UTILIZAÇÃO DE ACUPUNTURA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR EM VEADO-CATINGUEIRO (SUBULO GOUAZOUBIRA, FISCHER, 1814)

Publicado em 18/03/2024 - ISBN: 978-65-272-0365-0

Título do Trabalho
UTILIZAÇÃO DE ACUPUNTURA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR EM VEADO-CATINGUEIRO (SUBULO GOUAZOUBIRA, FISCHER, 1814)
Autores
  • Maria Eduarda Abrahão Penna Machado
  • Fernanda Vitória Marinho Da Costa Santos
  • Erika Paola Pereira Silva
  • Natasha Ayete La Menza
  • Vitoria Maciel Arôso Mendes
  • Janne Paula Neres de Barros
  • Juliana Mori
  • Tânia Ribeiro Junqueira Borges
Modalidade
Resumo
Área temática
Clínica de Animais Silvestres e Pets não Convencionais
Data de Publicação
18/03/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jornadagbr/756793-utilizacao-de-acupuntura-como-terapia-complementar-em-veado-catingueiro-(subulo-gouazoubira-fischer-1814)
ISBN
978-65-272-0365-0
Palavras-Chave
Cervídeo, Medicina Integrativa, Miopatia por captura
Resumo
O veado-catingueiro (Subulo gouazoubira) é um cervídeo de pequeno a médio porte, com distribuição na América do Sul (SANDOVAL et al., 2023) e, que, assim como outros cervídeos e mamíferos silvestres, pode sofrer miopatia por captura - uma síndrome associada ao estresse de captura, exaustão física ou longos períodos de restrição física que é caracterizada por dor, paresia, paralisia, incoordenação, rigidez e acidose metabólica. A acupuntura, técnica da medicina tradicional chinesa, envolve a utilização de agulhas para estimular pontos específicos do corpo objetivando o estado de homeostase e pode beneficiar espécies selvagens, como os cervídeos (MAINKA et al., 1995). Neste trabalho, foi relatado o uso da acupuntura como terapia adjuvante em um exemplar de veado-catingueiro de vida livre, evidenciando o uso de técnicas integrativas complementares na rotina médica de animais silvestres. O indivíduo foi recolhido pela Polícia Militar Ambiental no município de Arinos/MG e encaminhado à Clínica Pet Stop, Unaí/MG, tendo como principal suspeita diagnóstica a miopatia por captura consequente a perseguição por cão doméstico. Após estabilização, o animal foi conduzido ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETRAS) de Patos de Minas/MG para atendimento, apresentando hipotermia, apatia, opacificação corneal e ferimentos periorbitais, além de escoriações em região de articulação úmero-rádio-ulnar bilateral e do carpo esquerdo, com aparente luxação em pelve, dor à palpação na região lombossacral e paralisia de membros pélvicos. O indivíduo foi mantido em uma baia fechada, com luminosidade reduzida e instituiu-se tratamento inicial com meloxicam 0,2 mg/kg/IM/SID, fluidoterapia com Ringer com Lactato na taxa de 10ml/kg/h e antibioticoterapia com penicilina e estreptomicina 0,1mg/kg/IM/q3 dias, durante 5 dias. Realizou-se concomitantemente sessões de acupuntura a partir da técnica aplicada em bovinos devido às semelhanças anatômicas entre as espécies (DRAEHMPAEHL et al., 1997). Foram determinados oito pontos corporais (B23, B26, B27, B28, B60, VG3, F3, R3), melhor explicados na tabela 1, objetivando reduzir o processo inflamatório, a dor e o estresse. No total, foram realizadas duas sessões, com quatro dias de intervalo. Após a primeira sessão, observou-se discreto progresso na movimentação dos membros pélvicos, melhoria no estado de alerta e interesse em se alimentar. Durante a segunda sessão, o paciente tornou-se mais responsivo, com progressão na coordenação motora pélvica e maior tolerância à aproximação humana e contenção física. Uma forma de minimizar a contenção em animais silvestres seria a utilização de laser ou aquapuntura, injeção de solução salina, água destilada ou outras substâncias nos acupontos, prolongando o efeito desejado (FARIA et al., 2008; KANEKO, 2010). Entretanto, após a segunda sessão, o animal apresentou piora progressiva e veio a óbito em três dias. O tratamento para miopatia por captura visa, principalmente, restabelecer a perfusão tecidual, controlar a dor e impedir a progressão dos sinais clínicos, podendo auxiliar na evolução clínica dos pacientes. Embora os resultados iniciais tenham colaborado no controle da dor, os desafios em tratar a síndrome de miopatia por captura, especialmente em animais silvestres, são muitos. As terapias alternativas devem ser consideradas, apontando a necessidade de estudos mais aprofundados para melhor compreensão e aplicação dessas técnicas.
Título do Evento
X Jornada Acadêmica do GEAS Brasil
Cidade do Evento
Palhoça
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Acadêmica do GEAS Brasil: medicina, manejo e conservação de animais aquáticos
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MACHADO, Maria Eduarda Abrahão Penna et al.. UTILIZAÇÃO DE ACUPUNTURA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR EM VEADO-CATINGUEIRO (SUBULO GOUAZOUBIRA, FISCHER, 1814).. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jornadagbr/756793-UTILIZACAO-DE-ACUPUNTURA-COMO-TERAPIA-COMPLEMENTAR-EM-VEADO-CATINGUEIRO-(SUBULO-GOUAZOUBIRA-FISCHER-1814). Acesso em: 28/04/2025

Trabalho

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