A IMPORTÂNCIA DO BRICS E O PAPEL DO BRASIL NO SISTEMA INTERNACIONAL: RESISTÊNCIA À HEGEMONIA DO NORTE GLOBAL

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
A IMPORTÂNCIA DO BRICS E O PAPEL DO BRASIL NO SISTEMA INTERNACIONAL: RESISTÊNCIA À HEGEMONIA DO NORTE GLOBAL
Autores
  • ALECIA VIEIRA CAIXETA
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 5: Integração Regional, Regionalismo e Novos Espaços de Cooperação e Conflito Internacional
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/662006-a-importancia-do-brics-e-o-papel-do-brasil-no-sistema-internacional--resistencia-a-hegemonia-do-norte-global
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
BRICS, POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA, GEOPOLÍTICA
Resumo
A temática da regionalização do espaço mundial é bastante estudada em áreas do conhecimento como as relações internacionais e a economia. No entanto, outras disciplinas também concederam trabalhos a esta temática, mesmo que mesmo numerosos. Este é o caso de ciências como a Sociologia, a História e a Geografia (em especial a Geografia Política). Em análises geográficas acerca do sistema internacional, autores como Martin (2019) explicam que a partir da dissolução da União Soviética, em 1991, o discurso neoliberal tem propagado a tese de que o século XXI, seria marcado por uma integração econômica de todos os países do planeta. Este cenário sem efeito garantiria a pacificação da sociedade internacional. Todavia, passadas três décadas o livre comércio produziu uma estrutura hierarquizada na sociedade internacional e aprofundou o fosso que separa os países do Sul global (pobres exportadores de produtos primários) e do Norte global (ricos e industrializados). Como resposta a um sistema internacional marcado por uma extrema desigualdade, países de tamanho continental, não pertencentes ao centro do sistema, que possuíam enormes populações, passaram a reivindicar uma ordem global multipolar, equitativa e democrática, mesmo que não tenham definido com precisão esta premissa. Tais países não participam de instituições como a OCDE, não estão integrados em áreas de livre comércio com países ricos e não possuem moedas plenamente conversíveis (como são o dólar, o euro e a libra). Assim, a partir de 2006, agrupados em uma aliança semi informal (Brasil, Rússia, Índia e China), países emergentes com sociedades onde o processo de industrialização já existem passa a figurar, nas últimas décadas, como importantes atores do sistema internacional. Formaram o BRIC. A África do Sul entraria apenas em 2011, quando o bloco passa a se chamar BRICS. As origens do acrônimo BRICS remontam ao ano de 2001, quando o economista Jim O´Neill, chefe do Banco Goldman Sachs (um dos maiores bancos de investimento do mundo), no relatório intitulado “Building Better Global Economic BRIC” defendeu a ideia de que estes países iriam crescer e sua participação no PIB mundial se tornaria cada vez mais expressiva, fazendo com que eles se tornassem espaços propícios ao investimento estrangeiro. No caso brasileiro, a importância do BRICS está relacionada ao próprio objetivo do grupo, que é a cooperação mútua para que, juntos, seus membros possam avançar no desenvolvimento socioeconômico de seus territórios e garantir o crescimento de suas economias. Para Veiga e Rios (2010), a participação brasileira no BRICS está relacionada à busca por maior protagonismo na cena internacional e à redistribuição de poder econômico e político na esfera global. Por meio do BRICS, o Brasil abre possibilidades de ampliação de seus mercados junto aos demais integrantes. Algo que já tem sido comprovado, pois China, Índia e Rússia estão entre os dez maiores parceiros comerciais brasileiros. Além disso, a China figura entre as principais fontes de investimento estrangeiro direto no Brasil, com destaque para os setores de energia, mineração, siderurgia, agronegócio, telecomunicações, automóveis, máquinas, serviços bancários e infraestrutura. Os chineses, sozinhos, já compram 25% de tudo o que o Brasil exporta. Por sua vez, a Rússia fornece mais de 25% dos fertilizantes usados na agricultura brasileira. Não obstante a importância dos membros do BRICS para a economia do Brasil, a grande mídia nacional, controlada por uma elite (os 1% mais ricos do país) alinhada aos interesses da elite do Norte global (capitaneada pela elite estadunidense) reproduz a narrativa maniqueísta e fantasiosa difundida pela chamada mídia ocidental, que frequentemente demoniza países e líderes que não estão alinhados aos interesses dos bancos, petrolíferas e multinacionais dos EUA e seus aliados (SOUZA, 2022). Caso da Rússia e da China, no presente. Corroborado este entendimento, Esperidião (2011) destaca que a imprensa ocidental é caracterizada pelo protagonismo de um reduzido grupo de agentes midiáticos. Associated Press (EUA), Reuters (Reino Unido), Agence France-Presse (França) e EFE (Espanha) controlam entre 70% e 90% das notícias distribuídas aos veículos de comunicação de todo planeta e com jornalistas em praticamente todos os países do mundo, produzem um conteúdo que é replicado por outros veículos de comunicação em nível global. Por fim no tocante a metodologia, o presente trabalho configura uma pesquisa quantitativa, básica, de cunho exploratório, pautado em análise bibliográfica, sob a ótica da Geografia Política.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CAIXETA, ALECIA VIEIRA. A IMPORTÂNCIA DO BRICS E O PAPEL DO BRASIL NO SISTEMA INTERNACIONAL: RESISTÊNCIA À HEGEMONIA DO NORTE GLOBAL.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/662006-A-IMPORTANCIA-DO-BRICS-E-O-PAPEL-DO-BRASIL-NO-SISTEMA-INTERNACIONAL--RESISTENCIA-A-HEGEMONIA-DO-NORTE-GLOBAL. Acesso em: 25/04/2025

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