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Apresentação
O II Simpósio
Internacional em Narrativas, Gênero e Política tem como tema geral desta
edição, Mulheres e resistência em tempos
de violação de direitos. Seguindo a ideia central da primeira edição, o
Simpósio propõe um espaço de interlocução interdisciplinar e
interinstitucional, valorizando os diálogos entre acadêmicos, representantes do
setor público, movimento sociais e profissionais. Este tema, propõe uma
sequência do primeiro, que permanece com o objetivo de levantar histórias de,
com e para mulheres, com o diferencial da ênfase situacional do quadro político
vivido no momento. A segunda edição de um evento é sempre uma tensão a parte,
pois buscamos a superação em relação ao primeiro. Não no sentido de ser melhor,
mas de agregar pessoas, de ampliar rede de pesquisadoras, de nos fortalecer em
tempos de violações de direitos.
Na segunda edição do
Simpósio Internacional em Narrativas, Gênero e Política conseguimos superar as
expectativas em relação a um aumento significativo de participantes, autores e
autoras inscritos, número de trabalhos e mais de cem instituições públicas e
privadas no âmbito nacional e internacional participaram do encontro. Além disso,
tivemos uma ampliação na participação de ativistas e simpatizantes dos
movimentos sociais, bem como de profissionais da assistência e educadoras/es
sociais. Todas essas pessoas contribuíram para a construção de saberes
conectados, reunindo forças e evidenciando a importância dos laços e das
narrativas.
Considerando o intuito de
conexões interinstitucionais, na elaboração da proposta deste evento, algumas
parcerias iniciadas na primeira edição do Simpósio foram mantidas e novas
instituições se aliaram à rede de pesquisadoras/es em narrativas. Atualmente a
rede se consolida em uma parceria formal entre os grupos de pesquisa
Narrativas, Gênero e Saúde (NaGeS) da PUC Minas e Grupo de Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Poder, Cultura e Práticas Coletivas (GEPCOL), da UFPE. Desde a
primeira edição do Simpósio, articulavam-se ao NaGeS e GEPCOL os seguintes
grupos: Grupo de Pesquisa Narrativa e Formação de Professores (GPNEP, UFU);
DeVerso: grupo de pesquisa em sexualidades, saúde e política (UEM); Núcleo de Ensino,
Pesquisa e Extensão Conexões de Saberes (UFMG); Cotidiano e Práticas Sociais -
Grupo de Trabalho da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em
Psicologia (ANPEPP). No II Simpósio, a tecedura se expandiu, agregando-se o
Núcleo de Pesquisa e Extensão Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo
e ao Ensino (OPAJE, UFT), O Núcleo de Educação e Pesquisa em Educação, Meio
Ambiente e Saúde (NEMAS, UEMG) e os/as colaboradores/as estrangeiros/as Isabel
Maria Casimiro (Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique), Jean Clandinin
(Universidade de Alberta, Canadá), Lupicinio Íniguez-Rueda (Universidade
Autônoma de Barcelona, Espanha) e Jacques Rhéaume (Universidade de Quebec em
Montreal, Canadá). Em contexto local das relações institucionais para a organização
do evento, estão articuladas as referidas instituições e associações: Centro
Universitário de Belo Horizonte (UniBH), a PUC Minas, a Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), o Núcleo BH da Associação Brasileira de Psicologia Social
(ABRAPSO) e o Conselho Regional de Psicologia (CRP-04)
A chamada de trabalhos
seguiu a linha proposta pelos dois eventos, considerando alguns temas urgentes
para o momento, como as construções interseccionais. As autoras e autores
podiam submeter seus trabalhos, em resumo ou completos, focalizando três eixos
centrais, a saber: narrativas e/ou gênero e/ou política. Os trabalhos foram
apresentados nas comunicações orais e apresentação de pôster e conectaram, pelo
menos com um dos eixos temáticos:
(1) Gênero e políticas
públicas: análise das políticas públicas para as mulheres em
diferentes áreas; construção de políticas públicas transversalizadas por
discussões de gênero, raça, etnia, geração, sexualidade; contribuição do
feminismo para as políticas públicas de gênero; análise de discursos e práticas
no cotidiano das políticas públicas.
(2) Mulheres e
participação política: diferentes expressões da
participação política das mulheres; problematizações acerca do protagonismo de
mulheres na vida política; relações de poder no cotidiano de mulheres ocupando
posições políticas em cargos eletivos, gestão de serviços públicos,
representação em movimentos sociais e em organizações da sociedade civil. A
baixa participação das mulheres no Brasil nas instâncias de poder político.
(3) Narrativas: questões
teóricas e metodológicas: desafios na definição de objetos de
pesquisa que envolve narrativa; a produção de material empírico e os desafios
éticos na relação entre pesquisadoras/es e participantes de pesquisas; a
questão do anonimato na produção de narrativas; experimentações na análise de
dados e na escrita derivada do trabalho com narrativas.
(4) Direitos Humanos e
suas interseccionalidades de gênero, raça, classe e sexualidade: discussões
e pesquisas em Direitos Humanos que abarquem a noção de interseccionalidade; importância
da prática interseccional no setor público e privado com foco em ações que
fomente práticas sociais mais equitativa; estudos de gênero, raça, classe e
sexualidade e suas nuances dentro dos Direitos Humanos.
(5) Desafios e
possibilidades da relação entre a pesquisa e extensão:
a interface entre pesquisa, ensino e extensão; as diferentes modalidades da
articulação entre pesquisa e extensão; a interdisciplinaridade nas experiências
de extensão; a relação entre extensão e o ensino na graduação e pós-graduação;
a extensão e a produção científica.
(6) A escrita na produção
científica: dimensões, éticas, políticas e estéticas: os diferentes modos de escrita inventiva nas
práticas acadêmicas, interventivas e militantes; as (im)possibilidades
criativas nas narrativas científicas; os endereçamentos e alcance das
narrativas científicas a públicos acadêmicos e não acadêmicos. A escrita
acadêmica e os gêneros textuais das artes.
(7) Feminismos contemporâneos (online e
off-line): prática feminista nas plataformas online e
off-line; os desafios do feminismo na era digital; as discussões de gênero no
contexto contemporâneo das múltiplas plataformas de acesso; a dualidade do
feminismo de rua e do feminismo virtual, limites e possibilidades.
As pessoas que se inscreveram garantiram diversidade institucional, interdisciplinar e regional para o evento. Os Anais mostram que o evento é palco de trabalhos de pesquisadoras, profissionais e militantes provenientes de todas as regiões do Brasil e do mundo nas mais variadas áreas de conhecimento (Psicologia, Educação, Estudos Linguísticos, Comunicação Social, História, Sociologia, Saúde Coletiva, Serviço Social) e de atuação profissional (políticas de saúde e de proteção social, de educação, de segurança, experiências de estágio e projetos sociais). Agradecemos às autoras e autores dos trabalhos, pois compreenderam de modo preciso a proposta do evento e submeteram seus trabalhos; mobilizaram-se de diferentes instituições de todo o país para estarem conosco nesses dois dias que abrem o mês de novembro de 2018. Desejamos que os diálogos sejam frutíferos e que a rede de pesquisa em narrativas, gênero e política se estenda em outras edições do Simpósio.
Belo Horizonte, novembro de 2018.
A Comissão Organizadora.
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Responsável
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