ACESSO A ÁGUA E ESGOTO NAS ÁREAS MAIS PRECÁRIAS NOS COMPLEXOS DE FAVELAS DO RIO DE JANEIRO; O CASO DO MORRO CHAPÉU MANGUEIRA

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
ACESSO A ÁGUA E ESGOTO NAS ÁREAS MAIS PRECÁRIAS NOS COMPLEXOS DE FAVELAS DO RIO DE JANEIRO; O CASO DO MORRO CHAPÉU MANGUEIRA
Autores
  • Mauro Kleiman
  • Julia de Souza Paresque
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE)/Ciências Sociais
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/312621-acesso-a-agua-e-esgoto-nas-areas-mais-precarias-nos-complexos-de-favelas-do-rio-de-janeiro-o-caso-do-morro-chape
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Saneamento, Moradia, Favelas do Rio.
Resumo
A pesquisa denominada “Acesso a água e esgoto nas áreas mais precárias nos Complexos de Favelas do Rio de Janeiro” tem sua área de abrangência neste estudo o Complexo do Leme, formado pelos morros Chapéu Mangueira e Babilônia, localizados no bairro do Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o último censo do IBGE (2010) o Complexo do Leme possuía cerca de 3.987 habitantes e 1.178 domicilios. Estima-se que atualmente existe o dobro de habitantes. O objetivo inicial da pesquisa foi identificar áreas mais precárias deste Complexo para, em seguida, analisar o quadro da situação de total ausência e/ou deficiência de serviços básicos. Examinamos os reflexos da ausência de serviços básicos na condição dos lugares, moradias e rotinas dos moradores. No estudo desenvolvido identificamos como exemplar de área mais precária o Morro Chapéu Mangueira. Tomamos como fundamento teórico básico a infraestrutura não como objeto meramente técnico, tratado como algo estanque aos demais elementos do território, mas por sua dimensão social de articulação da moradia com a cidade. A metodologia do estudo é de caráter qualitativo adjunto de observação participativa, combinando visitas exploratórias, entrevistas com os moradores, observação do interior das moradias. Trabalhamos as percepções dos moradores sobre as mudanças em suas moradias, nos arranjos internos e nas rotinas do cotidiano diante da questão do acesso a redes de água e esgoto, contrastando a percepção dos moradores com observação técnica direta de campo, e tomada de imagens fotográficas. Como resultados podemos apontar que essa comunidade se encontra com déficit de acesso a água e esgoto. Embora, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, a menos de 200 metros de apartamentos cujo possuem um dos IPTU mais caros da cidade, o Morro Chapéu Mangueira possui inúmeros moradores em situação de pauperização. O cenário encontrado no interior da comunidade é esgoto a céu aberto entre as vielas, fezes de animais, entulho, muito lixo, presença de animais que transmissores de doenças infecciosas como ratos e caramujos, casas construídas sob esgotos ou valas e esgotos extremamente próximos às casas. Sobre a situação de moradia, majoritariamente as casas são feitas de tijolos, as casas quais tive acesso possuem poucos cômodos dos quais alguns são improvisados, muitas vezes apenas 1 cômodo possui inúmeras funções. Cozinha vira também área de lavar roupas, a sala é também quarto, existe apenas 1 banheiro quase sempre pequeno, mesmo em casas onde residem mais de 5 pessoas. Poucas casas possuem lugar privado, a divisão entre as casas é ínfima, no interior de uma casa pode-se observar e ouvir o que se passa dentro da casa vizinha. Ademais, na comunidade Chapéu Mangueira há o que chamamos de “cabeça de porco” uma espécie de moradia coletiva, estreita, mal ventilada no formato “cozinha, banheiro e quarto”. As chamadas “cabeça de porco” assemelham-se aos cortiços do Brasil imperial, não coincidentemente Cabeça de porco era o nome de um dos últimos e maiores Cortiços da cidade do Rio de Janeiro. Face ao quadro examinado pode-se apontar que no Morro Chapéu Mangueira a inexistência ou forte precariedade e improvisação de serviços básicos de saneamento e moradia.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

KLEIMAN, Mauro; PARESQUE, Julia de Souza. ACESSO A ÁGUA E ESGOTO NAS ÁREAS MAIS PRECÁRIAS NOS COMPLEXOS DE FAVELAS DO RIO DE JANEIRO; O CASO DO MORRO CHAPÉU MANGUEIRA.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/312621-ACESSO-A-AGUA-E-ESGOTO-NAS-AREAS-MAIS-PRECARIAS-NOS-COMPLEXOS-DE-FAVELAS-DO-RIO-DE-JANEIRO-O-CASO-DO-MORRO-CHAPE. Acesso em: 26/04/2025

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