
Anti-humanismo; Ideologia; Marxismo.
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo mostrar uma leitura renovada do marxismo, a partir de um anti-humanismo teórico de Althusser, para uma recuperação dos elementos científicos do pensamento marxista. A leitura de Althusser tem como escopo um diagnóstico acerca do pensamento do Jovem Marx marxista, que possui um caráter humanista teórico. Para Althusser o caminho trilhado pelos marxistas que reivindicavam o humanismo teórico, foi em direção ao possível erro por defender o culto da personalidade e darem ênfase ao conceito não somente de homem, mas também o de essência do homem. Althusser, na sua leitura das obras de Marx, elaborou uma de suas teses mais originais e importantes - a da “ruptura epistemológica” -, defendendo em tal tese que a ruptura (o corte) se instaura nos escritos de Marx a partir do texto A ideologia Alemã (1845-46). E é por meio deste corte que o autor faz uma profunda critica ao humanismo teórico. Ora, é por detectar a influência do “humanismo idealista” de Feuerbach nos escritos de 1843-1844 do Jovem Marx e por indicar que o humanismo feuerbachiano representa um “obstáculo epistemológico” para o desenvolvimento do materialismo histórico, que Althusser vê, nesse sentido, a necessidade de uma nova leitura das obras de Marx, defendendo um corte entre Marx ideológico e, portanto, humanista, e Marx materialista, ou seja, científico. Dessa forma, ao invés de propor uma leitura a partir da valorização dos textos de juventude de Marx, Althusser formulou uma nova leitura da obra marxiana, na qual identificou uma “ruptura epistemológica” entre os textos de juventude e os de maturidade. A ruptura que Althusser apresenta, é uma ruptura no âmbito teórico, pois se nos textos de juventude, as análises de Marx são orientadas pela pergunta “O que é o homem?” e, com isso, ganham relevância noções como alienação, ser genérico, essência humana, emancipação humana; os textos de maturidade passam a ser condicionados por uma nova questão “O que é história?”, advindo daí a formulação de novos conceitos, tais como: modo de produção, forças produtivas, relações de produção, luta de classes e revolução social, o que caracterizaria a teoria materialista histórico dialético de Marx. No ponto de vista do autor francês, é necessário realizar a crítica à “ideologia burguesa” que constitui o “homem” como sujeito da história – “ideologia” presente ainda nos escritos do Jovem Marx –, de modo a livrar-nos do “fetichismo do homem”. Assim, Althusser se afasta da interpretação mistificadora do “homem” como sujeito da história, substituindo a abstração formal do “fazer histórico” indexado ao sujeito pela afirmação da luta de classes. Eliminando, então, a ideologia humanista (burguesa) que influenciara os primeiros trabalhos de Marx, nos dá a possibilidade de compreender que a história não possui exatamente um sujeito, ou sujeitos, mas um “motor”: a luta de classes e o movimento de massas que ela põe em marcha em direção a uma revolução. Portanto, Althussser se esforça por estabelecer, contra o humanismo, contra a antropologia filosófica, um corte profundo entre um “primeiro” e um “segundo” Marx, de modo a confirmar o advento da ciência revolucionária do marxismo como sendo fruto de uma ruptura com a abstração ideológica do humanismo burguês. Dessa forma, Althusser compreende o “humanismo” como “obstáculo epistemológico” na verdadeira compreensão da estrutura de classes e, portanto, da própria ciência do marxismo, ou seja, para o desenvolvimento do materialismo histórico.
Título do Evento
Congresso Humanitas | Filosofia
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
XVI Congresso de Filosofia Contemporânea da PUCPR: O Futuro das Humanidades
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MALTA, Pedro Augusto Jaras. O ANTI-HUMANISMO TEÓRICO: UMA LEITURA RENOVADA DO MARXISMO A PARTIR DA OBRA DE LOUIS ALTHUSSER.. In: XVI CONGRESSO DE FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA DA PUCPR - O FUTURO DAS HUMANIDADES. Anais...Curitiba(PR) pucpr, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/123336-O-ANTI-HUMANISMO-TEORICO--UMA-LEITURA-RENOVADA-DO-MARXISMO-A-PARTIR-DA-OBRA-DE-LOUIS-ALTHUSSER. Acesso em: 28/04/2025

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