PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE VESÍCULAS EXTRACELULARES DO VENENO DE BOTHROPS JARARACA

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE VESÍCULAS EXTRACELULARES DO VENENO DE BOTHROPS JARARACA
Autores
  • Larissa Gonçalves Machado
  • Ketlenn Camila Miranda de Barros
  • RUSSOLINA BENEDETA ZINGALI
Modalidade
Resumo apresentação oral curta
Área temática
Centro de Ciências da Saúde (CCS)/Bioquímica
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/315050-purificacao-e-caracterizacao-de-vesiculas-extracelulares-do-veneno-de-bothrops-jararaca
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Veneno, Bothrops jararaca, vesículas extracelulares
Resumo
Os venenos de serpentes são constituídos principalmente por proteínas secretadas pela glândula de veneno de maneira convencional. Algumas evidências recentes demonstraram a presença de proteínas minoritárias e outras moléculas biológicas secretadas em vesículas extracelulares (VEs) (Carneiro et al., 2007; Ogawa et al., 2008). As VEs desempenham papel fundamental na comunicação celular – em condições fisiológicas e patológicas- alterando várias funções biológicas da célula-alvo (Van Niel et al., 2018). Algumas questões acerca das vesículas ainda não foram respondidas, tais como a origem e destino de diferentes populações secretadas e a relevância biológica dessas vesículas em diferentes contextos, como a produção de veneno e o envenenamento clínico. Para tentar compreender um possível papel das VEs de veneno na comunicação celular entre organismos distintos (serpentes-mamíferos), esse projeto tem como objetivo isolar e estudar as atividades biológicas de VEs presentes no veneno da serpente Bothrops jararaca. Amostras de veneno fresco foram fracionados por centrifugação diferencial (8.000xg, 20.000xg e 100.000xg) resultando na obtenção de duas populações de VEs: uma população obtida a 20.000xg contendo VEs grandes e heterogêneas (P20K) e outra população sedimentada a 100.000xg enriquecida em vesículas menores e homogêneas (P100K). A análise por SDS-PAGE demonstrou que as populações de vesículas isoladas possuem um perfil proteico bastante distinto do veneno bruto. Resultados anteriores por microscopia eletrônica mostraram estrutura conservada e típica de microvesículas e exossomos nas frações P20K e P100K. Por microscopia de fluorescência demostrou-se a interação das VEs com células de mamíferos. A análise proteômica tem revelado marcadores específicos de VEs e abre hipóteses acerca do envolvimento dessas vesículas na produção e processamento do veneno na glândula. Por outro lado, consequências clínicas crônicas do envenenamento como a reabertura ou persistência de feridas após meses ou anos depois do acidente ainda não são compreendidas, mesmo após soroterapia. Considerando a biologia das VEs, as mesmas poderiam estar envolvidas nos efeitos imediatos, mas sobretudo nos efeitos tardios do envenenamento. Nessa ramificação do projeto de vesículas de veneno, os objetivos e perspectivas futuras são investigar se as populações de VEs, que são minoritárias em relação ao veneno bruto, podem ser reconhecidas e neutralizadas pelo soro antiofídico usado no tratamento. Com base nos dados obtidos até o momento e nos dados da literatura espera-se que as proteínas mais abundantes da superfície das vesículas sejam reconhecidas pelos anticorpos do soro, e uma vez bloqueadas deixem de fazer contato específico com receptores celulares, e com isso ocorra a diminuição da internalização das VEs em suas células-alvo. Existe ainda a possibilidade das proteínas de superfície e/ou proteínas carreadas no interior das VEs não serem neutralizadas com eficiência ou a internalização das mesmas não depender do contato específico de moléculas de superfície, trazendo a necessidade de novas estratégias de tratamento. CARNEIRO, Sylvia Mendes et al. Microvesicles in the venom of Crotalus durissus terrificus (Serpentes, Viperidae). Toxicon, 2007, v. 49, n. 1, p. 106-110. OGAWA, Yuko et al. Exosome-like vesicles in Gloydius blomhoffii blomhoffii venom. Toxicon, 2008, v. 51, n. 6, p. 984-993. VAN NIEL, G; D’ANGELO, G; RAPOSO, G. Shedding light on the cell biology of extracellular vesicles. Nature Reviews Molecular Cell Biology, 2018, v.19, n.4, p.213.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MACHADO, Larissa Gonçalves; BARROS, Ketlenn Camila Miranda de; ZINGALI, RUSSOLINA BENEDETA. PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE VESÍCULAS EXTRACELULARES DO VENENO DE BOTHROPS JARARACA.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/315050-PURIFICACAO-E-CARACTERIZACAO-DE-VESICULAS-EXTRACELULARES-DO-VENENO-DE-BOTHROPS-JARARACA. Acesso em: 30/04/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes