DESAFIOS NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: RELATO DE CASO

Publicado em 16/12/2021 - ISBN: 978-65-5941-477-2

Título do Trabalho
DESAFIOS NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: RELATO DE CASO
Autores
  • João Paulo Oliveira Rezende Lopes De Almeida
  • Karina Lacerda da Silva
  • Livia Gonzaga Chaves
  • Michele Lucas Barbosa
  • Tamara Cristina Moreira Lopes
  • Jennifer Ottino
Modalidade
Relato de Caso
Área temática
Doenças Parasitárias
Data de Publicação
16/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivjavetunipaclafaiete/424935-desafios-no-tratamento-da-leishmaniose-visceral-canina--relato-de-caso
ISBN
978-65-5941-477-2
Palavras-Chave
cão, zoonose, leishmaniose, transmissão, tratamento.
Resumo
ALMEIDA, João Lopes Oliveira Rezende Lopes de¹*; SILVA, Karina Lacerda da¹; CHAVES, Gonzaga Lívia¹; BARBOSA, Lucas Michele¹; OTTINO, Jennifer²; LOPES, Tamara Cristina Moreira² ¹Graduando em Medicina Veterinária, UNIPAC – Conselheiro Lafaiete, MG ²Professora do curso de Medicina Veterinária, UNIPAC – Conselheiro Lafaiete, MG. *joaopaulo.rla.vet@gmail.com Introdução: A LVC possui distribuição mundial e cosmopolita sendo o cão o principal reservatório urbano. Alterações cutâneas, oculares e musculoesqueléticas são comumente observadas em função da combinação de fatores relacionados ao parasito e hospedeiro. A expertise do Médico Veterinário facilita o diagnóstico, pois a inespecificidade dos sinais clínicos e a prevalência de animais assintomáticos são fatores limitantes. O tratamento disponível é de alto custo e requer monitoramento constante do animal e recidivas dos sinais clínicos é comum, uma vez que não existe cura parasitológica. O objetivo do trabalho foi reportar um caso de LVC e as adversidades encontradas ao longo de seu curso clínico. Relato de caso: Um cão macho, SRD, dois anos, 8,5kgs apático e com descamação cutânea foi atendido na cidade de Sinop, MT em novembro de 2016. Ao exame físico observou-se alterações discretas como onicogrifose e alopecia e os exames sorológicos realizados sugeriram LVC. Para o tratamento foram utilizados alopurinol 50mg, SID, Motiliun® 1ml, BID e maxican 0,5mg, por 90 dias. Em julho 2018 o animal deu entrada em um ambulatório em Santa Luzia, MG apresentando lesões crostosas e pustulares no focinho e rabo, despigmentação de plano nasal, alopecia e onicogrifose sendo instituído o protocolo com miltefosina. O exame histopatológico de fragmento cutâneo nasal sugeriu dermatite linfohistioplasmocitária difusa crônica. Foram acrescidos domperidona, omeprazol, meloxicam, dipirona, rifocina, cefalexina e banho com Cloresten® e Hidrapet®. Em fevereiro 2019 o animal apresentou lesões edemaciadas no prepúcio, disúria e dor à palpação da região abdominal. O ultrassom abdominal revelou hepatomegalia discreta a moderada, rins com hiperecogenicidade cortical direita leve e evidência discreta de líquido subcutâneo e leve reatividade tecidual adjacente, sugerindo edema e processo inflamatório na região periprepucial. No hemograma observou-se hemoglobina (Hb), eritrócitos e hematócrito (Ht) com valores abaixo da referência e leucocitose discreta. Em novembro de 2019, as lesões cutâneas e de ponta de orelha e na região dorsal do plano nasal haviam aumentado, além de perda de massa corporal, anorexia e apatia. Os exames laboratoriais mostraram queda na Hb e Ht e aumento da ureia e creatinina séricas. O alopurinol foi mantido, omeprazol, meloxicam, dipirona sódica, rifocina, cefalexina, e banho com Cloresten® e Hidrapet® reincluídos e Cobavital®, Oxcell®, Revimax® foram adicionados. Em março de 2020 a descamação cutânea persistia, apesar de discretamente melhor, mas devido ao aumento da edemaciação na lesão do focinho foi associado novamente o Revimax®. A descamação em região de ponta de orelha, periocular e alopecia generalizada se intensificaram após três meses, além de aumento nos níveis de creatinina sérica, proteína urinária e glicosúria leve sendo adicionados Keravit® e Ograss 500® na prescrição e realizada fluidoterapia. Em agosto do mesmo ano os níveis de Hb e Ht, creatinina e ureia aumentaram e no último exame realizado em janeiro de 2021 havia aumento significativo dos níveis de ureia, creatinina, cálcio e fósforo séricos indicando deterioração da função renal, além de piora da anemia e do quadro clínico do cão. Diante disso, após diferentes abordagens terapêuticas a tutora optou pela eutanásia. Conclusão: O trabalho apresentou um quadro de LVC de difícil resolução e os tratamentos instituídos não abrandaram de forma desejável os sinais clínicos do animal. Ainda que a carga parasitária não tenha sido avaliada o quadro clínico e as alterações laboratoriais sugeriram uma resposta imune ineficiente frente a infecção. A manifestação clínica nos animais possui variação individual e pode estar relacionada à virulência da cepa do parasito. Dessa forma, o desenvolvimento de vacinas e tratamentos que induzam redução da carga parasitária ou cura clínica e conscientização da população são essenciais para o controle efetivo da LVC.
Título do Evento
II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária – COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Título dos Anais do Evento
Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALMEIDA, João Paulo Oliveira Rezende Lopes De et al.. DESAFIOS NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: RELATO DE CASO.. In: Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET). Anais...Conselheiro Lafaiete(MG) UNIPAC, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVJAVETUNIPACLAFAIETE/424935-DESAFIOS-NO-TRATAMENTO-DA-LEISHMANIOSE-VISCERAL-CANINA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 27/04/2025

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