Título do Trabalho
A VERDADE ESTÉTICA DE SGANZERLA NA SUA RECRIAÇÃO DE WELLES
Autores
  • Cristina De Marco
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
GT 2 – ARTE E EDUCAÇÃO
Data de Publicação
05/12/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ixsimfop/124047-a-verdade-estetica-de-sganzerla-na-sua-recriacao-de-welles
ISSN
2175-9162
Palavras-Chave
Rogério Sganzerla, Orson Welles, Cinema, Estética
Resumo
1 Introdução Este projeto começa pela admiração da proponente pelo cineasta Rogério Sganzerla. E da admiração de Sganzerla pelo cineasta Orson Welles e como isso os influenciou. Em 1942, Orson Welles filmou, no Brasil, parte de uma saga que se chamaria “É Tudo Verdade” (Its all true). Dois documentarios no Brasil: “Carnaval” e “Quatro Homens em uma Jangada” e outro no: Mon Ami Benito. De acordo com Bazin (1991), seu biógrafo, Welles sempre se interessou por problemas políticos e soube persuadir o secretário de Estado das Relações Interamericanas a financiar um grande filme de propaganda indireta sobre a América do Sul. Vivia-se a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). No mesmo ano, o Brasil entra na guerra ao lado dos países Aliados, onde estavam os Estados Unidos. Não estava previsto, no entanto, o encantamento de Orson Welles para com o povo brasileiro. Ele não estaria falando a verdade, de acordo com a produtora R.K.O. e os seus patrocinadores, por isso, foi chamado de volta seis meses depois da sua chegada. Os rolos do seu filme foram arquivados e o seu contrato com a produtora americana rompido. Sganzerla (1999) nunca se conformou com isso, já que se tratava do melhor cineasta do mundo com um projeto fantástico nas mãos. Querendo entender este episódio, passou a investigar esta verdade. Foram, incialmente, oito anos de pesquisas nos arquivos oficiais (textos, áudios, vídeos, recortes de jornais). Para decifrar esta incógnita, realizou quatro filmes entre 1985 e 2003. “Nem Tudo é Verdade” (1985) é uma espécie de documentário ficcional, conduzido pelo ator Grande Otelo, que participou das gravações do filme original. Na sequência, produziu o curta-metragem “Linguagem de Orson Welles” (1991), onde usa imagens originais do filme de 1942, assim como fez também em “Tudo é Brasil” (1998). Quando chegou finalmente ao caos, resolveu usá-lo em sua derradeira montagem, “Signo do Caos” (2003). Três meses após a estreia deste último, o Rogério morre, vítima de um câncer no cérebro. Esta proposta de estudo defende a hipótese de esta verdade ter se transformado na verdade estética do próprio Rogério Sganzerla. 2 Materiais e Métodos A partir das análises dos filmes de Rogério Sganzerla e da obra de Orson Welles, propõe-se a reflexão sobre a verdade estética do cineasta brasileiro no encontro com o outro. Para tanto, será preciso conceituar tal verdade estética. Para isso, serão utilizados textos críticos do próprio Sganzerla, cujo ofício começou no Suplemento Literário do jornal O Estado de São Paulo (1963-1967) e estendeu-se a outros jornais paulistas. Além disso, o cinema brasileiro conta com um número expressivo de pensadores e teóricos que também serão abordados. A autora realizou duas entrevistas com o cineasta brasileiro e estas, realizadas em setembro e dezembro de 1999 permanecem inéditas e serão utilizadas. A primeira entrevista teve como motivo a pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na graduação em Jornalismo (Unisinos, 2000), em 07 de setembro de 1999. Deste encontro resultou a monografia “Nem mentira, nem verdade: duas visões sobre o Brasil” (2000) Este trabalho rendeu ainda uma segunda entrevista, concedida no dia 12 de dezembro do mesmo ano, no programa Olho Vivo na TV, exibido pela TV Cidade Canal 21, emissora local da sua terra natal. Este material continua inédito. 3 Referências De acordo com Deleuze (1990), a narração deixa de aspirar à verdade para se tornar inicialmente falsificante e destrona o verdadeiro, afirmando a simultaneidade de presentes ou a coexistência de passados não necessariamente verdadeiros. Em entrevista (1999), Rogério Sganzerla disse que “às vezes o filme profetiza a realidade, ele está na frente dos fatos. ” Jairro Ferreira (2000, p. 24) lembra que Welles acreditava que um filme é um sonho. E um sonho não é nunca uma mentira. SGANZELA (30 jan 1965, p. 5) afirmava que o filme localiza-se diante da realidade. BAZIN (1991) retratou um perfil histórico de Orson Welles. Ao retratar a passagem do cineasta pelo Brasil, ele conta que Welles soube persuadir o secretário de Estado das Relações Interamericanas a financiar um grande filme de propaganda indireta sobre a América do Sul.
Título do Evento
IX SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NA ATUAL CONJUNTURA NACIONAL e VII Seminário Regional do Proesde Licenciaturas
Cidade do Evento
Tubarão
Título dos Anais do Evento
Anais do IX SIMFOP - Simpósio Nacional sobre Formação de Professores: a Educação Brasileira na atual conjuntura Nacional e VII Seminário Regional do Proesde Licenciaturas
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MARCO, Cristina De. A VERDADE ESTÉTICA DE SGANZERLA NA SUA RECRIAÇÃO DE WELLES.. In: Anais do IX SIMFOP - Simpósio Nacional sobre Formação de Professores: a Educação Brasileira na atual conjuntura Nacional e VII Seminário Regional do Proesde Licenciaturas. Anais...Tubarão(SC) UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ixsimfop/124047-A-VERDADE-ESTETICA-DE-SGANZERLA-NA-SUA-RECRIACAO-DE-WELLES. Acesso em: 28/04/2025

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