ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À TERAPIA ANTICOAGULANTE ORAL

Paula Mylena Paiva De Souza; Robert Wilson Da Silva Tostes; Sabrina Aparecida De Andrade; Weslley da Silva de Paiva; Clareliz Diógenes Santos; Laryssa Costa Huguenin França; Gabriela Fernandes de Paiva Oliveira; Maria Fernanda Lamim Fuhrmann; Breno Nogueira Silva; Pamela Gerheim

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Trabalho

Título do Trabalho

ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À TERAPIA ANTICOAGULANTE ORAL

Autores

Paula Mylena Paiva De Souza
Robert Wilson Da Silva Tostes
Sabrina Aparecida De Andrade
Weslley da Silva de Paiva
Clareliz Diógenes Santos
Laryssa Costa Huguenin França
Gabriela Fernandes de Paiva Oliveira
Maria Fernanda Lamim Fuhrmann
Breno Nogueira Silva
Pamela Gerheim

Modalidade

Revisão de literatura

Área temática

Cirurgia Traumatologia e Bucomaxilofacial

Data de Publicação

03/12/2020

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iclaio2020/290604-atendimento-odontologico-de-pacientes-submetidos-a-terapia-anticoagulante-oral

ISBN

978-65-5941-035-4

Palavras-Chave

Anticoagulantes Orais; Cirurgião-Dentista; Hemorragia.

Resumo

Introdução: A terapia com anticoagulantes tem sido empregada para redução dos distúrbios tromboembólicos. No entanto, pacientes que fazem o uso destes medicamentos possuem mais chances de sangramento durante tratamentos invasivos. Assim, os cirurgiões-dentistas (CDs) devem estar atentos à utilização desses medicamentos pelo paciente uma vez que podem impactar na conduta odontológica. Objetivo: Revisar a literatura e discutir as implicações da terapia anticoagulante sistêmica no atendimento odontológico. Metodologia: Esta revisão foi construída através de buscas em livros na área de farmacologia e cirurgia e de artigos científicos no PubMed, SCIELO e BBO. Resultados: Os pacientes devem ser submetidos à cuidadosa anamnese, incluindo avaliação completa da sua condição sistêmica, dos fármacos e doses utilizados, monitoramento do nível de coagulação por exames laboratoriais e classificação do trauma e da extensão do procedimento odontológico a ser realizado.Durante o exame clínico devem-se investigar sinais relacionados à hemorragia, como sangramento gengival, petéquias e equimoses na cavidade bucal. A avaliação laboratorial da hemostasia deve incluir o hemograma com contagem de plaquetas,Tempo de Protrombina (TP), tempo de tromboplastinaparcialativado (TTP),Tempo de Sangramento (TS) e, para os fármacos cumarínicos, a análise da Razão Normalizada Internacional (RNI). Para os autores pesquisados, é seguro realizar procedimentos odontológicos clínicos e cirúrgicos com baixo risco de hemorragia sem interrupção do anticoagulante, devendo ser utilizadas medidas hemostáticas locais. No entanto, não é consensual o valor máximo do RNI para realizar procedimentos cirúrgicos, sendo que alguns autores consideram seguro o valor de RNI menor ou igual a 3. É fundamental o contato do CD com o médico prescritor durante o planejamento dos procedimentos odontológicos de médio e grande risco de sangramento em pacientes que apresentam risco aumentado de hemorragia após avaliação clínica e laboratorial. Nessas situações, alguns autores apontam para a necessidade de suspensão e/ou substituição do medicamento anticoagulante em tempo variável a depender do fármaco em uso, com posterior reintrodução após 24 a 48h. Entretanto, durante a tomada dessa decisão, deve-se considerar a possibilidade de ocorrência de eventos tromboembólicos e caso os riscos superem os benefícios, o procedimento odontológico deve ser realizado em ambiente hospitalar, podendo fazer uso de heparinização por curto período. Em todos os trabalhos avaliados, destaca-se a importância de manter as medidas locais de hemostasia através de métodos não farmacológicos somados ou não a métodos farmacológicos, como compressão, crioterapia, uso de esponja de fibrina e agente antifibrinolítico. Caso seja necessária a prescrição de fármacos, o CD também deve fazer a opção por medicamentos com menor possibilidade de interações capazes de aumentar o risco hemorrágico. Conclusão: O atendimento odontológico a pacientes anticoagulados apresenta um grande desafio para o CD, devendo ser realizada minuciosa anamnese e avaliação clínica e laboratorial para o planejamento do procedimento. O plano de cuidados deve ser individualizado e envolver o monitoramento intenso durante e após a realização dos procedimentos odontológicos.

Título do Evento: I Congresso da Liga Acadêmica de Introdução à Odontologia
Título dos Anais do Evento: Anais do I Congresso da Liga Acadêmica de Introdução a Odontologia
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SOUZA, Paula Mylena Paiva De et al.. ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À TERAPIA ANTICOAGULANTE ORAL.. In: Anais do I Congresso da Liga Acadêmica de Introdução a Odontologia. Anais...Recife(PE) UFPE, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ICLAIO2020/290604-ATENDIMENTO-ODONTOLOGICO-DE-PACIENTES-SUBMETIDOS-A-TERAPIA-ANTICOAGULANTE-ORAL. Acesso em: 28/04/2025