CORREÇÃO DA MÁ OCLUSÃO DE CLASSE II COM UTILIZAÇÃO DE MINI-IMPLANTES EXTRA-ALVEOLARES: UM RELATO DE CASO

Publicado em 18/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
CORREÇÃO DA MÁ OCLUSÃO DE CLASSE II COM UTILIZAÇÃO DE MINI-IMPLANTES EXTRA-ALVEOLARES: UM RELATO DE CASO
Autores
  • Isabelle Guimarães Souza
  • Rafael Leite Oliveira
Modalidade
Trabalhos Científicos
Área temática
Exemplo de Área Temática
Data de Publicação
18/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp/279830-correcao-da-ma-oclusao-de-classe-ii-com-utilizacao-de-mini-implantes-extra-alveolares--um-relato-de-caso
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Má oclusão classe II; mini-implantes
Resumo
Introdução: A má oclusão de Classe II foi descrita por Angle em 1899 e se baseia na relação ântero-posterior entre os primeiros molares permanentes, onde o primeiro molar inferior encontra-se posicionado distalmente em relação ao molar superior. Contudo, quando Angle classificou as más oclusões, elas tinham o caráter de identificar apenas uma posição dentária. Atualmente o diagnóstico em ortodontia pode classificar esta condição como uma Classe II dentária ou esquelética levando-se em consideração, além da relação dentária entre os molares, a relação esquelética entre maxila e mandíbula. Dessa forma relação maxilomandibular de Classe II consiste no posicionamento distal da mandíbula em relação à maxila, seja por uma protrusão maxilar, por uma deficiência mandibular ou ambas as condições. Uma vez que o paciente é diagnosticado com Classe II esquelética, o protocolo de tratamento é estabelecido de acordo com a fase de crescimento do paciente e o grau de severidade desta discrepância. Nos casos onde o grau de severidade vai de leve à moderado, em pacientes com crescimento encerrado, um dos protocolos de tratamento escolhido é a ortodontia corretiva compensatória, onde há uma correção exclusiva da discrepância dentária, aceitando e compensando dentariamente a discrepância esquelética. Nos casos de severidade grave, o tratamento mais indicado é o tratamento orto-cirúrgico, através de cirurgia ortognática. Os recursos utilizados para a correção por compensação da Classe II esquelética podem compreender a utilização de braquetes com prescrição para Classe II, que realizam a vestibularização dos dentes inferiores e verticalização de superiores, uso de elásticos intermaxilares, extração de pré-molares, aparelhos distalizadores ou utilização de mini-implantes. Relato de caso: Paciente L.P., gênero feminino, 25 anos de idade, buscou o tratamento ortodôntico com queixa principal para correção do apinhamento dentário. A análise facial subjetiva e análise cefalométrica indicaram o diagnóstico de Classe II esquelética. A paciente apresentava as seguintes características oclusais: apinhamento leve nas arcadas superior e inferior, presença de overjet aumentado, linha média desviada para a esquerda e Classe II subdivisão direita. O plano de tratamento realizado seguiu de acordo com a queixa principal da paciente com correção da discrepância dentária e aceitando a discrepância esquelética, mesmo sendo orientada sobre a possibilidade de correção da discrepância esquelética através de cirurgia ortognática. Dessa forma o tratamento envolveu ortodontia corretiva compensatória para Classe II esquelética, com distalização e retração assimétrica do lado direito por meio de mini-implantes extra alveolares na região de crista infra zigomática do lado direito. Discussão: Dentre os protocolos disponíveis, a extração de pré-molares apresenta grande resistência por parte dos pacientes na aceitação da exodontia de um dente hígido, enquanto aparelhos distalizadores apresentam melhores resultados em pacientes em crescimento. Neste sentido, os mini-implantes entram como um recurso viável e que apresentam bons resultados na distalização de molares e evitam extrações dentárias. Os mini-implantes disponíveis atualmente para a obtenção deste resultado podem ser inter-radiculares ou extra- alveolares. Os mini-implantes extra-alveolares apresentam vantagens como: a distalização em massa de toda a arcada dentária simultaneamente, não são posicionados entre as raízes, apresentam menos recidiva após a finalização do tratamento ortodôntico e necessitam de apenas uma intervenção cirúrgica. Já a técnica utilizada com os mini-implantes inter-radiculares para distalização de molares atua de forma sequencial, onde se faz necessária a modificação do posicionamento do mini-implante durante o tratamento, tendo assim a necessidade de mais de uma intervenção cirúrgica. Conclusão: A ortodontia corretiva compensatória associada a mini-implantes extra-alveolares se mostra uma opção efetiva para a correção dentária da má oclusão de Classe II esquelética em condições que permitam sua instalação, visto que corrige de forma efetiva e menos invasiva a má oclusão em pacientes com crescimento encerrado e que não desejam se submeter à extração dentária ou intervenção orto-cirúrgica sem queixa principal da estética facial.
Título do Evento
XXVI Semana Científica UNIFASE/FMP
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SOUZA, Isabelle Guimarães; OLIVEIRA, Rafael Leite. CORREÇÃO DA MÁ OCLUSÃO DE CLASSE II COM UTILIZAÇÃO DE MINI-IMPLANTES EXTRA-ALVEOLARES: UM RELATO DE CASO.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP/279830-CORRECAO-DA-MA-OCLUSAO-DE-CLASSE-II-COM-UTILIZACAO-DE-MINI-IMPLANTES-EXTRA-ALVEOLARES--UM-RELATO-DE-CASO. Acesso em: 29/04/2025

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