MEMÓRIAS DA ESCRAVIDÃO, MEMÓRIAS DA LIBERDADE: O CASO DE JOÃO HIPÓLITO FERNANDES, DO AFRICANO SIMÃO, DA CRIOULA CONSTANTINA E DOS FORROS JORGE E JUSTINA. (PORTO FELIZ, SÃO PAULO, 1876-1877)

Publicado em 04/07/2022 - ISBN: 978-65-5941-738-4

Título do Trabalho
MEMÓRIAS DA ESCRAVIDÃO, MEMÓRIAS DA LIBERDADE: O CASO DE JOÃO HIPÓLITO FERNANDES, DO AFRICANO SIMÃO, DA CRIOULA CONSTANTINA E DOS FORROS JORGE E JUSTINA. (PORTO FELIZ, SÃO PAULO, 1876-1877)
Autores
  • Carlos Santos da Silva
Modalidade
Apresentação de comunicação
Área temática
21 - Controle social, agências e lutas por liberdade de escravizados nos oitocentos (Sílvia Martins de Souza - UEL)
Data de Publicação
04/07/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivseoivencontroposgraduandos/480764-memorias-da-escravidao-memorias-da-liberdade--o-caso-de-joao-hipolito-fernandes-do-africano-simao-da-crioula-c
ISBN
978-65-5941-738-4
Palavras-Chave
Escravidão, Liberdade, Parentesco, Memória
Resumo
Em fins do ano de 1876, mais precisamente em 11 de dezembro, João Hipólito Fernandes viu ser impetrado por seus, ainda, escravos, Simão e Constantina, uma ação de liberdade. Em decorrência deste acontecimento, as festas de virada do ano tornaram-se apenas um apêndice para sua preocupação mor, isto é, assegurar a sua posse sobre o casal de escravos. João Hipólito Fernandes era à época um médio senhor de escravos, com uma estimativa de 14 escravos entre 1860 a 1887, mas sendo descendente de senhores de engenho procurou manter a ordem escravista e o governo senhorial que aprendera com seu pai José Hipólito Fernandes, e seu avô João Fernandes Leite. Seu pai, José Hipólito Fernandes, era casado com Luísa Leite de Carvalho, e em 1870, ano da abertura de seu inventário, possuía 38 cativos, sendo 16 casados entre si. Seu avô, João Fernandes Leite era esposo de Delfina Miquelina de Moraes, e no ano da abertura de seu inventário, em 1854, era senhor de um plantel de 68 cativos. Simão e Constantina, casal impetrante do libelo, eram escravos da família desde João Fernandes Leite, pois estão listados em seu inventário. A ação de liberdade foi possível em decorrência de doação feita por Jorge e Justina, genro e filha de Constantina, ambos foram escravos de João Fernandes Leite, agora forros buscavam a liberdade de toda a estrutura familiar. Para o africano Simão, sua mulher crioula Constantina e os forros Jorge e Justina, os autos de liberdade eram uma questão de resgatar do passado escravo a liberdade para aquele presente. Tudo visava, em suma, uma construção de memória de liberdade em plena escravidão. Em todo caso, para senhores e escravos, escravidão e liberdade, para além de questões em si mesmas, eram indissociáveis de parentesco e de memórias geracionais.
Título do Evento
IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Título dos Anais do Evento
Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Carlos Santos da. MEMÓRIAS DA ESCRAVIDÃO, MEMÓRIAS DA LIBERDADE: O CASO DE JOÃO HIPÓLITO FERNANDES, DO AFRICANO SIMÃO, DA CRIOULA CONSTANTINA E DOS FORROS JORGE E JUSTINA. (PORTO FELIZ, SÃO PAULO, 1876-1877).. In: Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO). Anais...Campinas(SP) Unicamp, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVSEOIVEncontroPosGraduandos/480764-MEMORIAS-DA-ESCRAVIDAO-MEMORIAS-DA-LIBERDADE--O-CASO-DE-JOAO-HIPOLITO-FERNANDES-DO-AFRICANO-SIMAO-DA-CRIOULA-C. Acesso em: 24/04/2025

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