MORTALIDADE DE CÂNCER DE MAMA NO BRASIL DE 2013 ATÉ 2021

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
MORTALIDADE DE CÂNCER DE MAMA NO BRASIL DE 2013 ATÉ 2021
Autores
  • Raphael Rolim Da Gama Coutinho Rocha
  • Isabella Medeiros Gruner
  • Cléo Gomes Gotelipe Campos
  • Júlia Moraes Sobrinho
Modalidade
Pesquisa Científicas
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/716625-mortalidade-de-cancer-de-mama-no-brasil-de-2013-ate-2021
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Neoplasia maligna de mama, Mortalidade, Vulnerabilidades, Regiões.
Resumo
O câncer de mama é uma doença causada pelo crescimento descontrolado de células anormais na mama, formando tumores. Suas causas são diversas, incluindo fatores genéticos, físicos e químicos. Os principais sintomas incluem nódulos na mama ou axila, desconforto mamário e alterações na pele. Trata-se da neoplasia mais comum após o câncer de pele não melanoma e é a principal causa de morte por câncer em mulheres, afetando também uma pequena proporção de homens. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece mamografias gratuitas para mulheres a partir dos 50 anos e vários tipos de tratamento, dependendo do estágio da doença, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Assim, a epidemiologia do câncer de mama é fundamental para se entender o cenário, destacando-se o índice de mortalidade por neoplasia maligna de mama. Para análise acurada, a investigação foi norteada pelas seguintes questões: “Qual o perfil epidemiológico da mortalidade do câncer de mama no Brasil no período de 2013 até 2021?”; “De que maneira as variáveis de faixa etária e de vulnerabilidade social - grau de escolaridade, etnia e sexo - contribuíram para moldar o perfil epidemiológico da mortalidade por câncer de mama no Brasil durante o período de 2013 a 2021?”. A fim de responder a tais questões, estabeleceram-se dois objetivos: um geral e um especial. Respectivamente, correspondendo a “Identificar o perfil epidemiológico na mortalidade do câncer de mama no Brasil no período de 2013 até 2021”; “Avaliar como a faixa etária e vulnerabilidades sociais – escolaridade, cor/raça e sexo – influenciaram as taxas de câncer de mama no Brasil de 2013 a 2021”. No que concerne à metodologia, o presente estudo refere-se a uma abordagem descritiva e retrospectiva, empregando um delineamento de corte transversal para sua condução, mediante dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do DATASUS. A pesquisa foca na mortalidade por neoplasias malignas de mama no Brasil, abrangendo o período de 2013 a 2021. Dessa forma, foram consideradas variáveis como região geográfica, faixa etária, sexo, cor/raça e nível de escolaridade dos pacientes acometidos. Os dados foram analisados globalmente e por ano, sendo tabulados e inseridos em uma planilha Excel para a realização de análises estatísticas. No período analisado no Brasil, foram registrados 150.400 óbitos por Neoplasia Maligna de Mama (CID-50). Aprofundando e examinando-se por critério regional ou de vulnerabilidade, obtiveram-se resultados primordiais: a distribuição dos dados por região expressou-se de forma díspar, com prevalência na região sudeste; em referência ao sexo, detecta-se que o maior número foi do sexo feminino; acerca do estudo sobre cor/raça, evidenciou-se que o maior número correspondeu a pessoas brancas; no tocante à avaliação por escolaridade, não foi possível se observar padrão explícito; em referência à faixa etária, verificou-se que o maior número de óbitos se concentra a partir de 30 anos, com números inferiores nos demais intervalos etários. Ponderando-se possíveis justificativas para as variações observadas, salientaram-se diferenças na população absoluta; acesso desigual aos serviços de saúde; desigualdades sociais e econômicas; disparidade na qualidade e disponibilidade de tratamento a nível regional; desigualdades étnicas e raciais; fatores de risco específicos; conscientização e educação. Detalhando-se, para se analisar as diferenças, é necessário a priori relativizar os dados às diferentes populações absolutas analisadas. A posteriori, o acesso desigual aos serviços de saúde relaciona-se tanto com as desigualdades sociais e econômicas, uma vez que indivíduos de baixa renda frequentemente enfrentam obstáculos no acesso a cuidados médicos preventivos; quanto às divergências das características de qualidade e disponibilidade regionais, expressando-se de modo proporcional a densidade demográfica e urbanização do local. Nesse sentido, é possível compreender o porquê o Sudeste, com elevada população, densidade demográfica e variedade de níveis sociais expressa-se como prevalente. Além disso, as disparidades étnico-raciais exercem um papel significativo nas taxas de mortalidade por câncer de mama no Brasil, posto que pessoas negras enfrentam dificuldades adicionais ao acessar cuidados médicos de qualidade, muitas vezes não sendo diagnosticadas, acarretando subnotificação. Deve-se apontar também o impacto dos fatores de risco individuais, como idade, predisposição genética e estilo de vida, como importantes contribuintes capazes interferir nos dados em questão. Em última análise, embora os dados educacionais não tenham refletido padrão evidente, a precária conscientização e educação acerca dos fatores de risco, prevenção e rastreamento do tema desempenham um papel determinante sobre as taxas de mortalidade por câncer de mama, tendo-se em vista que relacionam-se intrinsecamente com as características do diagnóstico. À vista do supracitado, o câncer de mama coloca-se como uma problemática da saúde pública no Brasil, com maior incidência na região Sudeste. Outrossim, as desigualdades sociais e econômicas desempenham um papel elementar, com pessoas em vulnerabilidade social enfrentando desafios na obtenção de cuidados médicos preventivos e tratamentos adequados. Em última instância, a falta de conscientização sobre a neoplasia maligna de mama contribui para diagnósticos em estágios avançados, destacando a necessidade de educação sobre os fatores de risco e detecção precoce. Entendendo-se o contexto brasileiro, é perceptível a necessidade de se tomar medidas para melhorar a situação do câncer de mama no país. Sendo assim, deve-se fomentar a adoção de maior quantidade de políticas públicas, conscientização e avanço na pesquisa, reduzindo as disparidades supramencionadas e melhorando o panorama da saúde no país.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ROCHA, Raphael Rolim Da Gama Coutinho et al.. MORTALIDADE DE CÂNCER DE MAMA NO BRASIL DE 2013 ATÉ 2021.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/716625-MORTALIDADE-DE-CANCER-DE-MAMA-NO-BRASIL-DE-2013-ATE-2021. Acesso em: 24/04/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes