HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO: UM RELATO SOBRE HIPERTENSÃO REFRATÁRIA

Gustavo Monteiro Bezerra; Gabriel Viana Figueiredo; Felipe Vinícius Capuchinho Custódio; Larissa Paes Toledo; Rafaela Santana Rezende de Oliveira; Marcela Cristyane de Araujo; Vanessa Gomes Brandao Rodrigues

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Trabalho

Título do Trabalho

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO: UM RELATO SOBRE HIPERTENSÃO REFRATÁRIA

Autores

Gustavo Monteiro Bezerra
Gabriel Viana Figueiredo
Felipe Vinícius Capuchinho Custódio
Larissa Paes Toledo
Rafaela Santana Rezende de Oliveira
Marcela Cristyane de Araujo
Vanessa Gomes Brandao Rodrigues

Modalidade

Fórum de Projetos

Área temática

Medicina

Data de Publicação

22/11/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iiconcis/720728-hiperaldosteronismo-primario--um-relato-sobre-hipertensao-refrataria

ISBN

978-65-272-0013-0

Palavras-Chave

Hiperaldosteronismo, Hipertensão Refratária, Relato de caso, Sistema Renina-Angiotensina, Antagonistas de Receptores de Mineralocorticoides

Resumo

O hiperaldosteronismo primário é uma desordem endocrinológica em que há síntese exagerada de aldosterona no córtex supra-renal, independente do sistema renina-angiotensina. Dentre as causas, destaca-se o adenoma do córtex adrenal, um tumor benigno, geralmente unilateral, oligo ou assintomático e que leva à produção excessiva de aldosterona. Essa hipersecreção de aldosterona, uma das causas de hipertensão secundária, é responsável por cerca de 5 a 20% dos quadros de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e deve ser investigada em todo paciente com HAS e hipocalemia espontânea, hipocalemia grave com doses moderadas de diuréticos ou HAS refratária ao tratamento. A partir disso, tem-se o caso de uma mulher, de 40 anos, que comparece à consulta ambulatorial com HAS não controlada, em uso de 05 classes de anti-hipertensivos, além de noctúria e ortopneia. Trazia exames com elevação de aldosterona (74 ng/dL), microalbuminúria (100 mcg/mg) e potássio sérico diminuído (2,4 mEq/L). Ao exame físico: PA decúbito 210/100 mmHg, PA sentada 200/100 mmHg e edema de membros inferiores 2+/4+. Diante disso, optou-se por aumentar a dose da espironolactona (200 mg/dia), do cloreto de potássio (600 mg/dia) e solicitar Tomografia Computadorizada (TC) de abdome com contraste. A TC mostrou formação hipodensa de contornos regulares, na perna lateral da adrenal esquerda, indicativa de adenoma. Dessa forma, suspeitou-se de hiperaldosteronismo primário por adenoma de supra-renal, e a paciente foi encaminhada ao endocrinologista. O Hiperaldosteronismo Primário é uma doença de difícil diagnóstico por ser oligossintomática e manifestar-se majoritariamente como HAS, tendo muitos diagnósticos tardios, como no caso. A suspeita se dá principalmente por hipocalemia e HAS refratária, sendo corroboradas por investigação de elevados níveis séricos de aldosterona. Para diagnóstico, é mandatória a relação aldosterona/atividade de renina ser maior que 30 e aldosterona maior que 15 ng/dl. Clinicamente, apesar da aldosterona estar muito elevada (74,2 ng/dl), o que aumenta a reabsorção de água para a circulação sanguínea, observa-se edema moderado (++/++++), justificado pela ação de mecanismos compensatórios à hipervolemia, como o aumento da secreção do peptídeo natriurético cerebral pelo miocárdio. Quanto à propedêutica, preconiza-se a investigação etiológica, feita no caso por meio da TC. Com relação à medicação, a espironolactona é um antagonista mineralocorticoide utilizada para bloquear a aldosterona, enquanto o cloreto de potássio é utilizado para tratar a hipocalemia. Ambos não são curativos, uma vez que somente a adrenalectomia unilateral traz a remissão total da doença e dos sintomas, assim como previne o desenvolvimento de uma displasia no córtex da suprarrenal. Assim, o hiperaldosteronismo primário é uma doença endocrinológica, incomum, que se confunde com HAS primária e tem difícil diagnóstico. Contudo, quando investigado, pode ter tratamento e cura de acordo com sua etiologia.

Título do Evento: II Congresso de Ciências da Saúde da UFVJM
Cidade do Evento: Diamantina
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso de Ciências da Saúde da UFVJM
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BEZERRA, Gustavo Monteiro et al.. HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO: UM RELATO SOBRE HIPERTENSÃO REFRATÁRIA.. In: Anais do Congresso de Ciências da Saúde da UFVJM. Anais...Diamantina(MG) UFVJM, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IIConCiS/720728-HIPERALDOSTERONISMO-PRIMARIO--UM-RELATO-SOBRE-HIPERTENSAO-REFRATARIA. Acesso em: 25/04/2025