NEOPLASIA NEUROENDÓCRINA EM PACIENTE JOVEM

Publicado em 15/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
NEOPLASIA NEUROENDÓCRINA EM PACIENTE JOVEM
Autores
  • Karen Fernandes Moraes de Mello
  • Eduardo Lengruber Oliveira
  • Bárbara Pereira Pires Leal
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
Geral
Data de Publicação
15/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sc_fase/194505-neoplasia-neuroendocrina-em-paciente-jovem
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
neoplasia, neuroendócrino, carcinoma de pequenas células, jovem
Resumo
INTRODUÇÃO: Tumores neuroendócrinos (TNE) são neoplasias raras, de difícil diagnóstico e conhecimento restrito. Possuem diferenciação de predomínio neuroendócrino e podem surgir em diferentes sítios. Este relato apresenta um caso clínico de neoplasia neuroendócrina diagnosticada em paciente jovem não tabagista durante internação hospitalar na vigência de metástases com prognóstico reservado. RELATO DE CASO: A.S.S., 32 anos, masculino, etilista social, usuário de maconha e cocaína, nega tabagismo. Iniciou há 8 meses dor em região escapular direita com irradiação para lombar e membro inferior direito. Evoluiu com perda ponderal importante e paresia de dimídio direito. Procurou a UPA onde realizou TC evidenciando massa mediastinal e suprarrenal sendo encaminhado a internação hospitalar para investigação diagnóstica. Na admissão encontrava-se emagrecido, apresentando adenomegalias axilar e inguinal direita, submandibular e cervical bilateralmente, indolores, móveis e consistência fibroelástica. Exames laboratoriais, incluindo sorologias para anti HBs, HBsAg, anti HCV, VDRL, anti HIV, bHCG, cortisol 8h, aldosterona, renina e atividade de renina, catecolaminas plasmáticas e metanefrinas urinárias sem alterações. Cromogramina A e ácido 5-hidróxi-indolacético, sem resultados, USG testicular sem anormalidades e TC crânio apresentando lesões em região parietal direita. Histopatologia da adenomegalia inguinal evidenciou carcinoma metastático sugestivo de TNE. Paciente progrediu com perda de controle esfincterianos, plegia de membros inferiores, cefaleia com escotomas e fotofobia. Realizou RNM crânio e neuroeixo que mostrou lesões em lobo parietal direito e temporal esquerdo e extensa lesão intramedular em C6-C7. Sob orientação oncológica, foi iniciada radioterapia (RTX) paliativa. Análise imuno-histoquímica evidenciou Carcinoma de Pequenas Células, sensível a quimioterapia (QTX), porém com prognóstico reservado. No 63º DIH, paciente evoluiu com sepse, insuficiência respiratória aguda e rebaixamento do nível de consciência sendo realizado IOT e transferido ao CTI, indo a óbito no 68º DIH. DISCUSSÃO: As células neuroendócrinas sintetizam, armazenam e secretam neuroaminas e neuropeptídios com funções endócrinas. Os TNEs são formados dessas células e podem ter o prejuízo pelo efeito de massa e/ou por alterações causadas pelas substâncias secretadas. Diagnóstico é feito pela dosagem da cromogramina A e ácido 5-hidroxiindolacético. Os métodos de imagem são úteis para localização dos focos e acompanhamento da doença. Histopatológico e imunohistoquímica são mandatórios para evidenciar o tipo do tumor e o seu comportamento – indolente ou agressivo – a partir da dosagem da proteína ki-67. Os TNE pulmonares podem ser: neuroendócrino de grandes células, carcinoides típicos, atípicos ou carcinoma de pequenas células (oat cells). Esse último corresponde a 13% dos tipos de câncer de pulmão, sendo o mais agressivo e o subtipo mais associado ao tabagismo. Pode ser silencioso ou apresentar sintomas relacionados a lesões de vias aéreas, invasão intratorácica, metástases a distância e síndromes paraneoplásicas. A QTX e a RTX são os tratamentos preferenciais. Se doença limitada há uma resposta de 50-60% à QTX com sobrevida de 5 anos. Se avançada há uma resposta inicial de 60-80% à QTX, porém, a sobrevida de 2 anos em menos de 10%. CONCLUSÃO: Os TNEs são raros e de difícil diagnóstico sendo descobertos em sua maioria na vigência de metástases, e em pacientes jovens é um diagnóstico de segundo plano, geralmente negligenciado devido a sua epidemiologia e apresentação clínica. Logo, os TNEs de pulmão apresentam um grande espectro clínico dependente do subtipo. O tratamento deve ser planejado de acordo com o subtipo do mesmo. O carcinoma de pequenas células apresenta um prognóstico desfavorável com baixos índices de sobrevida em 5 anos, com alta incidência de metástases à distância, sendo raros em jovens e não fumantes.
Título do Evento
Semana Científica FMP/FASE
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MELLO, Karen Fernandes Moraes de; OLIVEIRA, Eduardo Lengruber; LEAL, Bárbara Pereira Pires. NEOPLASIA NEUROENDÓCRINA EM PACIENTE JOVEM.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SC_FASE/194505-NEOPLASIA-NEUROENDOCRINA-EM-PACIENTE-JOVEM. Acesso em: 27/04/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes