PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO ENFRENTAMENTO À HOMOFOBIA

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO ENFRENTAMENTO À HOMOFOBIA
Autores
  • Lucas Miranda de Jesus
  • Jaina Larissa Bastos Costa de Oliveira
Modalidade
Revisão de Literatura
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/712783-perspectivas-de-atuacao-de-psicologos-no-enfrentamento-a-homofobia
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
psicologia, homofobia, sofrimento
Resumo
O presente trabalho se trata de um recorte do Trabalho de Conclusão de Curso da graduação de Psicologia acerca da atuação de psicólogos diante da Homofobia, que ainda está em andamento e apresenta os resultados parciais. As relações afetivo-sexuais entre homens existem desde a Antiguidade, estando os papéis ativo-passivo relacionados com a classe social ao qual pertenciam, como na Grécia. Já no Egito, o papel de passivo era uma forma de insulto, de humilhar os homens que perdiam a guerra. Nesse sentido, os papéis ativo e passivo estão interligados com os papéis sociais que eram designados. Na Idade Média, homens que tinham relações com outros homens foram perseguidos pela Inquisição e queimados na fogueira, de forma a purificar a alma. Com isso, percebe-se que acaba restringindo homens e mulheres a um determinado papel, com aqueles que se desviam da norma sendo enquadrados como alguém que precisa de reparos. Em 1952, o termo Homossexualismo é acrescentado na primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM), permanecendo até 1973. Na edição seguinte, a Homossexualidade continuava sendo discriminada, porém de forma velada, até ser extinta das edições subsequentes. Destaca-se, então, a relevância de conhecer a história para entender a Homofobia na atualidade, visto que, esses fatos ajudaram a sustentar o fenômeno nos dias de hoje, sendo geradora de sofrimento psíquico e causa de muitas mortes, podendo potencializar a exclusão no que se refere ao cuidado em saúde. Em 1990, o Brasil aprova a Lei nº 8080, que cria o Sistema Único de Saúde (SUS), que visa o cuidado de todos e considera os indivíduos em sua integralidade, ou seja, englobando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Considerando essa perspectiva, vale ressaltar que o Conselho Federal de Psicologia se posiciona contra quaisquer tipos de violência e discriminação, além de que a Homofobia tem impactos na sociedade e na vida das pessoas, sendo relevante problematizar quais ações a Psicologia tem feito diante desse cenário. Dito isso, esse trabalho tem como objetivo discutir a correlação entre a Homofobia e o sofrimento psíquico, além de desenvolver uma cartilha que terá como público-alvo os estudantes de Psicologia e os profissionais dessa Ciência. Para isso, utiliza-se o método da revisão integrativa, que busca filtrar e sistematizar as publicações, buscando nas bases da dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC) com os descritores “homofobia”, “psicologia”, “psicólogo”, discriminação”, “preconceito”, “sofrimento”, “promoção da saúde”, “saúde mental” , tomando por base critérios de inclusão, sendo eles: artigo publicado entre os anos de 2018 a 2023, com um autor psicólogo, no idioma português e que retrate a realidade brasileira. Os critérios de exclusão são: artigos duplicados e aqueles que não tenham relação com o tema. Para a análise do resultado, utiliza-se a perspectiva de Bardin, de forma a elencar categorias que potencializassem as análises dos resultados. Como resultados parciais, foram encontrados 133 artigos, sendo 106 excluídos pelos critérios e 27 foram selecionados para leitura. 12 não contemplavam os critérios e não abarcavam o tema estudado, sendo 15 incluídos na revisão. Após a leitura, indicou-se a presença das categorias: “Possíveis Impactos da Homofobia”, apontando sofrimento psíquico, violência e exclusão social; falta de disciplinas acerca do tema na graduação, de modo que possam ajudar a identificar e realizar ações, conforme a Nota Técnica CFP nº1/2021; estigma com relação ao HIV/aids. Outra categoria identificada foi “Atuação de Psicólogos”, apontando o uso de terapias de reversão, a defesa pela Resolução CFP 01/99, sensibilização nas escolas, acolhimento e psicoterapia. Diante das especificidades, duas categorias a parte, acabaram emergindo: “Racismo”, apontando a necessidade de se trabalhar de maneira interseccional; “Homofobia Internalizada”, mostrando que o sofrimento psíquico é tão elevado, que os próprios homossexuais internalizam o preconceito contra eles mesmos. Esses resultados parciais apontam para a necessidade de Psicólogos atuando de forma crítica, ético-política e promova bem-estar e qualidade de vida, considerando toda a realidade do indivíduo. Além disso, cabe refletir acerca da falta de disciplinas acerca do tema nas graduações de Psicologia. Ademais, é dever do psicólogo embasar o seu trabalho na promoção dos Direitos Humanos e no respeito, além de fazer cumprir o próprio Código de Ética.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

JESUS, Lucas Miranda de; OLIVEIRA, Jaina Larissa Bastos Costa de. PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO ENFRENTAMENTO À HOMOFOBIA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/712783-PERSPECTIVAS-DE-ATUACAO-DE-PSICOLOGOS-NO-ENFRENTAMENTO-A-HOMOFOBIA. Acesso em: 28/04/2025

Trabalho

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