REDUÇÃO DE EOSINÓFILOS EM SANGUE PERIFÉRICO DE PACIENTES ASMÁTICOS GRAVES EM USO DE OMALIZUMABE: UM ESTUDO RETROSPECTIVO.

Natalia Bernardes Moura; Rafael Luiz Pirolli Vilas Boas; Felipe De Oliveira Souza; Renan Carvalho Lopes; Carlos Eduardo Coral de Oliveira; Fátima Mitsie Chibana Soares

Título do Trabalho

Autores

Natalia Bernardes Moura
Rafael Luiz Pirolli Vilas Boas
Felipe De Oliveira Souza
Renan Carvalho Lopes
Carlos Eduardo Coral de Oliveira
Fátima Mitsie Chibana Soares

Modalidade

ARTIGO ORIGINAL

Área temática

Área da Saúde e Educação

Data de Publicação

25/01/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/puchealthtech2023/693826-reducao-de-eosinofilos-em-sangue-periferico-de-pacientes-asmaticos-graves-em-uso-de-omalizumabe--um-estudo-retros

ISBN

978-65-272-0235-6

Palavras-Chave

Asma. Eosinofilia. Omalizumabe.

Resumo

Introdução/ Introduction A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, complexa e heterogênea, apresentando hiperresponsividade brônquica, sendo sibilos, tosse, dispneia e opressão torácica os sintomas mais comuns. A asma grave é definida como asma que permanece não controlada ou parcialmente controlada, apesar do tratamento otimizado com alta dose de ICS-LABA, ou que requer alta dose de ICS-LABA para atingir o total controle. O uso dos imunobiológicos na asma grave trouxe melhor controle da doença, somado à reduções nas exacerbações e melhora na qualidade de vida. A identificação de biomarcadores de gravidade na asma auxiliam na indicação dos imunobiológicos. O omalizumabe é um anticorpo monoclonal recombinante direcionado à IgE, indicado na asma alérgica grave e urticária crônica espontânea. O omalizumabe, um anticorpo anti-IgE , atua impedindo a fixação da IgE ao receptor de alta afinidade existente nos mastócitos e basófilos desde a fase aferente inicial da resposta alérgica, além de bloquear a fixação dessa imunoglobulina ao receptor de baixa afinidade existente no linfócito B e em vários tipos celulares. O omalizumabe, portanto, reduz a resposta infalmatória do tipo T2, neutralizando IgE, dificultando também o recrutamento de eosinófilos. Objetivos / Aims Este trabalho tem como objetivo avaliar a redução dos eosinófilos em sangue periférico de pacientes asmáticos graves em uso de omalizumabe acompanhados no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Londrina. Metodologia/ Methods O presente estudo foi realizado após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (67403722.3.0000.0020) mediante a solicitação da dispensa do termo de consentimento, após explicação detalhada do seu desenvolvimento, estando de acordo com a resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Este é um estudo Observacional transversal retrospectivo realizado através da análise de prontuário dos pacientes asmáticos graves em uso de omalizumabe atendidos até maio de 2023 no AEHU-UEL. A distribuição normal das variáveis quantitativas foi analisada pelo teste de Shapiro-Wilk. O teste de comparação de tendência central de Mann-Whitney foi utilizado para comparar as variáveis entre os sexos. Os resultados foram apresentados na forma de mediana e erro padrão da média (e.p.m.). Análise de variância (ANOVA) de uma via foi utilizada para avaliar a influência do tratamento com omalizumabe sobre a contagem de eosinófilos em pacientes com asma eosinofílica. Para validar a análise de variância dos eosinófilos foi utilizado o teste de esfericidade de Mauchly. Em caso de ausência de esfericidade, a análise foi ajustada com o método de Greenhouse-Geisser. As análises foram realizadas no software SPSS 22.0 (IBM Statistics, E.U.A.). O nível de confiança adotado foi de 95% (a= 0,05). Resultados / Results Foram avaliados, até 20 de maio de 2023, 79 prontuários dos pacientes do ambulatório do AEHU-UEL de pacientes asmáticos graves em uso de omalizumabe. A mediana da idade foi de 57,7 anos. Destes pacientes, 46 são do sexo feminino e 33 são do sexo masculino. Segundo os dados colhidos, 47 (58,23%) pacientes apresentavam IgE maior que 100 UI/mL e 24 (30,38%) pacientes apresentavam eosinófilos acima de 300/mm3, sendo a média deste biomarcador de 346,97/mm3 no sexo feminino e 343,5/mm3 no masculino (Figura 1). Observou-se que o imunobiológico utilizado não reduziu os eosinófilos dos pacientes analisados. (F (1,19, 15,49)= 0,48; p=0,53; Figura 2). Conclusão/ Conclusion Apesar de haver estudos que apontem para uma redução de eosinófilos em sangue periférico de até 4,9% nos pacientes asmáticos graves que utilizam omalizumabe, tal redução não foi constatada no presente estudo, o que demonstra, assim, a necessidade de estudos mais aprofundados para identificação de biomarcadores envolvidos na resposta tipo 2 da asma.

Título do Evento: III - Congresso de Medicina da PUCPR Londrina - PUC HEALTH TECH
Cidade do Evento: Londrina
Título dos Anais do Evento: Anais do III Congresso de Medicina da PUCPR, campus Londrina, PUC Health Tech
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MOURA, Natalia Bernardes et al.. REDUÇÃO DE EOSINÓFILOS EM SANGUE PERIFÉRICO DE PACIENTES ASMÁTICOS GRAVES EM USO DE OMALIZUMABE: UM ESTUDO RETROSPECTIVO... In: Anais do III Congresso de Medicina da PUCPR, campus Londrina, PUC Health Tech. Anais...Londrina(PR) PUCPR, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/puchealthtech2023/693826-REDUCAO-DE-EOSINOFILOS-EM-SANGUE-PERIFERICO-DE-PACIENTES-ASMATICOS-GRAVES-EM-USO-DE-OMALIZUMABE--UM-ESTUDO-RETROS. Acesso em: 30/04/2025