OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM FÊMEA DE TIGRE D'ÁGUA (TRACHEMYS SP.) APÓS DISTOCIA RECORRENTE

Sabrina Bertolazzi; Carolina Bossardi Rossi; Fabiane Prusch

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Trabalho

Título do Trabalho

OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM FÊMEA DE TIGRE D'ÁGUA (TRACHEMYS SP.) APÓS DISTOCIA RECORRENTE

Autores

Sabrina Bertolazzi
Carolina Bossardi Rossi
Fabiane Prusch

Modalidade

Resumo

Área temática

Clínica de Animais Silvestres e Pets não Convencionais

Data de Publicação

18/03/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/jornadagbr/749239-ovariosalpingohisterectomia-em-femea-de-tigre-dagua-(trachemys-sp)-apos-distocia-recorrente

ISBN

978-65-272-0365-0

Palavras-Chave

castração, distocia, Trachemys dorbigni

Resumo

O estudo das principais enfermidades que acometem répteis vem se tornando cada vez mais importante pelo aumento do interesse desses como animais de companhia e também por questões de conservação das espécies. Devido à falta de orientação e conhecimento dos tutores, várias doenças são decorrentes do manejo inadequado destes animais. Os testudines podem apresentar problemas na postura de ovos, a distocia, podendo ser diagnosticada após um intervalo superior a 48 horas de ocorrência após seu início e a retenção dos ovos pode levar ao óbito do animal. A distocia pode ocorrer por diversos fatores, como ovos grandes ou deformados, trauma, infecção bacteriana, distúrbios endócrinos, atonia muscular e fotoperíodo anormal, fatores geralmente associados com manejo ambiental e térmico incorretos. O presente relato apresenta o caso de um exemplar da espécie tigre-d’água (Trachemys dorbigni) que chegou para atendimento veterinário apresentando um quadro de hipovitaminose e distocia, sendo relatado pelo tutor durante a consulta que o animal sofria recorrentemente com produção exacerbada de ovos e dificuldade na postura destes. Foi solicitado exame radiográfico no qual se verificou a presença de seis ovos prontos para postura. O animal foi então internado na clínica, recebendo suporte de cálcio e foi mantido aquecido e com acesso à terra a fim de estimular a postura. No dia seguinte, após administração de ocitocina, quatro ovos foram postos. Oito dias depois, ainda em internação sendo estimulada e recebendo suporte de cálcio, novamente foi administrada ocitocina na dose de 20 UI/kg em três aplicações e 50 mg/kg via intramuscular de gliconato de cálcio, após este manejo, ocorreu a postura dos ovos restantes. Por se tratar de um quadro recorrente, o tutor do animal decidiu pela castração do mesmo. O procedimento ocorreu uma semana após a expulsão dos últimos dois ovos, sendo realizado através de acesso pré-femoral, dispensando a abertura do plastrão, tornando assim o pós-operatório mais tranquilo. A paciente foi posicionada em uma mesa cirúrgica inclinada e aquecida, em decúbito dorsal, voltada cranialmente para o lado mais alto e levemente inclinado para o lado esquerdo. Uma incisão horizontal foi feita entre a carapaça e o plastrao, iniciada pela ponte e seguindo caudalmente à coxa. A gordura subcutânea foi dissecada e os músculos adjascentes abdominais oblíquos, bem como o músculo transverso abdominal foram secionados seguindo a linha da pele, para então incisionar a mebrana celomática e acessar a cavidade celomática. Devido ao posicionamento da paciente, os ovários foram facilmente visualizados e exteriorizados com o uso de um gancho de salpingohisterectomia. Foi então realizada ligadura com fio poliglactina 3-0 da vascularização ovariana e o mesovário foi transceccionado. Foi então realizado fechamento da membrana celomeática juntamente com os músculos com sutura em X com fio poliglactina 3-0 e a pele foi fechada com ponto isolado simple e fio nylon 3-0. Como medicamentos pré-anestésicos foram utilizados morfina, midazolam e cetamina. Para a indução anestésica foi utilizado propofol e para a manutenção isoflurano. No pós-operatório, o principal cuidado foi a manutenção correta da temperatura, mantendo o animal aquecido para pleno retorno do plano anestésico.

Título do Evento: X Jornada Acadêmica do GEAS Brasil
Cidade do Evento: Palhoça
Título dos Anais do Evento: Anais da Jornada Acadêmica do GEAS Brasil: medicina, manejo e conservação de animais aquáticos
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BERTOLAZZI, Sabrina; ROSSI, Carolina Bossardi; PRUSCH, Fabiane. OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM FÊMEA DE TIGRE D'ÁGUA (TRACHEMYS SP.) APÓS DISTOCIA RECORRENTE.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jornadagbr/749239-OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA-EM-FEMEA-DE-TIGRE-DAGUA-(TRACHEMYS-SP)-APOS-DISTOCIA-RECORRENTE. Acesso em: 28/04/2025