VARIAÇÕES DA UMIDADE EM PERFIS DE SOLOS SOB FLORESTA DEGRADADA E VEGETAÇÃO HERBÁCEO-ARBUSTIVA: SUBSÍDIOS AO ESTUDO DOS CONDICIONANTES DE DESLIZAMENTOS TRANSLACIONAIS RASOS EM NOVA FRIBURGO (RJ)

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
VARIAÇÕES DA UMIDADE EM PERFIS DE SOLOS SOB FLORESTA DEGRADADA E VEGETAÇÃO HERBÁCEO-ARBUSTIVA: SUBSÍDIOS AO ESTUDO DOS CONDICIONANTES DE DESLIZAMENTOS TRANSLACIONAIS RASOS EM NOVA FRIBURGO (RJ)
Autores
  • Letícia Bolsas Mendonça
  • Max David Silva de Moura Junior
  • Lethicia Silva Machado
  • Karine Coutinho de Jesus
  • Ana Carolina Facadio Campello
  • Ana Luiza Coelho Netto
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN)/Geografia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/316200-variacoes-da-umidade-em-perfis-de-solos-sob-floresta-degradada-e-vegetacao-herbaceo-arbustiva--subsidios-ao-estud
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
sucção do solo, movimentos de massa, estabilidade de encostas
Resumo
Os milhares de deslizamentos induzidos pela chuva extrema de janeiro/2011 na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro foram, em grande parte, do tipo translacional raso e com superfícies de ruptura entre 1 e 2 metros de profundidade (Coelho Netto et al., 2013). Estudos detalhados (1:5.000) na bacia do Córrego D’Antas (53 km²) indicam que grande parte das cicatrizes de deslizamentos (n=244) estão associadas à floresta degradada (56%) e vegetação herbáceo-arbustiva (27%). Fraga et al. (2015), comparando fragmentos florestais de 20 e 50 anos, observaram elevada porcentagem de indivíduos mortos (13%, n=302 e 8%, n=132, respectivamente) e predominância de espécies pioneiras e secundárias iniciais, mesmo na floresta de 50 anos (80% dos indivíduos), indicando uma degradação na sucessão vegetal após uso agrícola com uso recorrente de fogo. Comparando a hidrologia da mesma encosta sob floresta degradada de 20 anos e outra adjacente, sob vegetação herbáceo-arbustiva, Marques et al. (2018) observaram na floresta degradada uma concentração de raízes finas no topo do solo, poucas raízes arbóreas até 2 metros de profundidade e alguns entubamentos (piping) oriundos de raízes mortas; na vegetação herbáceo-arbustiva, com apenas raízes finas e concentradas nos primeiros 30 cm de profundidade, o solo mantém teores de umidade elevados e valores de sucção próximos a zero a um metro de profundidade mesmo após estiagens de um mês. Estes resultados, aliados a concentração de deslizamentos nestes dois tipos de cobertura vegetal estimularam a continuidade do monitoramento hidrológico, alimentando a hipótese de que a vegetação constitui um fator importante na regulação da estabilidade das encostas, pelo menos em torno de 32º que constitui a declividade média dos deslizamentos ocorridos em janeiro/2011. Este trabalho resulta da expansão temporal desse monitoramento hidrológico, entre 2015 e 2017, focalizando o comportamento da sucção do solo em resposta às entradas de chuvas diárias (pluviômetro automático próximo à área de estudo), visando discutir sua variabilidade temporal e comparando os períodos mais secos e úmidos. Para tanto vem sendo utilizados sensores de sucção de matriz granular (900M Watermark) instalados nas profundidades 10, 20, 50, 100, 150 e 220 cm e um sensor de temperatura a 100 cm, em ambas as encostas (herbáceo-arbustiva e floresta degradada). A nova série temporal reitera os resultados encontrados anteriormente. No período úmido, ambas as coberturas apresentam comportamentos semelhantes, com as primeiras profundidades do solo (10 e 20 cm) respondendo quase imediatamente às entradas de chuvas. No período de estiagem prolongada, enquanto na floresta todas as profundidades voltam a apresentar condições mais secas, na herbáceo-arbustiva a umidade se mantém mais conservada: na profundidade de 100 cm a perda umidade inicia após um mês e, a partir de 150 cm/profundidade o solo se mantem próximo à saturação, ou saturado, mesmo após dois meses de estiagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: COELHO NETTO, A. L.; SATO, A. M.; AVELAR, A. S.; VIANNA, L. G. G.; ARAÚJO, I. S.; FERREIRA, D. L. C.; LIMA, P. H.; SILVA, A. P. A.; SILVA, R. P. January 2011: The Extreme Landslide Disaster in Brazil. In: MARGOTTINI, C.; CANUTI, P.; SASSA, K. Landslide Science and Practice. Springer, Berlin, Heidelberg, 2013. FRAGA, J. S.; SILVA, I. M.; AMORIM, T. A.; OLIVEIRA, R. R.; COELHO NETTO, A. L. Florestas secundárias de diferentes idades e a estabilidade de encostas em Nova Friburgo (Estado do Rio de Janeiro, Brasil). Pesquisas, Botânica, São Leopoldo, v. 68, p. 287-309, 2015. MARQUES, M. C. O, COELHO NETTO, A. L., SATO, A. M. Influência de floresta secundária e gramínea na deflagração de deslizamentos translacionais rasos em Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geomorfologia, São Paulo, v.19, n.4, p. 793-806, 2018.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MENDONÇA, Letícia Bolsas et al.. VARIAÇÕES DA UMIDADE EM PERFIS DE SOLOS SOB FLORESTA DEGRADADA E VEGETAÇÃO HERBÁCEO-ARBUSTIVA: SUBSÍDIOS AO ESTUDO DOS CONDICIONANTES DE DESLIZAMENTOS TRANSLACIONAIS RASOS EM NOVA FRIBURGO (RJ).. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/316200-VARIACOES-DA-UMIDADE-EM-PERFIS-DE-SOLOS-SOB-FLORESTA-DEGRADADA-E-VEGETACAO-HERBACEO-ARBUSTIVA--SUBSIDIOS-AO-ESTUD. Acesso em: 30/04/2025

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