A TERNURA COMO FACILITADORA NO DIÁLOGO INTERPESSOAL NOS CUIDADOS PALIATIVOS

Publicado em 05/02/2019 - ISBN: 978-85-5722-185-7

Título do Trabalho
A TERNURA COMO FACILITADORA NO DIÁLOGO INTERPESSOAL NOS CUIDADOS PALIATIVOS
Autores
  • Luis Fretto
  • Waldir Souza
Modalidade
PRORROGADO ENVIO DE RESUMOS ATÉ DIA 09/10
Área temática
Temas de Bioética, Humanização e Cuidados em Saúde
Data de Publicação
05/02/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucprteo/117027-a-ternura-como-facilitadora-no-dialogo-interpessoal-nos-cuidados-paliativos
ISBN
978-85-5722-185-7
Palavras-Chave
Ternura. Diálogo. Cuidados Paliativos
Resumo
A contemporaneidade é marcada por incertezas, relativismos, subjetivismos e fundamentalismos. As ciências humanas, assim como a filosofia e a teologia, veem utilizando cada vez mais os aportes da bioética como suporte de reflexão para compreender o ser humano em sua integridade. Este estudo objetiva refletir a ternura como componente facilitador do diálogo interpessoal nos cuidados paliativos. Nesse contexto a ternura será discutida, a partir de Rocchetta (2002), que apresenta a teologia da ternura como base para a “antropologia da ternura”. No primeiro capítulo de sua obra, enfatiza que a teologia enquanto ciência também se ocupa com o estudo da dignidade humana. Assim, a antropologia da ternura compreende a dimensão da flexibilidade, da permeabilidade, da abertura e da afabilidade que constitui o ser humano. Desta forma, o cuidado enquanto fato certo, indiscutível e indispensável para a vida na obra da filosofia do cuidado, apresentado por Mortari (2018), retoma os conceitos essenciais sobre a temática, sendo a condição é essencial para toda a humanidade. Diante dessa perspectiva da teologia da ternura proposta por Rocchetta (2002), é possível aliar o diálogo interpessoal aos cuidados paliativos proposto por (WHO, 2002). Os cuidados paliativos enfatizam a melhora da qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias, as quais enfrentam problemas associados as doenças que ameaçam a vida, procuram através da prevenção o alívio do sofrimento por meio da identificação precoce e avaliação da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Portanto, o diálogo entre essas ciências possibilita auxiliar nos cuidados paliativos que prima pela ternura, afeto como facilitador da qualidade de vida, da liberdade e da dignidade dos pacientes que passam pelo processo de paliação. A metodologia adotada está baseada no levantamento bibliográfico na biblioteca virtual (BVC) e em duas obras: a filosofia do cuidado de Mortari (2018) e a teologia da ternura de Rocchetta (2002). A ternura em sua expressão mais simples, muitas vezes é considerada como piedade, prazer ou sofrimento transformado em felicidade. Entretanto, a ternura pertence a essência humana e é o que nos torna humanizados. Portanto, a ternura faz parte da essência da pessoa humana e não pode ser caracterizada como sentimentalismo ou a fraqueza. A ternura tem representa maturidade, vigor interior, capacidade de ofertar e receber amor. Essa afeição é reveladora de afeto compartilhado de respeito e de uma linguagem simples e precisa que pode auxília de forma segura o diálogo interpessoal nos cuidados paliativos. Sendo, assim a ternura é uma atitude facilitadora nos cuidados paliativos, no processo de cuidar e de transformar em arte a técnica, através dos componentes da intuição e da sensibilidade. Portanto, a ternura é a seiva do amor para guardar, fortalecer, dar sustentabilidade ao amor é preciso ser terno para com o próximo, diante de suas reais situações nas quais os pacientes passam por experiências de tratamento longo e muitas vezes uma progressiva evolução da doença. Considerando esse espaço de cuidados a teologia da ternura se apresenta como uma ferramenta de diálogo que auxilia positivamente no acompanhamento dos pacientes. Através desse ato assumido diante da manifestação da pessoa humana cabe ao cuidador propiciar um espaço de abertura a fim de que a pessoa possa fazer uma experiência consigo mesma e com a sua dimensão espiritual. Assim, a ternura basilar do conteúdo humano, apresenta a dimensão espiritual e a graça em unidade e compreensão integral na perspectiva cristã. Este é um valor que pode renovar a humanidade e o mundo, através dos instrumentos humanos que estão representados pela força da humildade, amor consciente, ativo, criativo que se transforma em vivência histórica da solidariedade e da gratuidade. MORTARI, Lugina. Filosofia do cuidado. Trad. Junior, Dilson Daldoce. São Paulo: Editora Paulus, 2018. ROCCHETTA, Carlo. Teologia da Ternura: “um evangelho a descobrir”. São Pulo: Editora Paulus, 2002, p.258. Revista Encontros teológicos nº38 ano 19, número 3, 2004. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO. OMS. Definition of Palliative Care. Geneva, 2002. Disponível em <http://www.who.int/cancer/palliative/en/> Acesso em setembro 2018.
Título do Evento
Congresso Humanitas | Teologia
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
I Congresso Humanitas: I Congresso Internacional do PPGT e XIII Congresso de Teologia PUCPR
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FRETTO, Luis; SOUZA, Waldir. A TERNURA COMO FACILITADORA NO DIÁLOGO INTERPESSOAL NOS CUIDADOS PALIATIVOS.. In: I Congresso Humanitas: I Congresso Internacional do PPGT e XIII Congresso de Teologia PUCPR. Anais...Curitiba(PR) PUCPR, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucprteo/117027-A-TERNURA-COMO-FACILITADORA-NO-DIALOGO-INTERPESSOAL-NOS-CUIDADOS-PALIATIVOS. Acesso em: 25/04/2025

Trabalho

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