DISPARIDADE NO ACESSO AOS CUIDADOS GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS EM PACIENTES COM ECL MPSIA E PRÉ ECL MPSIA NO BRASIL

Isadora Finger Mascarello; Kawanna Izabella Buzzo Feitosa; Camille Antunes de Oliveira; Cecília Azim Nogueira; Ana Julia SIMAS Macedo Gaio; Julia Agibert Rohnelt; Richam Hajar; Stephanie Cardoso Helfer; Leticia Allievi Figueira; Felipe Takayuki Ida Nakatani

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Trabalho

Título do Trabalho

DISPARIDADE NO ACESSO AOS CUIDADOS GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS EM PACIENTES COM ECL MPSIA E PRÉ ECL MPSIA NO BRASIL

Autores

Isadora Finger Mascarello
Kawanna Izabella Buzzo Feitosa
Camille Antunes de Oliveira
Cecília Azim Nogueira
Ana Julia SIMAS Macedo Gaio
Julia Agibert Rohnelt
Richam Hajar
Stephanie Cardoso Helfer
Leticia Allievi Figueira
Felipe Takayuki Ida Nakatani

Modalidade

Resumo expandido

Área temática

Categoria 3: Artigo original/relato de caso - aberto para todos os ciclos

Data de Publicação

09/12/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iv-congresso-academico-de-medicina-da-universidade-positivo-iv-camup-448428/889654-disparidade-no-acesso-aos-cuidados-ginecologicos-e-obstetricos-em-pacientes-com-ecl-mpsia-e-pre-ecl-mpsia-no-bras

ISBN

978-65-272-1035-1

Palavras-Chave

Pré-eclâmpsia, eclampsia, obstetrícia.

Resumo

INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia (PE) é uma patologia exclusiva da gestação, definida por hipertensão arterial associada a proteinúria e/ou lesão de órgão-alvo em gestantes sem hipertensão prévia, que surge após 20 semanas de gestação. A eclâmpsia é uma complicação grave da PE, em que a gestante desenvolve convulsões generalizadas e coma. A PE afeta até 5% das gestantes globalmente e é uma das principais causas de morte materna e perinatal, sendo mais prevalente em países subdesenvolvidos. OBJETIVOS: Analisar a prevalência de PE e eclâmpsia nas diferentes unidades federativas (UF) do Brasil, correlacionando-a com a população de médicos especializados em Ginecologia e Obstetrícia (GO) em cada estado, conforme a Demografia Médica no Brasil de 2023, para verificar possíveis disparidades na distribuição geográfica desses profissionais. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo que utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS da Plataforma de Ciência de Dados Aplicada à Saúde (PCDaS) sobre internamentos por hipertensão gestacional com proteinúria significativa (CID O14) - subdividida em PE grave, moderada e não especificada - e eclâmpsia (CID O15), segmentados por UF. Foram analisados, ainda, dados do estudo Demografia Médica no Brasil de 2023, referentes à população de ginecologistas-obstetras em cada estado. RESULTADOS: Segundo a Demografia Médica, em 2022, o Brasil tinha 37.327 médicos especialistas em GO, sendo que os estados com maior número foram São Paulo (SP), com 10.537, Minas Gerais (MG), com 4.083, e Rio de Janeiro (RJ), com 3.346 médicos. Os estados com a maior relação de força de trabalho cirúrgica (FTC) de GO para cada 100.000 habitantes em 2022 foram Distrito Federal (43 médicos), Paraíba (23 médicos) e SP (22,6 médicos). Os dados da PCDaS registraram 838.827 internamentos por PE e eclâmpsia no Brasil de janeiro de 2008 a janeiro de 2024. Os estados com maior taxa de PE em relação ao total de internamentos por condições relacionadas a gravidez e puerpério foram Ceará (4,46%), Piauí (4,15%) e Rio Grande do Norte (3,92%), enquanto que as maiores taxas de eclâmpsia foram na Paraíba (0,94%), Maranhão (0,46%) e Rio Grande do Sul (0,40%). Pernambuco apresentou a maior taxa de PE grave (76,38%), seguido de Acre (76,32%) e Piauí (74,65%). Percebe-se maior prevalência destas patologias na região Nordeste do país, onde também se verificou maior gravidade dos quadros. CONCLUSÃO: A Demografia Médica de 2023 revela uma concentração significativa de ginecologistas e obstetras em SP, MG e RJ, com SP liderando em números absolutos e densidade de profissionais por habitante. Apesar de o Ceará ter apresentado o maior índice de PE e Pernambuco, o de PE grave, tais estados possuem menos especialistas em comparação. Concluímos a necessidade de políticas direcionadas para uma distribuição mais equitativa destes profissionais, especialmente em estados com alta incidência de hipertensão gestacional. Ainda, é crucial investir em infraestrutura e acesso aos serviços de saúde em áreas com altas taxas de atendimento dessas condições, garantindo um cuidado materno adequado e reduzindo a morbimortalidade associada.

Título do Evento: IV Congresso Acadêmico de Medicina da Universidade Positivo (IV CAMUP)
Cidade do Evento: Curitiba
Título dos Anais do Evento: Anais do congresso acadêmico de medicina da Universidade Positivo
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MASCARELLO, Isadora Finger et al.. DISPARIDADE NO ACESSO AOS CUIDADOS GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS EM PACIENTES COM ECL MPSIA E PRÉ ECL MPSIA NO BRASIL.. In: Anais do congresso acadêmico de medicina da Universidade Positivo. Anais...Curitiba(PR) UP, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iv-congresso-academico-de-medicina-da-universidade-positivo-iv-camup-448428/889654-DISPARIDADE-NO-ACESSO-AOS-CUIDADOS-GINECOLOGICOS-E-OBSTETRICOS-EM-PACIENTES-COM-ECL-MPSIA-E-PRE-ECL-MPSIA-NO-BRAS. Acesso em: 26/04/2025